Um bom sistemas de gestão permite aos executivos monitorizar
performances, antecipar problemas e intervir seletivamente ― sem camadas
burocráticas. Se todos na nossa empresa tomassem decisões de gestão
corriqueiras, em comum acordo, ninguém nos poderia deter. Acontece que penas
poucas pessoas, em nossa empresa ou em qualquer outro lugar, tomam decisões de
gestão em comum acordo. A maioria fracassa por não por falta de talento ou de
visão estratégica, fracassam por falha na execução ― o rotineiro corpo-a-corpo
consistente que faz as coisas acontecerem de maneira pró-activa e que garante
os resultados.
Existem vários mecanismos para promover a gestão por resultados
na organização, um dos pontos importantes é o estabelecimento de metas para a
empresa e principalmente o desdobramento destas metas por unidades de negócio,
áreas, equipas e pessoas. É fundamental que estejam todos alinhados.O sistema de metas avisa quando alguma coisa dá errado e oferece acesso instantâneo a dados de qualquer área com a qual você esteja preocupado. Sou um grande defensor da gestão “walking around – passeando pela empresa” e, recomendo que os executivos reservem tempo da sua agenda para realizá-lo, caminhar, conversar com as pessoas e verificar as condições de trabalho pessoalmente, ao invés de manter-se no conforto do escritório, pode ser muito útil na eliminação dos filtros e distorções da realidade. O sistema de metas permite a prática do MBWA (management by walking around - gestão “walking around”), de maneira mais eficaz. Examinando os dados e realizando alguns telefonemas, o executivo pode inteirar-se a respeito do que se passa na empresa e antecipar acções para garantir o resultado, gerindo a operação.
Neste momento você pode estar protestando que não tem tempo para trabalhar neste nível de detalhes, e que possivelmente perderá o foco no estratégico neste trabalho de “microgestão”. Estar no comando de detalhes não significa interferir onde você não é chamado. Recolher informações, revisá-las regularmente, e compartilhá-las amplamente, permite praticar a gestão por exceção em seu sentido mais verdadeiro. Desde que nos atenhamos a apoiar para garantir um resultado relevante, não dizendo o que deve ser feito, mas apoiando com recursos. Interferir para resolver problemas e defender projetos urgentes, e não apenas fazendo cobranças.
Por fim, a alta direção não funciona sem um controlo meticuloso dos detalhes de seu negócio. Para mim, nenhum CEO pode proclamar-se como responsável pela organização, a menos que, em 15 minutos, literalmente, ele ou ela possa responder às seguintes questões: Qual o resultado da empresa por empregado? Como se comparam os seus resultados com as de seus concorrentes? Qual o resultado por empregado em cada uma das linhas principais de produtos? O que explica as recentes tendências em cada linha? Qual o nível médio de qualidade final de cada linha de produção? Quantas encomendas apresentam falhas? Quais são os executivos que se destacam? Quais possuem as mais baixas performances, e porquê? Quais os departamentos que possuem maior capacidade de recuperação após um grande choque competitivo, e quais são vulneráveis a mudanças? Qual a produção, os custos, e períodos do ciclo de cada operação de fabricação? O que explica o valor da empresa no mercado de acções, em relação aos seus concorrentes? Ou você está no comando ou vai precisar de muitas desculpas, justificativas e explicações ao final do mês quando estiver fazendo a autopsia dos resultados.
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