domingo, 25 de agosto de 2013

EMPREENDEDORISMO NÃO ABRANDA EM PORTUGAL APESAR DA CRISE

A percentagem de empreendedores em Portugal manteve-se estável em 2012, apesar da recessão económica. Dados de um estudo sobre empreendedorismo, realizado em 69 países, apresentado no ISCTE-IUL, durante uma conferência internacional sobre esta temática.

O agravamento da situação económica, financeira e social do país não travou a atividade empreendedora em Portugal entre 2011 e 2012. 

Em cada 100 portugueses, 7 ou 8 são empreendedores, revela um estudo sobre empreendedorismo realizado em 69 países, apresentado no ISCTE-IUL, por ocasião de uma conferência internacional sobre a temática. 

A taxa que mede a percentagem de empreendedores com funções em startups ou novos negócios, cresceu ligeiramente em 2012, situando-se nos 7,7%. Os mais empreendedores são jovens, entre os 25 e os 34 anos. Os homens destacam-se no mundo dos negócios, com 9,2% envolvidos na gestão de novos negócios, enquanto 6,1% são mulheres. 

A oportunidade de negócio motivou a maioria dos inquiridos no estudo a avançar por conta própria (58,3%), seguido da necessidade (26,2%) ou ambas (15,6%).

Em Portugal, as maiores apostas recaem nos negócios direcionados para o consumidor final (44,9%), no setor da transformação (26,2%) e na prestação de serviços a outras empresas (23,8%). 

No universo do GEM - Global Entrepreneurship Monitor, um projeto global que monitoriza anualmente a atividade empreendedora em vários países, Portugal ocupa a 44ª posição entre os 69 países analisados. O país surge ainda na sétima posição entre as 24 economias vocacionadas para a inovação, estando mesmo acima da média desses países. 

O GEM Portugal 2012 envolveu dois ml inquiridos, entre os 18 e os 64 anos, residentes no país, e consultou ainda 38 especialistas portugueses ligados ao empreendedorismo, entre os quais líderes do sistema financeiro, responsáveis governamentais, membros do sistema de ensino e empreendedores de renome.

Os especialistas portugueses inquiridos apontam como fatores positivos para empreender no país, o acesso às infraestruturas disponíveis e os serviços profissionais aí prestados. Entre as principais dificuldades estão o excesso de burocracia e carga fiscal e a cultura nacional pouco orientada para o empreendedorismo, afirmam no estudo. 

Dados conhecidos na Conferência Anual da Entrepreneurship Summer University (ESU), que reúne cerca de uma centena de estudantes de doutoramento, investigadores e docentes dos 24 países que integram a European University Network on Entrepreneurship. O evento, a decorrer pela primeira vez em Portugal, termina hoje no ISCTE-IUL. 

Sem comentários:

Enviar um comentário