domingo, 28 de agosto de 2011

Autarquias viram-se para os empreendedores

Várias câmaras municipais do país estão a apostar numa nova estratégia: apoiar empresas e criar projectos de empreendedorismo. Numa altura de crise, em que os números do desemprego continuam a aumentar, estes projectos visam ajudar a criar emprego e proporcionar um retorno em termos de investimento.
Mais de 100 empresas criadas e uma captação de investimento superior a 15 milhões de euros são os números que o projecto de empreendedorismo da Câmara Municipal de Cascais exibe para mostrar qual o retorno que uma autarquia pode ter se decidir investir em projectos de empreendedorismo.

Chama-se DNA Cascais, nasceu em 2007 e é o projecto com maior dimensão do país, não só no âmbito de serviços e apoios prestados, mas também em investimento anual, cerca de 250 mil euros. No entanto, não é caso único. Várias outras autarquias estão a seguir os passos e a apostar cada vez mais numa área que, não dando um retorno imediato nem sendo um investimento tão visível como as Obras Públicas, acaba por proporcionar um retorno importante.

"As câmaras municipais recolhem uma parte importante dos impostos pagos pelos contribuintes, por isso, faz todo o sentido e é extremamente importante que esse dinheiro possa ser investido e semeado em desenvolvimento. Uma das formas de semear o desenvolvimento é apoiar as empresas e o empreendedorismo", explica o vereador João Orvalho, da Câmara Municipal de Coimbra, uma autarquia que também tem apostado no apoio ao empreendedorismo.

O responsável autárquico compara este investimento à área da Educação: "Demora o seu tempo, mas é um investimento a que não podemos fugir." E engloba esta aposta no âmbito de uma nova estratégia e imagem do poder local, "menos virada para as obras e para as rotundas" e mais voltada para "a questão da educação e do desenvolvimento."

E esta é uma estratégia que tem sido encarada com maior urgência pelo contexto de crise económica e financeira que o país atravessa e que se reflecte, sobretudo, em números elevados no desemprego. Sejam jovens licenciados que não conseguem emprego ou pessoas de faixas etárias em que é complicado regressar ao mercado de trabalho, as câmaras sentiram necessidade de fomentar iniciativas que levassem estas pessoas a criarem emprego. E a aposta no empreendedorismo tem sido uma das alternativas.

Foi este o caso, por exemplo, da Câmara Municipal da Amadora. Ao analisar as situações críticas vividas nos bairros problemáticos e de maior risco, os técnicos da autarquia perceberam que havia pessoas que tinham ideias com potencial de negócio e, desde que recebessem o apoio certo, podiam criar o seu próprio posto de trabalho e, até, o de outros.

O Amadora Empreende nasceu de uma equipa de trabalho criada dentro do departamento de Educação e Cultura da Câmara Municipal da Amadora, e ao qual se juntaram outros parceiros como o programa Audax, do ISCTE, e a Fundação Gulbenkian. A importância dos parceiros foi fundamental, diz Ana Moreno, chefe de divisão de Intervenção Social da Câmara Municipal da Amadora. Tem sido a equipa do Audax - um programa do ISCTE vocacionado para o apoio ao Empreendedorismo, nomeadamente através da formação - a responsável, por exemplo, por seleccionar as pessoas que em cada ano são escolhidas para fazer a formação em empreendedorismo, avaliando as competências e filtrando as ideias. Uma selecção que passa por etapas que incluem dinâmicas de grupo, mas também entrevistas pessoais.

A importância da formação
A formação em empreendedorismo - abarcando conteúdos sobre como fazer um plano de negócios, "marketing", contabilidade ou gestão financeira -, é a componente mais importante dos projectos de empreendedorismo das autarquias. Acontece nos casos de Cascais, da Amadora e de Coimbra. Mas não é só.

No caso do Amadora Empreende, em vigor desde 2008, ainda que o número de empresas apoiadas não seja muito elevado (quatro projectos em 2008, seis em 2009 e três em 2010), estes novos projectos sabem que podem contar com um acompanhamento próximo durante um ano.

O acompanhamento prevê a realização de várias reuniões para ajudar a desenvolver a ideia, criar os planos de negócio ou procurar financiamento. As empresas podem contar com espaços cedidos pela própria autarquia onde podem sediar os escritórios ou abrir lojas, pagando preços simbólicos. Nas incubadoras do Amadora Empreende, o espaço é gratuito durante um ano, pagando-se o preço simbólico de um euro por metro quadrado nos três anos seguintes.

Em matéria de locais criados para poderem receber as novas empresas, também Coimbra tem a vantagem de estar associada à incubadora de empresas do Instituto Pedro Nunes - um instituto que nasceu no âmbito da Universidade de Coimbra e que está vocacionado para o apoio à inovação e ao empreendedorismo sobretudo nas áreas mais tecnológicas.

No caso da DNA Cascais, a incubadora de empresas, que aposta nos baixos custos de instalação, está aberta a todas as pessoas, "desde que sejam titulares de ideias e projectos inovadores com potencial económico e que contribuam para o desenvolvimento local", lê-se no "site" da DNA Cascais.

O objectivo é o de que estas empresas permaneçam o mínimo de tempo possível nestes espaços, para ir dando lugar a outros projectos. No caso da iniciativa de Cascais, as empresas ficam em média dois a três anos, o tempo suficiente para "ganharem raízes e massa crítica", explica Miguel Luz, administrador da DNA Cascais. E explica: "As incubadoras não são lares onde as empresas podem ficar até morrerem. Não é isso que se pretende."

Diversidade de ideias e financiamentos
O tipo de empresas que acabam por ser criadas no âmbito dos projectos de empreendedorismo das câmaras municipais não assume um padrão. Até o tipo de financiamento acaba por ser diferente.

Dos três anos de experiência que já leva o Amadora Empreende, Ana Moreno sabe que neste tipo de casos, os negócios que nascem estão sobretudo ligados aos serviços de proximidade, caso, por exemplo, dos serviços na área da construção, eficiência energética, limpeza ou transportes especializados. E, para estes casos, o financiamento vem, sobretudo, do microcrédito, a solução que ainda resta numa altura em que o acesso ao crédito está cada vez mais dificultado. No caso de Coimbra, pela ligação ao Instituto Pedro Nunes, são as empresas de cariz tecnológico que predominam.

Já a DNA Cascais, para além de ser dada uma atenção especial ao empreendedorismo social (criação de empresas que colmatam deficiências sociais do concelho) há também uma forte aposta no cariz inovador das propostas, a única forma de poder atrair capital de risco ou o investimento de "business angels", que são uma importante alternativa às vias formais de financiamento.

"O nome que fomos capitalizando no mercado dá garantias de alguma mitigação do risco", afirma Miguel Luz, explicando o facto da DNA Cascais conseguir atrair este tipo de investimento, não só a nível nacional, mas também internacional. Contas feitas, a banca acaba por ser responsável apenas por 15% a 20% do financiamento disponibilizado no âmbito dos projectos da autarquia.

Aprender com a experiência
Apesar de serem programas com poucos anos de vida, a experiência já permite tirar algumas conclusões e até levar a correcções. No caso do Amadora Empreende, com pouco mais de três anos de vida, a formação vai deixar de ser padronizada e mais adequada às necessidades de cada pessoa. Chegou-se à conclusão que para algumas pessoas, com baixos níveis de escolaridade, era difícil perceber determinados conceitos.

Além disso, explica Ana Moreno, constatou-se que "muitas pessoas só queriam fazer a formação para obter um certificado e não avançavam com a ideia." As dificuldades em implementar o negócio ou o surgimento de um emprego acabaram muitas vezes por deitar as ideias por terra. Desta forma, as candidaturas vão estar abertas em permanência e não apenas numa determinada fase do ano.

