A capital portuguesa vai reunir 250 jovens empreendedores de todo o mundo com menos de 30 anos no Sandbox Global Summit 2012.
O evento terá lugar no MUDE - Museu do Design e da Moda, em Lisboa.
De acordo com os responsáveis europeus, "a Sandbox Global Summit 2012 é um dos maiores eventos de empreendedorismo do ano".
A candidatura de Lisboa à organização foi conduzida pela equipa de jovens empreendedores da Beta-i, "associação que promove o empreendedorismo e a inovação", em colaboração com a Câmara Municipal de Lisboa.
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quarta-feira, 11 de janeiro de 2012
terça-feira, 18 de outubro de 2011
PME ganham “Passaporte para a Exportação”
O Governo prevê a criação de um “Passaporte para a Exportação”, na prática a “certificação” de pequenas e médias empresas (PME) como “empresas com potencial exportador”.
Na rubrica do Orçamento do Estado para 2012, intitulada "Competitividade, empreendedorismo e inovação", o Executivo diz que, relativamente à internacionalização das empresas portuguesas, pretende "promover acções que levem ao aumento significativo das exportações nacionais", designadamente através do fomento de "acções de promoção de Portugal no exterior", da certificação de PME como empresas com potencial exportador, da criação de uma rede de contactos baseada nos portugueses residentes no estrangeiro e do apoio aos sectores tradicionais, através de uma estratégia de diferenciação via pólos de competitividade/'clusters' e associações sectoriais.
Como forma de apoio às PME, o Governo diz ir procurar ainda "incentivar as grandes empresas já internacionalizadas" a envolver no processo de internacionalização as suas "fornecedoras e outras PME nacionais, promovendo a criação de redes de cooperação nacionais e internacionais".
Ainda no âmbito da competitividade da indústria, comércio e serviços, serão implementadas diversas medidas, tais como a "Iniciativa + Portugal", que visa promover a valorização de produtos nacionais, a revisão dos mecanismos de recuperação de empresas em situação difícil, bem como a revisão global do sistema de formação de preços de medicamentos.
Ao nível do empreendedorismo e da inovação, é "prioridade do Governo o reforço da capacidade de inovar e de transformar a investigação aplicada em valor económico, estimulando o trabalho em rede (universidades, centros de investigação, incubadoras e empresas)", pode ler-se na proposta de Orçamento do Estado para 2012. Esta é uma das prioridades endereçadas no programa "+Empreendedorismo, +Inovação" que se centra também na criação de condições favoráveis ao empreendedorismo e no reforço de competências nestas áreas. Será também promovido um modelo integrado de relacionamento com o Estado, focado em "servir as empresas na lógica de cliente e capaz de as acompanhar ao longo de todo o seu ciclo de vida", refere o documento.
O Governo quer igualmente reforçar as competências em investigação de desenvolvimento no tecido empresarial português, "promover políticas de apoio à internacionalização dos resultados de I&D nacional e implementar acções de internacionalização do Mobi.E
Na rubrica do Orçamento do Estado para 2012, intitulada "Competitividade, empreendedorismo e inovação", o Executivo diz que, relativamente à internacionalização das empresas portuguesas, pretende "promover acções que levem ao aumento significativo das exportações nacionais", designadamente através do fomento de "acções de promoção de Portugal no exterior", da certificação de PME como empresas com potencial exportador, da criação de uma rede de contactos baseada nos portugueses residentes no estrangeiro e do apoio aos sectores tradicionais, através de uma estratégia de diferenciação via pólos de competitividade/'clusters' e associações sectoriais.
Como forma de apoio às PME, o Governo diz ir procurar ainda "incentivar as grandes empresas já internacionalizadas" a envolver no processo de internacionalização as suas "fornecedoras e outras PME nacionais, promovendo a criação de redes de cooperação nacionais e internacionais".
Ainda no âmbito da competitividade da indústria, comércio e serviços, serão implementadas diversas medidas, tais como a "Iniciativa + Portugal", que visa promover a valorização de produtos nacionais, a revisão dos mecanismos de recuperação de empresas em situação difícil, bem como a revisão global do sistema de formação de preços de medicamentos.
Ao nível do empreendedorismo e da inovação, é "prioridade do Governo o reforço da capacidade de inovar e de transformar a investigação aplicada em valor económico, estimulando o trabalho em rede (universidades, centros de investigação, incubadoras e empresas)", pode ler-se na proposta de Orçamento do Estado para 2012. Esta é uma das prioridades endereçadas no programa "+Empreendedorismo, +Inovação" que se centra também na criação de condições favoráveis ao empreendedorismo e no reforço de competências nestas áreas. Será também promovido um modelo integrado de relacionamento com o Estado, focado em "servir as empresas na lógica de cliente e capaz de as acompanhar ao longo de todo o seu ciclo de vida", refere o documento.
