A Câmara de Lisboa lançou um portal que disponibiliza vários dados sobre a cidade aos cidadãos. A estratégia da autarquia é, agora, fomentar o empreendedorismo, convidando os lisboetas a desenvolver aplicações para interpretar os dados.
Os dados disponibilizados no site Lisboa Participa estão em formato bruto. Podem ser consultados, por exemplo, em formato “Excel”, mas precisam de ser tratados. Já existem três aplicações, todas para iPhone – uma concluída e outras duas em fase “beta”, ou seja, ainda em teste, que permitem, por exemplo, navegar por vários pontos de interesse na cidade de Lisboa ou, em conjunto com dados da Agência de Modernização Administrativa, obter informações sobre serviços públicos, como Lojas de Cidadão.
A disponibilização destes dados, em conjunto com a colocação da aplicação “Lisboa 360º” na App Store, da Apple, destina-se a tornar mais intuitiva a consulta das informações relativas à cidade, como por exemplo a localização de parques de estacionamento, restaurantes ou miradouros. A ideia é, também, estimular os jovens empreendedores a ajudar na elaboração de aplicações, o que se insere numa estratégia mais abrangente de promoção do empreendedorismo.
Os planos da autarquia assentam em três pilares. No primeiro – espaço – a ideia é criar espaços que fomentem o empreendedorismo. Está prevista uma incubadora de empresas na baixa da cidade, bem como um espaço de co-working no mercado do Forno de Tijolo. Um ambiente que favoreça o empreededorismo – através de, por exemplo, iniciativas como o TedX – é outro dos pilares, bem como a criação de ferramentas úteis.
Ao Negócios, a vereadora da Inovação, Graça Fonseca, sublinha que é preciso trabalhar “para colocar Lisboa no mapa global do que são as cidades empreendedoras e inovadoras. Temos que procurar trabalhar no sentido de criar espaços, uma incubadora, um espaço de co-working”, no sentido de “criar ambiente”, e no sentido “de dar ferramentas às pessoas para que possam colocar o seu talento ao serviço daquilo que é criar serviços e produtos de valor acrescentado, ou de elevado potencial”.
A ideia é captar não só os jovens portugueses mas também os de outros países. Acima de tudo, trata-se de criar espaços que promovam a inovação. “Os espaços de co-working são fundamentais, porque podem juntar um arquitecto, um engenheiro, um designer, que descobrem que têm ideias que são articuláveis, que são complementáveis. Desenvolvem uma ideia que dá origem a uma start-up e que, por sua vez, dá origem a um serviço de elevado potencial”, exemplifica a vereadora.Partilhar
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