Outra conclusão é a de que o empreendedorismo não pode ser uma política que se concentra apenas naqueles que querem avançar com uma ideia de negócio. Deve ser incutido desde os bancos da escola. "O ciclo de inovação é como um 'pipeline' que tem de ser alimentado constantemente", explica Miguel Luz da DNA Cascais, acrescentando, que "desde cedo é necessário incutir o espírito empreendedor."

Em Cascais, a formação começou por abarcar os professores. Hoje em dia, as escolas secundárias do país já incluem nos seus currículos esta matéria. Os jovens vão para a rua vender os seus produtos e habituam-se desde cedo a gerir o seu próprio negócio.

Lisboa acolhe grande evento internacional de empreendedorismo

Em Janeiro do próximo ano 250 empreendedores de todo o mundo irão reunir-se em Lisboa, no âmbito da realização do Sandbox Global Summit 2012, encontro interactivo e informal da maior comunidade mundial de jovens empreendedores com menos de 30 anos.De acordo com a consultora de Comunicação e Relações Públicas Corpcom, em Janeiro de 2012 terá lugar em Lisboa o Sandbox Global Summit 2012.

A Sandbox é a maior comunidade mundial de jovens empreendedores com menos de 30 anos, e "escolheu por unanimidade a cidade de Lisboa para a realização do Sandbox Global Summit 2012".

A candidatura foi liderada pela Beta-i, Associação para a Promoção da Inovação e Empreendorismo, e tem o apoio da Câmara Municipal de Lisboa.

Lisboa foi a cidade escolhida por unanimidade pelo júri face a outras duas cidades finalistas, Istambul e Singapura. O encontro irá decorrer entre os dias 20 e 22 de Janeiro de 2012 e terá lugar em Lisboa no MUDE, Museu do Design e da Moda.

"Durante três dias 200 membros da Sandbox e 50 líderes de excelência vão trabalhar em conjunto para partilhar e resolver os desafios de uns e outros, através dos vários cursos que vão decorrer ao longo deste evento", explica o comunicado da consultora.

Aos três dias do evento irá seguir-se uma viagem de dois dias a um local próximo de Lisboa, ainda por definir.

"Há muitos membros potenciais do Sandbox entre a juventude portuguesa, realizar em Lisboa este evento será uma oportunidade única para criar um grupo português da Sandbox", afirma João Figueirinhas Costa, 19 anos, seguidor de longa data da Sandbox e um dos mentores da candidatura de Lisboa a esta iniciativa.

A Sandbox conta com cerca de 600 membros, oriundos de 48 países, e todos eles têm um "histórico impressionante de sucesso", de acordo com a Corpcom.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Perfil do Empreendedor

Está cansado de ser colaborador? Tem ideias e não as pode concretizar no seu local de trabalho? Ou não consegue arranjar emprego porque o mercado está difícil e pensa em ter o seu negócio próprio?
Estas são algumas perguntas de partida para quem se quer tornar num empreendedor. Mas a decisão é mais difícil do que parece e não basta o "querer".

Ser o seu próprio patrão
Para ser um empreendedor de sucesso é essencial que tenha algumas características específicas. A garra, a força de vontade e a determinação são, talvez, as mais importantes, mas há outras a considerar.

Lidar com os riscos
Como actua perante os riscos? Nem todas as pessoas agem da mesma forma e se há aqueles que preferem evitá-los, há também quem os encare sem qualquer preocupação.
Como empreendedor, é essencial que tenha disposição para correr riscos, mas todo o cuidado é pouco. Arriscar é enfrentar desafios conscientemente porque disso depende o seu sucesso. Seja capaz de conviver e sobreviver a essa instabilidade. Os riscos fazem parte de qualquer actividade e só precisa de aprender a administrá-los.
Se alguma coisa não correr da melhor forma e estiver em situação de crise, não tome o fracasso como uma derrota. É apenas um resultado como qualquer outro. Reaja e aprenda com os erros.

Ter Iniciativa e ser optimista
Um empresário de sucesso deve ser criativo e fazer muita pesquisa. A iniciativa envolve decisões ousadas na procura de uma realização e independência. Determine os próximos passos do rumo da sua vida e seja optimista na sua concretização. Enfrente os obstáculos com confiança e tenha como meta o sucesso. A ambição é necessária porque a estabilidade de um empreendedor pode ser um caminho longo e difícil. Seja dinâmico e não se acomode.

Conhecer o ramo
É essencial que conheça o mercado e o ramo em que pretende actuar. Deste modo, é-lhe mais fácil perceber as hipóteses de sucesso e prevenir-se em relação a percalços que possam surgir.
Se não possui um bom conhecimento do ramo procure aprender tudo sobre o seu negócio com a ajuda de clientes, colaboradores, parceiros, etc. Faça algumas leituras e cursos. Lembre-se de que precisa manter-se actualizado e em constante aprendizagem.

Ser curioso
Se quer ser um empreendedor de sucesso prepare-se para pesquisar novos caminhos, seja nas férias ou no trabalho, nas revistas ou a ver televisão. Um empreendedor necessita de estar sempre atento às oportunidades de negócio e no altura certa em que surgem no mercado. Não se canse de procurar porque pode sempre surgir um empreendimento melhor.

Saber organizar
A organização é fundamental para o sucesso de qualquer negócio. Entenda por organização possuir os melhores recursos, como a aplicação de recursos humanos, materiais e financeiros, e integrá-los de uma forma lógica, racional e harmoniosa.
Defina metas e garanta a execução dos trabalhos dentro do prazo estabelecido.

Ser líder
Para um empreendedor é necessário que tenha boas capacidades de liderança. Tem de organizar, redireccionar esforços e manter a motivação dos seus colaboradores. Eles estão sob a sua coordenação e por isso tem de criar uma filosofia de trabalho, definindo objectivos e métodos, ao mesmo tempo que implementa um bom relacionamento entre a equipa de trabalho.
Dê um pouco de liberdade para conseguir extrair o que há de melhor neles e estabeleça uma relação interpessoal expondo e ouvindo as suas ideias.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Nersant credenciada para prestar assistência técnica a empresas apoiadas pelo IEFP

A Associação Empresarial da Região de Santarém (Nersant) é a única entidade do distrito credenciada pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) para prestar apoio técnico às empresas criadas no âmbito do Programa de Apoio ao Empreendedorismo e Criação do Próprio Emprego.

O apoio, gratuito, estende-se pelos dois primeiros anos de actividade das empresas e inclui acompanhamento personalizado, formação (comercial, de gestão e informática) e consultoria empresarial especializada, afirma a Nersant em comunicado.

A NERSANT apoia ainda todos os empreendedores que pretendam apresentar uma candidatura a este programa junto dos centros de emprego ou das entidades bancárias protocoladas, acrescenta.

Instituto Médio de Administração e Gestão promove semana do empreendedorismo

Luena - O Instituto de Administração e Gestão (IMAG) do Luena (Moxico) promove, em Setembro, a semana do empreendedorismo, com vista a incutir nos estudantes a necessidade da criação do auto-emprego e outras oportunidades de negócios.

A informação foi avançada hoje à Angop pelo director da instituição, José Januário Mateus, que falava a margem da realização das provas de frequência do segundo trimestre iniciadas dia 8 e com fim previsto para quarta-feira.

Sobre a semana do empreendedor, o especialista em matérias de gestão pública e empresarial salientou que a acção é de carácter científico e nele serão apresentados 13 projectos tecnológicos (monografias) de estudantes dos cursos de contabilidade geral, estatísticas e planeamento e informática de gestão.

Após a recolha de subsídios, informou, os projectos com maior notabilidade serão apresentados em Outubro na feira de amostra de aprendizagem dos institutos médios técnicos (Educa-Angola), com a finalidade de expor a capacidade criativa dos estudantes locais.