O Governo quer igualmente reforçar as competências em investigação de desenvolvimento no tecido empresarial português, "promover políticas de apoio à internacionalização dos resultados de I&D nacional e implementar acções de internacionalização do Mobi.E
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domingo, 9 de outubro de 2011
Aprender no mercado onde nasceu o Google
Semana de imersão em Silicon Valley é um dos destaques do programa de MBA do ISEG.
De um lado, a sede do Google. Do outro, os escritórios do Facebook. Ao virar da esquina encontramos o lugar onde nascem as constantes inovações da Apple, lado a lado com prédios que albergam as melhores mentes da Hewlett-Packard, Cisco ou eBay. Localizado na zona Sul da Baía de São Francisco, Silicon Valley é uma das maiores concentrações de empresas que têm marcado a inovação tecnológica nas últimas décadas e um espaço que reúne cerca de um terço de todo o capital de risco norte-americano.
Com a consciência do quanto os seus alunos podem aprender com um mercado de empreendedorismo tão mais desenvolvido que o nosso, o programa de MBA do ISEG voltou a organizar, na semana passada, pelo segundo ano consecutivo, uma semana de imersão na famosa incubadora de empresas.
"Iniciámos, no ano passado, um programa de imersão em Silicon Valley que, para além da componente académica da Universidade de San Francisco, permite criar um projecto e aprender com os casos de sucesso", explica Jorge Landeiro Vaz, director do MBA-ISEG. "Um MBA não é apenas um curso, tem um ‘network' muito forte de integração dos alunos e um grande aposta na renovação ou reforço do percurso profissional do aluno".
Foram essas também as expectativas que Filipe Oliveira levou na sua viagem à mais famosa incubadora de empresas do mundo. Expectativas que não foram desiludidas. Para o actual aluno do MBA do ISEG, licenciado em Marketing pelo IPAM, foi não só a "qualidade dos docentes e organização do programa que incluiu a visita à Plug&Play, a maior incubadora de ‘start-ups' do mundo, onde nascem novas ideias e novas empresas a cada dois minutos", mas também presenciar a "realidade inigualável pela concentração de empreendedores e ‘venture capitalists' no mesmo espaço, dando origem a que muitas ideias, que não passariam apenas disso, se transformem em negócios de biliões de dólares".
O sonho por algo melhor, por um tipo de sucesso que não fique preso aos limites da nossa reduzida realidade nacional. Talvez seja este desejo de crescer sempre mais que motiva tantos profissionais portugueses a procurar oportunidades de formação mais avançada, mesmo em tempos de dificuldades económicas. "A crise não desvalorizou a procura do MBA. Continuamos com cerca de 38, 40 alunos por ano, com uma grande estabilidade", revela Jorge Landeiro Vaz. "E os alunos tanto podem querer subir na empresa em que já estão e outros querem-se valorizar para fazer crescer o seu negócio próprio ou mesmo querer reorientar a sua carreira".
Foi esse o percurso de Sónia Teixeira, que se licenciou em Economia no ISEG, mas viu a sua carreira seguir sempre pela área financeira, sendo a actual director financeira do Opart, que gere o Teatro Nacional de São Carlos e a Companhia Nacional de Bailado. "Quando comecei a tirar o MBA, o meu objectivo era claramente aumentar a minha formação e crescer a nível profissional. Nesta fase já começo a equacionar a possibilidade de eventualmente me lançar no meu próprio projecto, que não era claramente a minha visão quando aqui cheguei. É um espírito que o MBA incute", aponta a Sónia Teixeira.
Depois do MBA, vem o empreendedorismo
"O mercado de trabalho valoriza muito quem tem um MBA, até pela rede de ‘networking' que se cria quando se faz um MBA. É um ano complicado mas que nos preparar para gerir no futuro projectos mais complicados", defende Diogo Sousa Martins, que terminou em Fevereiro o MBA do ISEG e logo partiu para criar o seu projecto. Focado no sector do turismo urbano, o site "TryLisbon", criado há quatro meses visa rentabilizar imóveis que estão parados, "especificamente na área de Lisboa, que está no top 20 das cidades mais visitadas do mundo". Para o empreendedor, foi fulcral a viagem a Silicon Valley, que o fez "tomar conhecimento com todo um sistema de conhecimento que está enraizado naquela área, com uma maior cultura de risco".
De um lado, a sede do Google. Do outro, os escritórios do Facebook. Ao virar da esquina encontramos o lugar onde nascem as constantes inovações da Apple, lado a lado com prédios que albergam as melhores mentes da Hewlett-Packard, Cisco ou eBay. Localizado na zona Sul da Baía de São Francisco, Silicon Valley é uma das maiores concentrações de empresas que têm marcado a inovação tecnológica nas últimas décadas e um espaço que reúne cerca de um terço de todo o capital de risco norte-americano.
Com a consciência do quanto os seus alunos podem aprender com um mercado de empreendedorismo tão mais desenvolvido que o nosso, o programa de MBA do ISEG voltou a organizar, na semana passada, pelo segundo ano consecutivo, uma semana de imersão na famosa incubadora de empresas.
