O Instituto Politécnico da Guarda (IPG) tem a funcionar um projecto que apoia os alunos licenciados das suas quatro escolas na criação do próprio emprego.
Segundo Constantino Rei, presidente do IPG, o projecto denominado ‘Policasulos’ começou a funcionar em Dezembro do ano passado, nas instalações da Escola Superior de Tecnologia e Gestão, e já acolhe duas empresas. A estrutura de apoio a projectos de empreendedorismo apresentados por alunos do IPG ocupa duas salas e disponibiliza cinco gabinetes, referiu o responsável. Naquele espaço, os alunos empreendedores estão instalados a título gratuito durante o primeiro ano, indicou.
Constantino Rei adiantou, durante uma visita guiada de jornalistas às instalações do IPG, que a iniciativa surge numa altura de crise económica, em que é necessário apoiar os jovens na criação do próprio emprego. Disse ainda que o objectivo é permitir criar «as condições de arranque de um negócio» para os empreendedores que não tenham «um espaço para se instalar». Por outro lado, referiu que estando instalados na área do IPG, os novos investidores que se fixem naquele espaço, que denomina de «pré-incubadora» de empresas, tenham «o apoio dos professores» na instalação do negócio e «eventualmente na apresentação do projecto de investimento para financiamento».
O presidente do IPG adiantou que os jovens empresários terão que abandonar os ‘Policasulos’ «ao fim de quatro anos de actividade» e «autonomizarem-se».
Pedro Reis, que tirou o curso de engenharia informática na ESTG ocupa, desde Dezembro de 2010, uma das salas do espaço, desenvolvendo uma actividade relacionada com certificação de competências em novas tecnologias da informação.
O jovem empresário disse à Lusa que «muito dificilmente» estaria a desenvolver a sua actividade empresarial em outro local. «Aqui temos todas as condições e todo o apoio logístico do IPG», afirmou.
No local também está instalada outra unidade que desenvolve software informático dirigido à área da saúde, adiantou a directora da ESTG Clara Silveira. A responsável contou que o projecto ‘Policasulos’ está a ser procurado por outros alunos do IPG, admitindo que «em breve» as restantes três salas estarão ocupadas e que «exista lista de espera». Apontou que os empreendedores encontram naquele local «todas as condições» para a criação de novos projectos empresariais.
O IPG tem este ano cerca de 3.200 alunos, dispersos pelas suas quatro escolas superiores: de Educação e Tecnologia, Educação, Comunicação e Desporto, de Saúde, Turismo e Hotelaria (em Seia).
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