José Januário lembrou que os institutos médios técnicos surgem para suprir a carência que as instituições enfrentam nesta área e por se tratar de monografias de estudantes finalistas permitirá que vão ao mercado de trabalho com mais responsabilidade e noção do estudo de viabilidade para o sucesso.

Até ao final do ano lectivo 2011, o IMAG poderá lançar ao mercado 205 finalistas nas especialidades de contabilidade geral, estatística/planeamento e informática de gestão.


quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Empreendedor Y

Um tema bastante em voga hoje é a tão badalada geração Y, jovens nascidos do final dos anos 70 para 80. Toda a repercussão causada por este grupo, gira em torno dos seus hábitos, costumes e atitudes que são totalmente diferentes das gerações passadas...

Um tema bastante em voga hoje é a tão badalada geração Y, jovens nascidos do final dos anos 70 para 80.

Toda a repercussão causada por este grupo, gira em torno dos seus hábitos, costumes e atitudes que são totalmente diferentes das gerações passadas.

Hoje uma grande quantidade de pesquisadores estudam a geração Y em diversos campos, um em destaque que vem ganhando bastante ênfase é o campo do empreendedorismo, mais particularmente falando, o empreendedor Y.

Por serem pessoas criativas, inovadoras, dinâmicas e não terem grande apreço por hierarquias, este grupo tem revolucionado o mercado com suas idéias e projetos mudando até mesmo nossos hábitos de consumo.

Perfil do Empreendedor Y

São pessoas mais flexíveis, abertas a mudança de caminho não se prendendo a apenas uma única opção ou saída, são mais voltados para o aprendizado, seja por meio de cursos formais como por meio de simples conversas com clientes. Outra característica importante é que eles não negam a importância de se fazer um planejamento, mas no entanto, dão mais ênfase a ação e a busca por resultados práticos. Aliás acredito que um dos principais entraves para se empreender é justamente o excesso de planejamento e o pouco foco na prática, o empreendedor acaba teorizando demais o seu projeto e esquece de obter uma vivencia real do seu produto com o mercado.

O setor que mais os atrai, é o tecnológico sem dúvida, isso, no entanto não quer dizer que não temos grandes empreendedores jovens em outras áreas.

Empresas jovens comandada por jovens

Projetos que começaram pequenos com apenas uma idéia e muita dedicação, nas mãos destes empreendedores, hoje ganham destaque mundo afora, veja alguns casos:

Empreendemia: Já falei uma vez aqui sobre o empreendemia, mas sou obrigado a falar dele novamente, comandado pelo: Luiz Piovesana, Mauro Shimizu Ribeiro e Millor Machado, a inovação do empreendemia dentro do segmento das redes sociais tem dado o que falar.

Começaram com apenas uma idéia e muita dedicação, o resultado disso é que graças a este projeto, a forma das empresas se relacionarem com seu mercado (seja ele B2B ou B2C) vem ganhando mais agilidade e dinamismo.

Boo-Box: Criado pelo jovem Marco Gomes, a Boo Box, revolucionou a forma de fazer marketing pela internet no pais sendo a pioneira no segmento de publicidade via mídias sociais.

De um começo nada fácil em Gama – DF, para São Paulo, onde em 2007 recebeu um investimento de US$ 300.000 dólares da Monashees Capital, e logo depois um outro aporte da Intel Capital, sendo a única empresa brasileira a receber apoio financeiro deste prestigiado grupo.

Zuggi: Seria um erro não dá crédito ao publico feminino não é mesmo? Até porque as jovens mulheres também tem sua parcela de contribuição na criação de empresas inovadoras.

Natália Andreoli Monteiro com certeza é uma ótima personagem para representar este grupo, cabe a ela os créditos de ter criado o primeiro buscador brasileiro voltado para crianças, o Zuggi.

O grande diferencial do projeto está no bloqueamento de conteúdos inadequados para nossos pequenos internautas.

A empresa foi tão bem aceita que chegou a ser uma das quatro ganhadoras do prêmio StartUp Chile 2011, um programa de incentivo e desenvolvimento tecnológico daquele pais, pegando essa deixa é necessário dizer que o governo brasileiro devia acordar e olhar para os empreendedores que estão perdendo, tenho certeza que além da Natalia há uma grande quantidade de jovens inovadores buscando abrir e desenvolver suas empresas no exterior.

Coincidências...

Escrevendo este artigo acabei identificando uma coisa em comum nas três histórias que caracteriza bem o espírito criativo e inovador da geração Y.

Todos os projetos foram pioneiros em seus respectivos segmentos aqui no país, um sinal de que empreender é arriscar por águas desconhecidas, encontrar oportunidades e principalmente fazer a diferença, como estes e tantos outros jovens estão fazendo...

Portimão: Millenium bcp assina acordo com autarquia local para dinamizar empreendedorismo

O Millennium bcp e a Câmara Municipal de Portimão estabeleceram um protocolo com o objetivo de “dinamizar o empreendedorismo junto da população” através do microcrédito.

O acordo em causa visa “divulgar e promover o microcrédito, como instrumento de apoio à criação do auto-emprego e de combate eficaz à exclusão social e à pobreza”.

Esta parceria pretende estimular o aparecimento de iniciativas empresariais no concelho de Portimão e, em especial, as que possam beneficiar dos sistemas de microcrédito.

No âmbito deste protocolo, serão realizadas sessões públicas de sensibilização e divulgação do microcrédito, em especial junto de pessoas com alguma experiência e formação profissional, em situação de desemprego e carências sociais, que possam vir a criar ou desenvolver o seu próprio negócio.

No distrito de Faro, a taxa de desemprego atinge os 13.4%, “acentuando-se este problema nos meses de Inverno”, lembra a entidade bancária, em comunicado.

Através do microcrédito, o Millennium bcp revela que já apoiou a criação de cerca de 2106 negócios, que geraram aproximadamente 3266 novos postos de trabalho.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

‘Desafio Ousar’ de volta para apoiar dez ideias de negócio

A segunda edição do concurso ‘Desafio Ousar’ regressa em Setembro para apoiar dez novas ideias de negócio inovadoras.
Este concurso de apoio ao empreendedorismo é promovido pela Associação Industrial do Minho (AIMinho), decorre entre 19 de Setembro e 16 de Dezembro e tem como objectivo “despertar a capacidade de iniciativa e criatividade dos potenciais empreendedores, assim como desenvolver competências empreendedoras e cimentar ideias de negócios”.

O projecto baseia a sua intervenção numa filosofia de apoio ao empreendedorismo, através de trabalho em rede com entidades da região.
‘Desafio Ousar’ proporciona aos participantes a passagem por situações que lhes permitirão aferir se possuem as capacidades para serem um empreendedor.

O concurso conta com o apoio de instituições de Ensino S uperior e outras ligadas ao financiamento, inovação, gestão e empreendedorismo.
Os dez projectos melhor classificados que pretendam avançar para a criação da própria empresa irão beneficiar de apoio na elaboração do plano de negócio, aconselhamento e assistência técnica ao arranque do negócio.

O apoio é facultado através de 70 horas de consultoria técnica especializada. Adicionalmente, terão acesso a um programa de mentoring, no qual lhes será atribuído um mentor com grande experiência e conhecimentos na área de negócio do projecto, que irá dar apoio no avanço da ideia de negócio. As dez ideias beneficiarão também de apoio na procura de financiamento.
Os cinco melhores projectos obterão apoio na incubação das empresas.
Os três melhores projectos do ‘Desafio Ousar’ receberão prémios pecuniários entre 1500 e 2 500 euros.




São precisos empreendedores, mas não só

Os empreendedores reconhecem que são bons inventores mas que não têm a capacidade comercial ou de gestão para passarem o negócio do laboratório para o mercado real. É esta a componente mais importante em todo o processo de investimento e não apenas o capital que se aplica.