"Iniciámos, no ano passado, um programa de imersão em Silicon Valley que, para além da componente académica da Universidade de San Francisco, permite criar um projecto e aprender com os casos de sucesso", explica Jorge Landeiro Vaz, director do MBA-ISEG. "Um MBA não é apenas um curso, tem um ‘network' muito forte de integração dos alunos e um grande aposta na renovação ou reforço do percurso profissional do aluno".
Foram essas também as expectativas que Filipe Oliveira levou na sua viagem à mais famosa incubadora de empresas do mundo. Expectativas que não foram desiludidas. Para o actual aluno do MBA do ISEG, licenciado em Marketing pelo IPAM, foi não só a "qualidade dos docentes e organização do programa que incluiu a visita à Plug&Play, a maior incubadora de ‘start-ups' do mundo, onde nascem novas ideias e novas empresas a cada dois minutos", mas também presenciar a "realidade inigualável pela concentração de empreendedores e ‘venture capitalists' no mesmo espaço, dando origem a que muitas ideias, que não passariam apenas disso, se transformem em negócios de biliões de dólares".
O sonho por algo melhor, por um tipo de sucesso que não fique preso aos limites da nossa reduzida realidade nacional. Talvez seja este desejo de crescer sempre mais que motiva tantos profissionais portugueses a procurar oportunidades de formação mais avançada, mesmo em tempos de dificuldades económicas. "A crise não desvalorizou a procura do MBA. Continuamos com cerca de 38, 40 alunos por ano, com uma grande estabilidade", revela Jorge Landeiro Vaz. "E os alunos tanto podem querer subir na empresa em que já estão e outros querem-se valorizar para fazer crescer o seu negócio próprio ou mesmo querer reorientar a sua carreira".
Foi esse o percurso de Sónia Teixeira, que se licenciou em Economia no ISEG, mas viu a sua carreira seguir sempre pela área financeira, sendo a actual director financeira do Opart, que gere o Teatro Nacional de São Carlos e a Companhia Nacional de Bailado. "Quando comecei a tirar o MBA, o meu objectivo era claramente aumentar a minha formação e crescer a nível profissional. Nesta fase já começo a equacionar a possibilidade de eventualmente me lançar no meu próprio projecto, que não era claramente a minha visão quando aqui cheguei. É um espírito que o MBA incute", aponta a Sónia Teixeira.
Depois do MBA, vem o empreendedorismo
"O mercado de trabalho valoriza muito quem tem um MBA, até pela rede de ‘networking' que se cria quando se faz um MBA. É um ano complicado mas que nos preparar para gerir no futuro projectos mais complicados", defende Diogo Sousa Martins, que terminou em Fevereiro o MBA do ISEG e logo partiu para criar o seu projecto. Focado no sector do turismo urbano, o site "TryLisbon", criado há quatro meses visa rentabilizar imóveis que estão parados, "especificamente na área de Lisboa, que está no top 20 das cidades mais visitadas do mundo". Para o empreendedor, foi fulcral a viagem a Silicon Valley, que o fez "tomar conhecimento com todo um sistema de conhecimento que está enraizado naquela área, com uma maior cultura de risco".
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terça-feira, 4 de outubro de 2011
Os segredos para ser um empreendedor de sucesso
Os quatro vencedores da competição de empreendedorismo ISCTE-MIT Venture Competition desvendam a receita do seu sucesso.
Empreendedorismo é muito mais que ter uma ideia. É, sim, levar uma ideia à realidade, com todos os problemas, adversidades, alegrias e tristezas que dai vêm. A dica que daria é que para fazerem têm de aprender que falhar não é mais do que ‘feedback'". É esta a visão de Pedro Santos, um dos empresários por trás do All-Desk, um dos projectos vencedores na segunda edição do concurso de inovação e empreendedorismo de base tecnológica ISCTE-IUL MIT-Portugal Venture Competition, realizado em parceria com o MIT (Massachusetts Institute of Technology), o Deshpande Center for Innovation, a Sloan Business School e a Caixa Empreender+, que decorreu no ISCTE-IUL.
Em paralelo com a entrega dos prémios, o evento procurou trazer ao palco casos de sucesso, nacional e internacional, no complexo e implacável mundo do empreendedorismo. Foi esse o caso de António Murta, fundador da sociedade de investimentos Pathena, homem com um passado que o levou desde as grandes empresas à criação dos seus próprios projectos. "Com a crise global, a inovação não é uma opção, é uma obrigação", defende o empreendedor, que aponta aquela que considera ser ainda uma das grandes falhas na realidade portuguesa. "No MIT, a distância entre o mundo académico e os investidores é de apenas uma estrada. Um lado e outro. É isso que falta ainda em Portugal. É isso que temos de mudar", defende.
As universidades de ciência e tecnologia têm uma capacidade inigualável para mudar o mundo, para melhorar a economia local onde estão inseridos, defende Edward Roberts. O director do MIT Entrepreneurship Center aconselhou Portugal também a não tentar copiar outros modelos de fora. "Portugal não tem uma rede de capital de risco tão forte, pelo que os empreendedores devem apostar também nos governos e nas próprias universidades como fontes de financiamento", aponta.
Apesar de ainda termos um longo caminho a percorrer, a grande mensagem passada no evento foi, no entanto, que há lugar a uma boa dose de esperança. "É verdade que eu sou um optimista por natureza, mas acho que estamos na direcção certa", afirma Luís Reto, reitor do ISCTE-IUL. "Há dez anos, isto seria completamente impossível. Tínhamos muito pouco ‘know-how', quer ao nível da gestão de negócios, quer de tecnologias. Portugal deu um salto enorme. Só aqui já formámos mais de 15 mil pessoas com pós-graduações em gestão".
Uma variedade de boas ideias
De soluções para cozinhar, utilizando a luz solar, a inovadoras tecnologias para ajudar pessoas com problemas de mobilidade. De instrumentos de diagnóstico médico a uma aplicação de iPhone para amantes de golfe. A variedade foi a regra nas 20 propostas semi-finalistas da competição de empreendedorismo, das quais apenas quatro saíram galardoadas, cada uma, com os 100 mil euros do prémio final.
Foi esse o caso com a MediaOmics, que nasceu com o propósito de tentar revolver o problema da baixa produtividade na produção de bioterapêuticos. Para Rui Oliveira, um dos responsáveis pelo projecto, é fundamental compreender o risco associado a qualquer tentativa de rentabilizar uma solução inovadora. "Por isso, nesta fase do nosso projecto, estamos a tentar, na medida do possível, mitigar alguns desses riscos até um nível que seja aceitável para nós e para potenciais investidores", explica o empreendedor, que não deixa de salientar a importância de ter um "plano B, já que na maioria dos casos, apesar de todos os cuidados, há sempre surpresas".
É preciso ter "perseverança e acreditar no produto, independentemente dos obstáculos que encontrem", defende Carlos Rosário, da IsGreen, que saiu vencedora na competição com a sua GreenLamp C&C, um sistema inteligente de iluminação que monitoriza a quantidade de luz necessária para cada espaço, conforme esteja ou não a ser utilizado e a entrada de luz natural. Para o responsável da empresa, embora o reconhecimento pela equipa do MIT e pelo júri da competição seja uma vitória só por si, "a visibilidade do ISCTE /MIT Venture Competition é, também, um benefício tanto ao nível de acesso a clientes como a nível de abertura de mercados externos".
Essa intenção de abertura ao mercado global vive naturalmente nos projectos fundados nas possibilidades da Internet. Projectos como o Musikki, um motor de busca musical que procura reunir automaticamente numa só página toda a informação sobre uma qualquer banda ou música que pesquisemos. Ainda a dar os primeiros passos no mundo do empreendedorismo, os responsáveis do projecto já têm, no entanto, uma ideia das dificuldades que o esperam. "Embora ainda tenhamos pouca experiência e um longo caminho pela frente, parece-nos imprescindível uma boa dose de persistência, um pouco de loucura e uma equipa que trabalhe na mesma frequência de onda", defende João Afonso.
Projectos Vencedores
MediaOmics
Resolver o problema da baixa produtividade na produção de bioterapêuticos é o grande objectivo da MediaOmics, vencedora na categoria de "Life Sciences" e constituída por Rui Oliveira, António Dinis, João Dias, Nuno Carinhas, Filipe Ataíde e Ana Ferreira. "A nossa solução baseia-se numa plataforma proprietária que utilizamos para desenvolver meios de cultura de alta performance que permitem aumentar a produtividade na produção de bioterapêuticos de forma significativa", explica Rui Oliveira. "O nosso objectivo é vender meios de cultura e prestar serviços de desenvolvimento à medida à indústria farmacêutica". Terminada a fase de protótipo, a equipa está a iniciar agora a fase final do desenvolvimento do seu primeiro produto, que deverá estar concluída no 2º trimestre de 2012.
GreenLamp
"A GreenLamp Comando & Controlo é um sistema inteligente de iluminação para todo o tipo de lâmpada, que monitoriza as condições locais de ocupação e luz natural, variando em contínuo a luz fornecida na quantidade necessária, onde e quando precisa", descreve Carlos Rosário, que, em conjunto com Jaime Sotto-Mayor, forma a IsGreen, equipa que ganhou, o projecto GreenLamp, na categoria de "Sustainable Energy & Transportation Systems". A GreenLamp já passou a fase de projecto e é já um produto em comercialização, por exemplo, no novo hospital da Guarda ou em escolas em Espanha, Itália, Roménia e Bulgária. A IsGreen vai alargar a sua comercialização a nível Ibérico até ao final do ano, com o norte da Europa e posteriormente os Estados Unidos em 2012.