Os investidores muitas vezes queixam-se que não existem projectos de qualidade. Em parte é certo, mas tal facto é motivado pelo tamanho do país que temos, o que torna difícil a existência de muitos projectos de qualidade, mas os poucos que temos, às vezes são de grande qualidade a nível mundial, inclusive reconhecidos e premiados lá fora, mas que cá dentro não lhe dão a devida importância, o que torna o país cada vez menos inovador e competitivo.

São precisos empreendedores, mas também são necessários investidores que saibam analisar convenientemente os projectos que chegam às suas mãos, para não perderem oportunidades, não desiludir quem afinal poderia ser uma referência nacional ou até mundial, e para não impedir que o país cresça e se modernize.

Pedir tudo isto a um investidor, e ainda que o mesmo assuma o risco do investimento, não é pedir pouco, e é por isso que temos de profissionalizar a forma em como se investe em empreendedores em Portugal, em especial através das capitais de risco públicas.

Depois de ver a "grande reportagem" da SIC, onde dois empreendedores mostravam soluções absolutamente inovadoras e até com a realização de investimento próprio, para provar que as mesmas não eram apenas teóricas, através de protótipos, fiquei chocado como é que ideias como a de um carro com energia ilimitada, com baterias auto-recarregáveis por via eólica (ou seja, quanto mais o carro se desloca, mais a bateria se carrega - uma ideia genial), ou um sistema que evita inundações, premiados no estrangeiro, ficam na gaveta, destruindo o sonho de quem quer inovar e revolucionar o mundo.

Mas o problema, não está apenas na falta de capacidade de análise, mas também na falha de uma verdadeira incubadora de start-ups. Para fazer crescer um negócio, não temos apenas de colocar dinheiro nele (já tinha referido isto em artigos anteriores), é necessário envolver o negócio numa rede comercial que funcione e que potencie o mesmo. É esta a parte mais complicada do processo, e que não está devidamente estruturada nas capitais de risco públicas, (desaproveitando a grande sinergia comercial que o próprio estado pode dar) acabando por atirar para o lixo grande parte dos investimentos, e culpabilizando o empreendedor do não sucesso.

Os empreendedores, como estes que dou como exemplo, reconhecem eles próprios que são bons inventores e realizadores da sua invenções, mas que ao mesmo tempo não tem a capacidade comercial ou de gestão para passar o negócio do laboratório para o mercado real. É esta a componente mais importante em todo o processo de investimento, e não apenas o capital que se investe.

Temos por isso de reformular por completo a forma em como o estado gasta dinheiro em empreendedores e no empreendedorismo. O novo ministro da economia, já disse mais de uma vez que é preciso apostar no empreendedorismo, e não posso estar mais de acordo, mas enquanto não se criar um centro incubador que seja facilitador de contactos e gerador de negócios a nível nacional e internacional (com a chancela do governo) difícil será rentabilizar os investimentos.

Se definimos uma espécie de "selo de qualidade" em cada projecto investido por capitais de risco públicas, pode-se criar uma rede "ao estilo Cotec" que através de protocolos com grandes empresas internacionais e nacionais, possam vir a dar um empurrão significativo aos projectos. É preciso fazer este trabalho para termos uma boa "plataforma de lançamento" para os nossos inventores.

Este é um trabalho que ainda não foi feito, mas que é obrigatório se queremos ver o dinheiro do contribuinte bem investido, no futuro do país.

Se o estado, por exemplo, tem um acordo feito com a Auto Europa, neste centro incubador, permitindo que o protótipo do carro, passe para um cenário de aperfeiçoamento e comercialização, mais um acordo com o INPI para patentear o "estado da arte" deste projecto a nível global, todo o conceito ganharia muito mais força que apenas entregar capital a este empreendedor.

Mas quem investe no estado, em vez de criar esta "plataforma de lançamento" deixa tudo ao sabor do empreendedor, que muitas vezes não tem experiência, nem contactos, nem capacidade de tornar o seu protótipo num modelo comercializável.

É esta falta de consolidação da inovação com o mercado real, que deixa Portugal ao sabor do vento no que diz respeito a investimentos empreendedores. São os empreendedores que precisam deste apoio, não são as grandes empresas, por isso o estado tem de criar mecanismos para que seja possível juntar todas as peças e elevar o país a um nível de empreendedorismo e inovação nunca antes vivido.

Dedico este meu artigo aos dois empreendedores, e às suas excelentes ideias, lamentando que tenham ficado na gaveta. Contudo não pude de deixar de expressar a minha critica, e sugestão, na esperança de alguém retomar os referidos projectos e vir a integra-los numa "plataforma de lançamento" que os faça crescer.


Workshop de Empreendedorismo - ALGARVE - 14 de Setembro

Numa Parceria entre o NERA e a AIP-CCI realizar-se-á no âmbito da Conferência Internacional da ECCI XII, um Workshop sobre empreendedorismo, no qual serão apresentados casos exemplares de empreendedorismo no sector do Turismo.
Este Workshop é uma iniciativa do projecto Plataforma do Empreendedor (www.empreender.aip.pt), criado pela AIP-CCI e desenvolvido em parceria com o GEP (MTSS) e com o apoio do POAT/ FSE, que tem como objectivo principal levar a um público cada vez mais alargado a temática do empreendedorismo, criando diferentes dinâmicas de abordagem que visam a motivação e o despertar para novas oportunidades de saídas profissionais, como seja o auto-emprego.

Em 2010, realizaram-se com sucesso 9 workshops e uma sessão plenária com um orador internacional, na zona de Lisboa. O tema do empreendedorismo foi amplamente falado por diferentes sujeitos activos e com experiências diferenciadas: Professores, Peritos, Investigadores, Empreendedores, Financiadores, Consultores, entre outros.

Para 2011, a AIP-CCI apostou na realização de um roadshow, com a realização de workshops de empreendedorismo em diferentes regiões de Portugal continental, contando para o efeito com o contributo das diferentes Associações Empresariais Regionais, sendo que no Algarve a parceria foi estabelecida com o NERA, para a realização deste Workshop (gratuito):


TEMA: "Call for Action - EMP! Oportunidades e Desafios no Turismo Sustentável!"

DATA: 14 Setembro 2011

HORÁRIO: 13H30-16H30

LOCAL: Auditório da Esc. Sup. Saúde Univ. do Algarve (ESSUALG), Avª Dr. Adelino da Palma Carlos (FARO)


PROGRAMA:

13h30-14h00- Acreditação

14h30-14h45- Abertura: NERA e AIP-CCI

14h45-15h15- O Estado da Arte do Turismo em Portugal, que desafios para a região do Algarve – Vítor Neto, Presidente do NERA

15h15-15h45- Apresentação de 3 casos empreendedores:

Moderação: Frederico Carvalho Pinto, Docente Universitário na área do Empreendedorismo e Consultor AIP-CCI

15h45-16h30- EMPREENDER – O Jogo!

Para obter mais informações acerca desta iniciativa, sugerimos a consulta do www.empreender.aip.pt, onde poderá encontrar, no PONTO DE ENCONTRO, informação sobre os workshops já realizados.

Profissão: Empreendedor!

Imagine esta cena: depois de anos de estudos, uma jovem se prepara para a formatura no seu curso de odontologia. Vestido já escolhido, fotos tiradas, convites... Tudo pronto para a grande noite. Nome a nome, chega a sua vez e ela sobe ao palco solene para receber seu canudo... Desce e no dia seguinte é convidada para um novo palco, o palco da vida: a recém formada agora está no mercado. Um potencial imenso, mas com muitas dúvidas: estudar mais, arrumar um emprego, fazer um concurso...

E por que não empreender?