All-Desk
O conceito por trás do projecto All-Desk, vencedor na categoria de "IT & Web", partiu do objectivo de conseguir uma maior flexibilidade no local de trabalho e rentabilizar espaços subutilizados. "Por exemplo, uma empresa de design localizada no centro de Lisboa que tem duas ou três secretárias livres, pode ter pessoas a alugar essas mesas para trabalhar. O objectivo é que os trabalhadores achem o sítio mais conveniente para eles naquele momento, enquanto que empresas ganham uma forma de rentabilizar os seus espaços",aponta Pedro Santos, um dos responsáveis do projecto, juntamente com Marco Abreu, Fernando Mendes, Rui Aires e Pedro Magalhães. O All-Desk encontra-se, de momento, a correr em fase "beta", mas em comercialização, sendo já possivel alugar mesas em vários pontos do país. Está para breve o início do processo de expansão da rede internacionalmente.
Musikki
O Musikki é um motor de busca musical. A essência do seu método de funcionamento não deve ser confundida, no entanto, com o do Google. "Os resultados de uma pesquisa no Musikki não são vários links para diferentes locais", revela João Afonso, que, com Juliana Teixeira e Pedro Almeida, forma a equipa por trás do projecto que saiu vencedor na categoria de "Products & Services". "Os dados são recolhidos, estruturados e apresentados ao utilizador numa única página de resultado. Com apenas um clique, o utilizador obtém, entre outros conteúdos, a biografia, discografia, vídeos, fotografias e agenda de concertos, criando um perfil dinâmico do músico ou banda", aponta. O projecto (activo na página www.musikki.com) encontra-se de momento em fase "beta", estando a equipa do Musikki a trabalhar numa nova versão, enquanto continua a reunir investimento.
Empreendedorismo é muito mais que ter uma ideia. É, sim, levar uma ideia à realidade, com todos os problemas, adversidades, alegrias e tristezas que dai vêm. A dica que daria é que para fazerem têm de aprender que falhar não é mais do que ‘feedback'". É esta a visão de Pedro Santos, um dos empresários por trás do All-Desk, um dos projectos vencedores na segunda edição do concurso de inovação e empreendedorismo de base tecnológica ISCTE-IUL MIT-Portugal Venture Competition, realizado em parceria com o MIT (Massachusetts Institute of Technology), o Deshpande Center for Innovation, a Sloan Business School e a Caixa Empreender+, que decorreu no ISCTE-IUL.
Em paralelo com a entrega dos prémios, o evento procurou trazer ao palco casos de sucesso, nacional e internacional, no complexo e implacável mundo do empreendedorismo. Foi esse o caso de António Murta, fundador da sociedade de investimentos Pathena, homem com um passado que o levou desde as grandes empresas à criação dos seus próprios projectos. "Com a crise global, a inovação não é uma opção, é uma obrigação", defende o empreendedor, que aponta aquela que considera ser ainda uma das grandes falhas na realidade portuguesa. "No MIT, a distância entre o mundo académico e os investidores é de apenas uma estrada. Um lado e outro. É isso que falta ainda em Portugal. É isso que temos de mudar", defende.
As universidades de ciência e tecnologia têm uma capacidade inigualável para mudar o mundo, para melhorar a economia local onde estão inseridos, defende Edward Roberts. O director do MIT Entrepreneurship Center aconselhou Portugal também a não tentar copiar outros modelos de fora. "Portugal não tem uma rede de capital de risco tão forte, pelo que os empreendedores devem apostar também nos governos e nas próprias universidades como fontes de financiamento", aponta.
Apesar de ainda termos um longo caminho a percorrer, a grande mensagem passada no evento foi, no entanto, que há lugar a uma boa dose de esperança. "É verdade que eu sou um optimista por natureza, mas acho que estamos na direcção certa", afirma Luís Reto, reitor do ISCTE-IUL. "Há dez anos, isto seria completamente impossível. Tínhamos muito pouco ‘know-how', quer ao nível da gestão de negócios, quer de tecnologias. Portugal deu um salto enorme. Só aqui já formámos mais de 15 mil pessoas com pós-graduações em gestão".
Uma variedade de boas ideias
De soluções para cozinhar, utilizando a luz solar, a inovadoras tecnologias para ajudar pessoas com problemas de mobilidade. De instrumentos de diagnóstico médico a uma aplicação de iPhone para amantes de golfe. A variedade foi a regra nas 20 propostas semi-finalistas da competição de empreendedorismo, das quais apenas quatro saíram galardoadas, cada uma, com os 100 mil euros do prémio final.
Foi esse o caso com a MediaOmics, que nasceu com o propósito de tentar revolver o problema da baixa produtividade na produção de bioterapêuticos. Para Rui Oliveira, um dos responsáveis pelo projecto, é fundamental compreender o risco associado a qualquer tentativa de rentabilizar uma solução inovadora. "Por isso, nesta fase do nosso projecto, estamos a tentar, na medida do possível, mitigar alguns desses riscos até um nível que seja aceitável para nós e para potenciais investidores", explica o empreendedor, que não deixa de salientar a importância de ter um "plano B, já que na maioria dos casos, apesar de todos os cuidados, há sempre surpresas".
É preciso ter "perseverança e acreditar no produto, independentemente dos obstáculos que encontrem", defende Carlos Rosário, da IsGreen, que saiu vencedora na competição com a sua GreenLamp C&C, um sistema inteligente de iluminação que monitoriza a quantidade de luz necessária para cada espaço, conforme esteja ou não a ser utilizado e a entrada de luz natural. Para o responsável da empresa, embora o reconhecimento pela equipa do MIT e pelo júri da competição seja uma vitória só por si, "a visibilidade do ISCTE /MIT Venture Competition é, também, um benefício tanto ao nível de acesso a clientes como a nível de abertura de mercados externos".
Essa intenção de abertura ao mercado global vive naturalmente nos projectos fundados nas possibilidades da Internet. Projectos como o Musikki, um motor de busca musical que procura reunir automaticamente numa só página toda a informação sobre uma qualquer banda ou música que pesquisemos. Ainda a dar os primeiros passos no mundo do empreendedorismo, os responsáveis do projecto já têm, no entanto, uma ideia das dificuldades que o esperam. "Embora ainda tenhamos pouca experiência e um longo caminho pela frente, parece-nos imprescindível uma boa dose de persistência, um pouco de loucura e uma equipa que trabalhe na mesma frequência de onda", defende João Afonso.
Projectos Vencedores
MediaOmics
Resolver o problema da baixa produtividade na produção de bioterapêuticos é o grande objectivo da MediaOmics, vencedora na categoria de "Life Sciences" e constituída por Rui Oliveira, António Dinis, João Dias, Nuno Carinhas, Filipe Ataíde e Ana Ferreira. "A nossa solução baseia-se numa plataforma proprietária que utilizamos para desenvolver meios de cultura de alta performance que permitem aumentar a produtividade na produção de bioterapêuticos de forma significativa", explica Rui Oliveira. "O nosso objectivo é vender meios de cultura e prestar serviços de desenvolvimento à medida à indústria farmacêutica". Terminada a fase de protótipo, a equipa está a iniciar agora a fase final do desenvolvimento do seu primeiro produto, que deverá estar concluída no 2º trimestre de 2012.
GreenLamp
"A GreenLamp Comando & Controlo é um sistema inteligente de iluminação para todo o tipo de lâmpada, que monitoriza as condições locais de ocupação e luz natural, variando em contínuo a luz fornecida na quantidade necessária, onde e quando precisa", descreve Carlos Rosário, que, em conjunto com Jaime Sotto-Mayor, forma a IsGreen, equipa que ganhou, o projecto GreenLamp, na categoria de "Sustainable Energy & Transportation Systems". A GreenLamp já passou a fase de projecto e é já um produto em comercialização, por exemplo, no novo hospital da Guarda ou em escolas em Espanha, Itália, Roménia e Bulgária. A IsGreen vai alargar a sua comercialização a nível Ibérico até ao final do ano, com o norte da Europa e posteriormente os Estados Unidos em 2012.
All-Desk
O conceito por trás do projecto All-Desk, vencedor na categoria de "IT & Web", partiu do objectivo de conseguir uma maior flexibilidade no local de trabalho e rentabilizar espaços subutilizados. "Por exemplo, uma empresa de design localizada no centro de Lisboa que tem duas ou três secretárias livres, pode ter pessoas a alugar essas mesas para trabalhar. O objectivo é que os trabalhadores achem o sítio mais conveniente para eles naquele momento, enquanto que empresas ganham uma forma de rentabilizar os seus espaços",aponta Pedro Santos, um dos responsáveis do projecto, juntamente com Marco Abreu, Fernando Mendes, Rui Aires e Pedro Magalhães. O All-Desk encontra-se, de momento, a correr em fase "beta", mas em comercialização, sendo já possivel alugar mesas em vários pontos do país. Está para breve o início do processo de expansão da rede internacionalmente.
Musikki
O Musikki é um motor de busca musical. A essência do seu método de funcionamento não deve ser confundida, no entanto, com o do Google. "Os resultados de uma pesquisa no Musikki não são vários links para diferentes locais", revela João Afonso, que, com Juliana Teixeira e Pedro Almeida, forma a equipa por trás do projecto que saiu vencedor na categoria de "Products & Services". "Os dados são recolhidos, estruturados e apresentados ao utilizador numa única página de resultado. Com apenas um clique, o utilizador obtém, entre outros conteúdos, a biografia, discografia, vídeos, fotografias e agenda de concertos, criando um perfil dinâmico do músico ou banda", aponta. O projecto (activo na página www.musikki.com) encontra-se de momento em fase "beta", estando a equipa do Musikki a trabalhar numa nova versão, enquanto continua a reunir investimento.