Tempos desses fui convidado para ministrar uma aula no Mestrado de Odontologia de uma universidade particular. Assunto? Empreendedorismo. Confesso que não é sempre que me deparo com este tipo de visão: uma instituição de ensino superior instigando seus alunos nas reflexões do universo empreendedor. Naquela oportunidade afirmei que não conheço profissão mais empreendedora que a de dentista. Até porque já fui sócio de um consultório odontológico e bem sei que para um recém formado a tarefa de abrir seu próprio negócio não é das mais fáceis. Reafirmo: não tem profissão mais empreendedora do que a de dentista! Pode ter parecida: advogado, arquiteto, médico, contador... Todas estas profissões se diferem nas técnicas aprendidas nos bancos universitários, mas são muito parecidas nos desafios do ato de empreender. E poucos são os cursos que vão além de formar o profissional operacional. Muitos esquecem que precisam formar estes jovens para o mercado, e que este mercado não tem emprego - seja público ou privado - para todo mundo.

Imaginemos esta outra cena: jovem dentista, recém formado, monta seu consultório em um prédio comercial. Primeira semana de trabalho e ele já tem pacientes: a mãe, o pai, a namorada e a sogra (o sogro não quis dar o cabimento!). Segunda semana? A madrinha, o irmão e três dos amigos mais chegados. E só! O resto do mês à míngua. Mas ele persiste, não desiste! Cartão de visitas no bolso, aproveita qualquer oportunidade para fazer seu nome: divulga entre os amigos, faz trabalho voluntário na comunidade carente, circula em festas, faz curso de gestão... E as coisas vão mudando: o amigo da prima que ele conheceu numa festa liga e marca consulta. O colega do curso indicou ele para a esposa... E de repente - mas não por acaso - sua agenda está cheia e ele, além de construir sua renda, está gerando emprego e riqueza para a secretária, a assistente de consultório dentário, o protético... Troque o personagem acima para o de um jovem engenheiro ou psicólogo e veja o quanto nossos cursos universitários poderiam estar gerando de novos empreendedores ano a ano: seriam centenas? Ou talvez milhares de empreendedores? Imagine o impacto positivo que tantos novos empreendedores, ano a ano, poderiam geram na economia?

Alguém já pensou sobre isto. Foi o economista francês Jean-Baptiste Say (1767-1832), um dos primeiros estudiosos sobre o impacto dos empreendedores na economia. Ele ensinava que um país estocado de empreendedores tem maior potencial de atingir prosperidade do que outros que não investem no empreendedorismo. Por isto, creio e milito na tese que quem cria emprego e renda, riqueza e prosperidade, para sua comunidade, sua cidade, seu estado e seu país, é somente um personagem: o empreendedor.

Por fim gostaria de formular algumas perguntas para os jovens estudantes desta miríade de profissões super empreendedoras que encontramos na atualidade: quantas horas por dia, por mês ou por ano você investe para pensar sobre coisas como:

- Quem é você?

- O que você quer para sua vida? Quais os seus sonhos, seus objetivos?

- Como você vai fazer para alcançar esses objetivos?Prepare-se para empreender conhecendo-se e sonhando, escreva planos e mãos à obra! Como já ensinava Shakespeare "Corra atrás dos seus objetivos. O dia não vai ser diferente se você não fizer diferente". Pense nisso. Bom trabalho. Sucesso!

"O empreendedorismo está na moda"

"O empreendedorismo está na moda" é um projecto com apoio do COMPETE - Programa Operacional Factores de Competitividade (taxa de apoio 70%), no âmbito do SIAC- Sistema de Apoio a Acções Colectivas.

"O empreendedorismo está na moda" é um projecto com apoio do COMPETE- Programa Operacional Factores de Competitividade (taxa de apoio 70%), no âmbito do SIAC- Sistema de Apoio a Acções Colectivas promovido pela IMATEC - Intelligence em Tecnologias e Materiais Avançados) em co-promoção com o CITEVE -Centro Tecnológico das Indústrias Têxtil e do Vestuário de Portugal (Líder Do Projecto), o CENTITVC – Centro de Nanotecnologia e Materiais Técnica e Materiais Técnicos Funcionais e Inteligentes e o Centro Tecnológico do Calçado de Portugal.

Este Projecto teve como objectivo desenvolver de forma estruturada um programa de acção, de carácter transversal e orientado à inteligência tecnológica e à indução de actores (ligação a outras estratégias colectivas de âmbito nacional e Europeu), com vista a:

• Geração de intelligence empresarial em áreas de conhecimento/tecnologias consideradas prioritárias para a produção de inovação orientada à fileira moda;

• Induzir a geração de novos projectos empresariais suportados por estratégias de empreendedorismo com base em tecnologia e conhecimento.


• Articulação e concertação entre diferentes estratégias de eficiência colectiva, através de uma maior e mais eficiente articulação e colaboração entre actores de sectores complementares à fileira Moda, com vista à identificação de oportunidades de elevado potencial de exploração em mercados com interesse económico e conteúdo tecnológico.

Assim nasceu o "O empreendedorismo está na moda", um desafio lançado a alunos ou ex-alunos da Universidade do Minho que visa a apresentação propostas de negócio ligadas ao sector da moda: têxtil, vestuário, calçado ou ourivesaria. Em parceria com a spin-off EDIT VALUE Consultoria Empresarial, as oito melhores irão receber apoio técnico especializado, de forma a colocar em prática essas ideias.

"Conciliar negócio próprio com emprego fixo depende de ética"

Ele é um líder, trabalha bem em equipe, enxerga oportunidades e ajuda a empresa a crescer. O profissional intraempreendedor é um perfil desejado pelas empresas que valorizam as novas ideias e facilitam a comunicação. Mas o que acontece quando esse empregado decide usar essas características e abrir um negócio próprio, sem se desligar da empresa onde trabalha? O economista Eduardo Bom Angelo, que foi diretor presidente da BrasilPrev entre 2003 e 2007 e, agora, atua como voluntário do Instituto Endeavor, coach e consultor, avalia que é possível manter a “vida dupla”. Mas – e sobretudo – desde que funcionário e empresa mantenham a ética e o respeito à verdade. Segundo o especialista, autor do livro “Empreendedor Corporativo” (Negócio Editora), o empreendedorismo nas corporações avança a cada ano, beneficiando-se de uma flexibilização das relações de trabalho.

Como identificar o profissional intraempreendedor?
Eu não acredito que haja uma diferença substancial entre quem empreende dentro de uma empresa ou fora dela. Como qualquer empreendedor, o intraempreendedor enxerga oportunidades onde outras pessoas enxergam obstáculos. Ele possui também traços de liderança e tem facilidade para trabalhar em equipe. A única diferença é que o empreendedor depende de seu próprio capital para levantar um negócio ou fazer uma boa ideia acontecer, enquanto o intraempreendedor está protegido pelo fato de usar dinheiro de terceiros.

É vantajoso para uma empresa contratar intraempreendedores?
Sim, desde que a empresa forneça um cenário favorável ao empreendedorismo. Não adianta contratar gente empreendedora e fornecer um ambiente de trabalho autoritário centralizador, hierarquizado, onde as informações não fluem. A partir disso, também é necessário que haja interlocutores que possam validar ideias empreendedoras, que reconheçam aqueles que estão se destacando e contribuindo com o crescimento da empresa.

Qual é a postura que uma empresa deve adotar diante de um intraempreendedor que decide investir em um negócio próprio?
Depende das regras da empresa. Algumas multinacionais, que são mais rígidas, não permitem que isso aconteça. Eu parto sempre do princípio – não só nessa situação, mas em qualquer impasse corporativo – que é sempre bom lidar com duas palavras: ética e verdade.