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domingo, 24 de julho de 2011
Empreendedorismo tecnológico é o futuro
O livro de Pedro Manuel Saraiva baseia-se em casos práticos de sucesso.
Raúl Santos sonhava criar uma empresa. Ganhou um concurso de ideias na Universidade de Coimbra (UC) e nasceu a Crioestaminal. Hoje a empresa conta com 40 mil clientes, emprega perto de 90 colaboradores altamente qualificados e tem uma facturação anual acima dos dez milhões de euros. Este é apenas um dos exemplos do empreendedorismo de base tecnológica, um tipo de empreendedorismo que faz todo o sentido em Portugal, segundo Pedro Manuel Saraiva, autor de "Empreendedorismo".
"Dentro das várias vertentes do empreendedorismo, todas elas sendo válidas, este [o empreendedorismos de base tecnológica] é aquele que pode ajudar-nos a caminhar mais rapidamente para o progresso que queremos percorrer: competitividade à escala global, incremento das exportações, mão-de-obra altamente qualificada", considera Pedro Manuel Saraiva.
Mas, para isso, Portugal tem ainda um longo caminho a percorrer. Uma das formas de crescer é apostar nas chamadas "empresas-gazela", ou empresas "jovens mas que estão a crescer muito rapidamente porque são intensivas em conhecimento e que trabalham, normalmente, em mercados à escala global", explica Saraiva. "Temos apenas cerca de 300 "gazelas" em Portugal e o número não tem crescido muito ao longo da última década", continua o autor e professor da UC. No entanto, defende, "se o país em vez de ter 300 "gazelas", tivesse 600, seríamos bastante diferentes em termos dos indicadores que queremos ver evoluir rapidamente, como o crescimento do PIB e criação de postos de trabalho qualificados".
E é também na criação destas empresas que as universidades podem ter um papel fundamental, sustenta Pedro Manuel Saraiva. "Falar do empreendedorismo, em 2011, obriga-nos a falar do papel vital que as instituições do ensino superior devem nele desempenhar. Desde logo, pela vertente da sensibilização e da formação na área", resume o autor.
Além do ensino e da produção de conhecimento, a universidade tem agora uma terceira missão: a de encorajar a inovação e o empreendedorismo. Esta é a visão de Pedro Manuel Saraiva e, já agora, também a do novo governo, que quer incentivar a educação para o empreendedorismo. Pedro Manuel Saraiva pensa sobretudo na universidade, onde defende que "não [devia] haver nenhum aluno a frequentar o ensino superior em Portugal, independentemente do curso, sem ter alguma exposição, através de um módulo ou outro tipo de experiência, que o tornasse mais conhecedor do que é o empreendedorismo".
Os portugueses são mais empreendedores do que eram há uma geração, mas ainda há questões a resolver, lembra Saraiva. "Temos de trabalhar aspectos de atitude, porque tudo passa por aí, somos ainda um país onde tipicamente não se gosta de arriscar muito e onde quem erra, por vezes, ainda que errando bem intencionalmente, é excessivamente penalizado e esses são traços culturais que gradualmente temos de combater", sugere.
Casos práticos para seguir as pistas
O livro, editado pela Imprensa da Universidade de Coimbra, tem dois meses e já esgotou a primeira edição. Um dos motivos talvez seja os muitos casos práticos que vai apresentando, ou o site associado (www.uc.pt/imprensa_uc/empreendedorismo), que permite "navegar para aprofundar o que entender em cada um desses casos", segundo o autor. No entanto, não deixa de ser um livro técnico, um manual de "como fazer" para interessados em empreendedorismo, que já pressupõe algum interesse no tema. "Não quero dizer que, seguindo o livro passo-a-passo, uma ideia de negócio vai ser necessariamente [transformada numa realidade], mas ficam as pistas dadas, do ponto de vista técnico, para que essa transição seja eficaz e para que se diminua a probabilidade de insucesso", diz Pedro Manuel Saraiva. O autor é professor catedrático na UC e já criou várias empresas, a primeira das quais em 1993. Observou também de perto a realidade das ‘spin-offs" da UC
Raúl Santos sonhava criar uma empresa. Ganhou um concurso de ideias na Universidade de Coimbra (UC) e nasceu a Crioestaminal. Hoje a empresa conta com 40 mil clientes, emprega perto de 90 colaboradores altamente qualificados e tem uma facturação anual acima dos dez milhões de euros. Este é apenas um dos exemplos do empreendedorismo de base tecnológica, um tipo de empreendedorismo que faz todo o sentido em Portugal, segundo Pedro Manuel Saraiva, autor de "Empreendedorismo".
"Dentro das várias vertentes do empreendedorismo, todas elas sendo válidas, este [o empreendedorismos de base tecnológica] é aquele que pode ajudar-nos a caminhar mais rapidamente para o progresso que queremos percorrer: competitividade à escala global, incremento das exportações, mão-de-obra altamente qualificada", considera Pedro Manuel Saraiva.