E a postura do funcionário?
Vale a mesma regra do bom senso. Eu não vejo muito sentido em alguém abrir um negócio próprio escondido porque, em algum momento, e de alguma forma, isto vai ser revelado, nem que seja por terceiros. A postura do empreendedor deve ser de preservar os interesses da empresa. Afinal, é ela quem paga o seu salário. Você não pode trabalhar num escritório e, às duas da tarde, no meio do expediente, sair correndo porque pegou fogo na cozinha da sua franquia de uma rede de doces, por exemplo. Nem gastar tempo de trabalho para resolver questões com fornecedores da sua empresa por telefone ou e-mail.

Vale abrir um negócio no mesmo ramo da empresa na qual o empreendedor trabalha?
Não. O empreendedor precisa tomar bastante cuidado com isso. Além de virar concorrente da empresa para a qual presta serviços, o empreendedor deve perceber que, nessa situação, precisará de tanto tempo quanto o que se dedica ao seu trabalho.

O que fazer numa situação como essa, em que o empreendimento exige bastante tempo?
Se o seu negócio exige alguém 100% focado no trabalho, é necessário procurar a ajuda de um gerente, gestor ou alguém que cuide da parte operacional, enquanto você se apresenta como sócio investidor, que dedica parte de seu tempo livre ao negócio, seja durante a noite ou nos finais de semana.

Desde 2003, quando publicou seu livro “Empreendedor Coorporativo”, houve alguma mudança no cenário do empreendedorismo nas corporações brasileiras?
Hoje há mais flexibilidade por parte das empresas em aceitar que seus funcionários “toquem” negócios paralelos. Até 11 anos atrás, quando comecei a dar aulas sobre empreendedorismo, não havia títulos publicados sobre esse assunto no Brasil, o que explicava a rejeição das empresas por funcionários que desejavam levar adiante um negócio particular. Ainda que a lei trabalhista brasileira seja rígida, engessada e antiga, as relações de trabalho estão se tornando cada vez mais flexíveis. O intraempreendedor que decide abrir um negócio próprio é apenas um exemplo disso.

Empreendedorismo e Inovação

Vivemos atualmente numa sociedade caracterizada por uma situação económica e social instável. Perante este cenário, temos que assumir uma atitude positiva e procurar soluções, reconhecendo que, hoje em dia, o Empreendedorismo é o motor que conduz a economia de muitas nações, promovendo a empregabilidade, dando origem a novas indústrias e constituindo uma fonte de inovação que pode vir a ser fonte de renovação de organizações, instituições e, talvez mesmo, de países inteiros.

O Empreendedorismo tem de ser assim considerado como o processo de fazer algo de novo e algo de diferente com o propósito de criar riqueza quer para o indivíduo quer para a sociedade, isto é, para a implementação de um desenvolvimento sustentável.
O Empreendedorismo está diretamente associado à criatividade, à inovação e ao crescimento e desenvolvimento económico e social. É ainda consensual, a ideia de que a habilidade para transformar ideias em ação constitui a competência chave do empreendedor; daí que a capacidade de acreditar no que seria inacreditável, pelo recurso à imaginação, e de arriscar sejam consideradas atitudes próprias do empreendedor. O risco está sempre associado ao Empreendedor, todavia, há que ser um risco calculado.

Na situação atual em que vivemos, todos os que têm boas ideias e vontade de empreender devem arriscar, partindo do pressuposto de que a criatividade e inovação são parte integrante de uma atitude empreendedora. Temos de garantir que vamos fazer algo que se diferencie do que já existe, seja qual for o nosso projeto e o setor em que vamos atuar. Não vale a pena avançar se o nosso projeto representar “mais do mesmo”, isto é, se já houver muitos implicados no que estamos a pensar fazer. A situação económica atual desafia-nos, ainda, a fazer mais com menos; precisamos também, para isso, de criatividade e inovação, competências e atitudes inerentes e obrigatórias na implementação e no acompanhamento de qualquer processo empreendedor em que nos empenhemos.

Um recente estudo da IBM, realizado com base em entrevistas a 1500 CEO´s de todo o mundo, aponta como a competência essencial inerente à liderança do futuro, a criatividade!!!
É, no entanto, importante perceber que inovação não é sinónimo de Tecnologias de informação e comunicação, quando falamos de inovação não nos referimos apenas à inovação radical, isto é, algo absolutamente novo, não temos de “inventar a roda”, referimo-nos igualmente à inovação que pode ser a melhoria de algo já existente, isto é, a reformulação criativa de algo já existente, a associação de ideias, instrumentos, ferramentas, que eram já utilizadas, a associação, por vezes, potencia as características isoladas. Lembramos ainda que a inovação pode acontecer quer ao nível da conceção do produto e/ou serviço, quer nas matérias-primas utilizadas, quer na gestão (organização) da empresa, quer no processo, seja no Marketing, na distribuição, isto é, em qualquer área; por último ainda no mercado, quando entramos num mercado novo, estamos igualmente a inovar. A inovação pode igualmente acontecer em qualquer setor, mesmo nos mais tradicionais.

Para finalizar, reforço ainda que todos nós podemos ser criativos e inovadores. Para isso, devemos apostar na formação, que se pretende seja ao longo da vida, e na aplicação prática dos conhecimentos e competências desenvolvidas.

Bom trabalho, Empreendam!!! E Divirtam-se!!!

Rede social brasileira une empreendedores e possíveis investidores

A realidade de muitos empreendedores pode ser resumida em uma equação aparentemente simples: uma empresa de sucesso vem de uma boa ideia, viabilizada com um investimento inicial. O que não é simples é achar esse capital. Foi isso que os irmãos Felipe e Fernando Dulinski, de Porto Alegre (RS) notaram ao trabalhar no mercado de música entre 2007 e 2008. “Os músicos são como empreendedores: muitos não têm o apoio necessário para terem sucesso”, afirma Felipe, 23 anos.

Ao identificar essa necessidade em outros mercados, a dupla abraçou a ideia de ligar projetos de empreendedorismo a possíveis investidores. Assim nasceu a rede social e colaborativa Makaha. O nome é inspirado em uma ilha havaiana que, de acordo com uma fábula, foi salva de uma forte estiagem por um dos moradores, que teve uma boa ideia, coragem e motivação.

Na rede, os participantes inscrevem suas ideias de negócios – um site, uma loja, um novo produto – e obtêm a avaliação de outros empreendedores e também de possíveis investidores.

A ideia dos irmãos é que essa rede ajude aperfeiçoar o projeto cadastrado, fazendo com que fique mais apto a receber algum tipo de investimento. O próprio Makaha recebeu apoio de um investidor anjo. “Nós percebemos que muitos dos projetos inscritos no site precisam melhorar pontos da gestão e do próprio modelo de negócio”, diz Felipe. “Com a ajuda do processo de avaliação pelos usuários, nós podemos minimizar os riscos dessa empresa no mercado de verdade.”

Ao se cadastrar no site, o usuário pode escolher um de três perfis: o de empreendedor, com um projeto que precisa de investimento e pode ser avaliado por outros usuários; o de investidor, que busca ideias interessantes de negócios e ao mesmo tempo pode ajudá-las com suas avaliações e conhecimento; e os especialistas, que não cadastraram um projeto, não estão procurando investir, mas acham que podem ajudar no aperfeiçoamento das ideias com seu know-how.

A avaliação, por sua vez, simula uma bolsa de valores, com compra e venda de ações virtuais de cada projeto, na moeda fictícia da rede – o Maks. Um projeto com ações valorizadas e, dessa forma, uma avaliação positiva, vai conquistando níveis mais altos de um processo que tem seis etapas. “Alcançar o topo desses passos é como ganhar um selo de qualidade, que mostra que ele está pronto para receber um investimento”, afirma Felipe. O próprio Makaha pretende investir em até quatro projetos até o fim do ano.

Lançado há cinco meses, o site possui 940 usuários e 120 projetos brasileiros cadastrados, além de dois internacionais. Eles ocupam todos os seis níveis de avaliação. Alguns ainda estão no papel, e outros têm estrutura formada e até faturamento. O próximo passo do Makaha é aprimorar o modelo de avaliação e classificar seus especialistas de acordo com o know-how de cada um.

Para manter o site no ar, os irmãos pretendem usar estratégias de gameficação – atividades tradicionais, como elaborar um plano de negócios, transformadas em games -, buscando a participação empresas que queriam associar suas marcas aos conteúdos que possam ajudar o desenvolvimento dos projetos cadastrados.

Bem bacana, não é? Com certeza pode empolgar muitos empreendedores que não sabiam como conseguir investimento. Ou até mesmo aqueles que precisam de críticas construtivas sobre suas ideias de negócios.

Confiram alguns projetos inscritos no site. “Eles têm bastante potencial por trabalharem conceitos atuais, como sustentabilidade e redes sociais”, afirma Felipe. “Também são projetos atrativos a possíveis investidores.”

MeuWebGestor
Plataforma de aplicativos baseados na nuvem com foco em gestão de micro e pequenas empresas. “Eles dão agilidade aos negócios de menor porte, que têm um número reduzido de colaboradores e departamentos para exercer todas essas funções”, diz Felipe.

Boombeer

Projeto de uma rede colaborativo-social em que os usuários do portal contribuem avaliando e compartilhando bons lugares para saborear cervejas. Também contará com uma parte de compras coletivas com o mesmo tema.

Desabafei.me
Um sistema que coleta reclamações de consumidores – os desabafos – para servir de pesquisa para produtos, empresas, ações e interações sociais. “Uma vez consolidado, o Desabafei.me pode se tornar uma ferramenta de marketing para mensuração de lançamentos, campanhas e até a imagem da companhia”, afirma Felipe.

ReciclaBituca
Projeto de reciclagem de bitucas de cigarro em papel reutilizável. Para isso, pretende desenvolver coletores específicos para recolherem esse material.

Kids Fitness
Academia que contará com uma equipe de psicólogos, nutricionistas e personal trainers especializados no trabalho com crianças. O objetivo do projeto é ajudar pais a melhorar a qualidade de vida dos seus filhos.

Energia do Calor
O projeto, desenvolvido pelo físico indiano Pranab Ghosh, sugere uma nova forma de produção de energia sustentável. A ideia é gerar eletricidade utilizando o calor da atmosfera, sem o uso de combustíveis fósseis.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Inovar ou não inovar

As estatísticas não são concordantes no que toca à classificação de Portugal como país inovador. O mercado pede mais inovação para garantir a sua sustentabilidade e os empreendedores debatem-se com o dilema dos apoios.

Portugal é muitas vezes referido como um país de inovadores, mas pôr em prática essas inovações nem sempre é tarefa fácil num ecossistema em que ainda existe muita dependência da máquina governativa. «Criou-se uma dependência do Estado para toda e qualquer actividade económica, a qual não é promotora de inovação ou empreendedorismo, e da qual temo que levemos mais de uma geração a livrar-nos», constata Pedro Vilarinho, CEO da Act (COTEC's Technology Commercialization Accelerator) na COTEC Portugal.

O caminho a seguir, segundo o CEO, é progredir, criando as condições para que as pessoas se tornem mais empreendedoras. «Se somos inovadores e empreendedores, é importante sê-lo muito mais e ajudar a criar mais valor do que o que se tem feito até agora», recomenda o responsável.

A questão do financiamento é também um handicap que tem de ser contornado, mas que Pedro Vilarinho diz não ser determinante. Os bons projectos «encontram sempre financiamento», mesmo numa época em que o crédito está mais restringido e em que a fasquia é mais elevada. «Para as startups, o financiamento junto da banca não é uma opção muito normal; os empreendedores devem procurar alternativas junto das capitais de risco e de investidores provados», aconselha o especialista.

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Os programas e concursos de inovação também são uma parte importante na promoção do empreendedorismo de base tecnológica, e podem abarcar as várias perspectivas do processo.
O Programa COHiTEC é um dos que de algum modo têm desempenhado um bom papel nesta área. Criado em 2004, no Porto, o objectivo principal deste programa é valorizar boas ideias e a investigação que é realizada nos institutos de I&D nacionais, de forma que a ciência de qualidade possa chegar ao mercado e permita a criação de empresas de elevado potencial de crescimento. Assim se gera valor, se cria emprego científico e se faz a diferença em Portugal.

Equipas multidisciplinares
O programa é realizado em colaboração com a Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento (FLAD), o Centro HiTEC da North Carolina State University, a EGP-University of Porto Business School, (EGP-UPBS), a Escola de Negócios da Universidade do Porto e o ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa (ISCTE-IUL), que são os dois palcos onde se realizam as sessões semanais do COHiTEC. No caso da EGP-UPBS, há ainda o envolvimento de estudantes do MBA, que integram as equipas do programa.

«Participam no COHiTEC equipas multidisciplinares, constituídas por investigadores, proponentes das tecnologias, e estudantes de gestão e executivos, que apoiam o processo de comercialização», revela Pedro Vilarinho.

Fases do projecto de Acelerador de Comercialização

Programa COHiTEC – Acção de formação para avaliação do potencial comercial das tecnologias. Act to Prove – Desenvolvimento da prova de conceito tecnológico. Os projectos podem manter-se nesta fase dois anos, obter um financiamento do FCR Inovcapital ACTec de até 300 000 euros e beneficiar do apoio da equipa executiva do Act da COTEC.
Act to Enhance – Desenvolvimento de um plano de negócios “investment ready”, isto é, pronto a ser apresentado a investidores. Nesta fase, as equipas têm acesso ao Fundo IAPMEI, que financia esta etapa até aos 75 000 euros.
Act to Add Value – Fase de negociação com os investidores ou licenciadores (caso se pretenda licenciar a tecnologia, e não criar uma startup). Esta fase é apoiada pela COTEC, contando com o networking e a experiência que esta instituição possui neste tipo de processos.
Durante quatro meses, estas equipas têm sessões semanais nas quais adquirem competências na área de comercialização de tecnologias, e simultaneamente avaliam o potencial comercial dos produtos ou serviços que podem ser gerados a partir das tecnologias propostas pelos investigadores. Na sessão de encerramento do COHiTEC, as equipas apresentam os projectos de negócio desenvolvidos ao longo dos quatro meses do programa.

A edição deste ano (2011), que terminou há poucos dias, foi a oitava deste programa, que desde 2005 se passou a realizar em torno de dois pólos: «De forma a potenciar a participação de investigadores do maior leque possível de institutos de investigação, decidiu-se realizar o Programa COHiTEC em duas regiões geográficas: em Lisboa e no Porto», justifica Pedro Vilarinho. Segundo este responsável, na edição do Porto costumam participar também investigadores de outras universidades do Norte e Centro do País, como Aveiro, Coimbra e Minho.

Pedro Vilarinho revela que até à data participaram neste programa um total de 92 projectos, apresentados por 284 investigadores, que contaram com o apoio de 155 estudantes de gestão e de 96 mentores. Os participantes no COHiTEC criaram 26 empresas, 13 das quais tiveram como base a tecnologia e o projecto de negócios saídos deste programa. «Duas dessas empresas percorreram todo o trajecto até ao mercado com apoio da COTEC, nomeadamente a CEV-Consumo em Verde, que produz um fungicida natural de elevada eficácia, e a Advanced Cyclone Systems, que produz ciclones para filtragem de partículas», referiu o responsável. O valor do investimento contratualizado nessas duas empresas foi de 13,9 milhões de euros, um valor que Pedro Vilarinho considera «muito alto e invulgar» quando estão em causa startups.

12 projectos concluem COHiTEC
Em 2011, o programa foi co-financiado pelo ON.2-Programa Operacional Regional do Norte, obteve o patrocínio do IAPMEI e da InovCapital e contou com a participação de investigadores das universidades de Aveiro, Coimbra, Lisboa, Nova de Lisboa, Técnica de Lisboa e Católica Portuguesa, bem como da Clínica Médica St. António Joane, do Grupo de Investigação 3 B’s, do Instituto de Medicina Molecular, do Instituto de Tecnologia Química e Biológica, do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge e do Instituto Neurociências. Na elaboração dos projectos de negócios colaboraram também estudantes de gestão da EGP-UPBS e um grupo de tutores composto na sua maioria por antigos alunos do programa.

Neste ano, o programa envolveu 14 projectos (sete no Porto e sete em Lisboa), sendo que 12 deles concluíram com sucesso o COHiTEC e foram apresentados nas sessões finais. Questionado relativamente às fases que o projecto passa até concluir o programa, Pedro Vilarinho explicou que para um projecto concluir com sucesso o COHiTEC, e prosseguir pelas seguintes fases do Acelerador de Comercialização de Tecnologias (Act) da COTEC, chegando ao mercado, há diversos factores envolvidos, entre os quais se destacam dois: a qualidade do projecto, no que diz respeito à qualidade científica e sobretudo à oportunidade de mercado que o produto proposto representa, e a qualidade da equipa, que necessita de muito trabalho árduo, motivação, perseverança e coesão.

Os 12 projectos que concluíram o programa em 2011 e cujos autores desejam prosseguir através do processo de comercialização de tecnologias proposto pelo Act têm se passar à fase seguinte: a demonstração da prova de conceito tecnológica. De acordo com Pedro Vilarinho, os projectos que agora terminaram o COHiTEC podem candidatar-se à fase do programa Act to Prove. Para isso, têm de demonstrar que possuem uma licença de utilização da propriedade intelectual subjacente ao projecto e participar numa reunião de análise do modelo e do projecto de negócios proposto. Nesta reunião colaboram vários executivos que ajudam a COTEC na avaliação do projecto e contribuem para uma definição do caminho a seguir para o seu desenvolvimento.

Para 2012 está já prevista a realização da 9ª edição do Programa COHiTEC. As candidaturas abrem no próximo mês de Novembro e são realizadas online no site www.actbycotec.com.

Portugueses premiados em evento de empreendedorismo

Dois projetos portugueses - apoiados pelo Audax, do ISCTE - foram distinguidos no evento internacional de empreendedorismo e inovação de Barcelona, o BizBarcelona, avança o portal Económico.

Os projetos Biosurfit e Selftech foram ambos premiados no evento internacional que decorreu recentemente em Barcelona, nas categorias de “Growth Company”.

O projeto de empreendedorismo da Selftech passou pelo desenvolvimento de um robô cortador de relva para campos de golfe, permitindo reduzir o ruído.

Já a Biosurfit apresentou em Barcelona o “Spinit”, uma tecnologia que permite utilizar apenas uma gota de sangue para conseguir análises clínicas em menos de 15 minutos.

"Foi uma experiência extremamente intensa, com dois dias cheios de apresentações a capitais de risco, com um tempo limitado de quatro minutos no primeiro dia e de minuto no segundo”, afirma ao jornal Económico Marco Barbosa, da Selftech.

Daniel Neves, chefe de marketing da empresa Biosurfit, destacou a importância de participar neste evento, podendo obter “reconhecimento por um mercado de capital de risco tão mais maduro e ativo do que o europeu”.

ANJE premeia “boas ideias” de empreendedorismo

A ANJE - Associação Nacional de Jovens Empresários receberá, até 31 de Agosto, candidaturas à iniciativa IdeaMove: da Ideia ao Negócio.

Esta competição de projectos empresariais premeia as 18 melhores ideias com um Campo de Treino de Empreendedores, iniciando-se, a partir daí, um processo que integra duas fases de selecção.

Os 12 melhores projectos resultantes do campo de treino transitam para a etapa de "pré-incubação" e, durante um semestre, beneficiam de 150 horas de consultoria para elaborarem o plano de negócios.

Na fase final, intitulada "incubação", só há lugar para seis equipas, galardoadas com um programa de apoio à constituição do negócio. Tecnologia e moda são as áreas temáticas do IdeaMove.

Promovido em parceria com o INESC-Porto, no âmbito do projecto Tec - Empreende, o concurso visa estimular e apoiar ideias inovadoras para a criação de novos ou melhorados produtos e serviços, aplicados em empresas dos sectores das TICE - tecnologias de informação, comunicação e electrónica e do têxtil e vestuário. A competição destina-se a equipas de dois a três elementos, sendo, segundo a ANJE, valorizadas candidaturas de grupos de jovens das áreas da engenharia, gestão e design.

Na selecção das 18 melhores ideias de produto ou serviço, o painel de avaliadores, além do currículo dos promotores, terá em conta o carácter inovador da proposta, a sua competitividade comercial expectável, a convergência com as exigências do desenvolvimento sustentável e resistência da ideia face às alterações de contexto. No campo de treino de Empreendedores, as equipas receberão formação e acompanhamento especializados, no sentido de acrescentarem potencial às respectivas ideias. Empreendedorismo, negociação, estratégia, marketing, financiamento de negócios e liderança são alguns módulos desta formação.

Aprenda a criar o seu negócio

O Startup Pirates organiza entre 28 de Agosto e 4 de Setembro uma iniciativa que irá permitir aos participantes acederem às ferramentas e ao conhecimento necessários para criar uma empresa e serem bem sucedido ao fazê-lo.

Na prática, o Startup Pirates, escola de empreendedorismo criada em Julho, pretende ser um Movimento de promoção do empreendedorismo em Portugal e no mundo, através da realização de programas de empreendedorismo com a duração de uma semana destinados a universitários e recém-licenciados.

Estes programas cruzarão de uma forma perfeita os conhecimentos teóricos das mais diversas áreas como modelos de negócio, gestão de Recursos Humanos, marketing e desenvolvimento de plano de negócio, com uma componente muito prática que vai desde a estruturação de um modelo de negócio, ao desenvolvimento de um produto até à apresentação do plano de negócio a potenciais investidores. Todo o conhecimento é transmitido e complementado por experientes empreendedores e mentores.

Para mais informações sobre o Startup Pirates @ Porto pode visitar o site www.startuppirates.org/porto.

Mulheres empreendedoras beneficiam de crédito do BAI

Trinta mulheres empreendedoras da província do Moxico receberam hoje, quarta-feira, no Luena, um crédito bancário concedido pelo Banco Africano de Investimentos (BAI), no âmbito do Crédito de Campanha Agrícola, lançado pelo governo angolano em 2010.

Em declarações à Angop, o técnico nacional do BAI micro-finanças, Valdemir Gourgel, explicou que as mulheres contempladas vão receber 500 a cinco mil dólares americanos, que serão reembolsados num prazo de um a dois anos.

Segundo o responsável, numa primeira fase foram beneficiadas 30 mulheres do município sede, como experiência piloto e gradualmente estender-se-á para os restantes municípios e comunas da província do Moxico.

Valdemir Gourgel explicou que o objectivo principal desta política de micro financiamento é estabilizar a situação social das mulheres e melhorar as suas rendas.

Explicou que a sua instituição bancária está aberta para todas as pessoas com iniciativas de empreendedorismo, camponesas associadas e individuais que quiserem aproveitar os serviços dos BAI, para estabilizar e garantir os níveis de produtividade económica.

Maria da Conceição, uma das mulheres contempladas louvou o gesto do BAI e disse que ela e as suas companheiras vão empregar o montante disponibilizado na aquisição de inputs agrícolas, para melhorar a produtividade.

Sugeriu à gerência do banco e a outras instituições envolvidas no processo a abranger no microcrédito às mulheres rurais para igualmente melhorarem as suas condições sociais.