Mas, para isso, Portugal tem ainda um longo caminho a percorrer. Uma das formas de crescer é apostar nas chamadas "empresas-gazela", ou empresas "jovens mas que estão a crescer muito rapidamente porque são intensivas em conhecimento e que trabalham, normalmente, em mercados à escala global", explica Saraiva. "Temos apenas cerca de 300 "gazelas" em Portugal e o número não tem crescido muito ao longo da última década", continua o autor e professor da UC. No entanto, defende, "se o país em vez de ter 300 "gazelas", tivesse 600, seríamos bastante diferentes em termos dos indicadores que queremos ver evoluir rapidamente, como o crescimento do PIB e criação de postos de trabalho qualificados".
E é também na criação destas empresas que as universidades podem ter um papel fundamental, sustenta Pedro Manuel Saraiva. "Falar do empreendedorismo, em 2011, obriga-nos a falar do papel vital que as instituições do ensino superior devem nele desempenhar. Desde logo, pela vertente da sensibilização e da formação na área", resume o autor.
Além do ensino e da produção de conhecimento, a universidade tem agora uma terceira missão: a de encorajar a inovação e o empreendedorismo. Esta é a visão de Pedro Manuel Saraiva e, já agora, também a do novo governo, que quer incentivar a educação para o empreendedorismo. Pedro Manuel Saraiva pensa sobretudo na universidade, onde defende que "não [devia] haver nenhum aluno a frequentar o ensino superior em Portugal, independentemente do curso, sem ter alguma exposição, através de um módulo ou outro tipo de experiência, que o tornasse mais conhecedor do que é o empreendedorismo".
Os portugueses são mais empreendedores do que eram há uma geração, mas ainda há questões a resolver, lembra Saraiva. "Temos de trabalhar aspectos de atitude, porque tudo passa por aí, somos ainda um país onde tipicamente não se gosta de arriscar muito e onde quem erra, por vezes, ainda que errando bem intencionalmente, é excessivamente penalizado e esses são traços culturais que gradualmente temos de combater", sugere.
Casos práticos para seguir as pistas
O livro, editado pela Imprensa da Universidade de Coimbra, tem dois meses e já esgotou a primeira edição. Um dos motivos talvez seja os muitos casos práticos que vai apresentando, ou o site associado (www.uc.pt/imprensa_uc/empreendedorismo), que permite "navegar para aprofundar o que entender em cada um desses casos", segundo o autor. No entanto, não deixa de ser um livro técnico, um manual de "como fazer" para interessados em empreendedorismo, que já pressupõe algum interesse no tema. "Não quero dizer que, seguindo o livro passo-a-passo, uma ideia de negócio vai ser necessariamente [transformada numa realidade], mas ficam as pistas dadas, do ponto de vista técnico, para que essa transição seja eficaz e para que se diminua a probabilidade de insucesso", diz Pedro Manuel Saraiva. O autor é professor catedrático na UC e já criou várias empresas, a primeira das quais em 1993. Observou também de perto a realidade das ‘spin-offs" da UC
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domingo, 5 de junho de 2011
As metas ambiciosas com que Portugal se comprometeu em Florença
Portugal quer aumentar para 40% o número de jovens graduados até 2020, contra os actuais 21,2%. A média europeia é de 32%.
A Comissão Europeia quer aumentar o número de graduados do ensino superior e diminuir o abandono escolar. Portugal definiu as mesmas metas a atingir do que a média europeia, embora os pontos de partida sejam bem diferentes.
Os números são os mesmos: até 2020, atingir 40% de graduados na população entre os 30 e os 34 anos e reduzir o número dos que abandonam a escola cedo demais para 10%. Em Portugal, os graduados são hoje 21,2% dos jovens (tendo subido desde os 11,3%, em 2000) e o abandono escolar está nos 31,2% (quando, em 2000, eram 43,6%). A média europeia de graduados entre os 30 e os 34 anos é de 32,3% e a do abandono escolar fica nos 14,4%.
Estas são as metas do programa "Juventude em Movimento", da Comissão Europeia, dinamizado pela comissária Andreoulla Vassilou. Todos os países da União a 27 apresentaram as suas metas nacionais para os números de graduados e de decréscimo do abandono escolar "excepto o Reino Unido", confessou a comissária, durante uma conferência organizada pelo programa em Florença, acompanhando o Festival da Europa.
"Pedimos aos Estados-membros que definissem as suas metas e que apresentassem, a cada ano, relatórios de progresso", explicou Vassilou. Como o programa só entrou em funcionamento este ano, os primeiros relatórios de progresso só devem estar prontos em 2012.
Os objectivos da Comissão Europeia prendem-se com o aumento da empregabilidade dos jovens num momento em que cerca de cinco milhões na Europa estão à procura de emprego. A crise atingiu de modo particularmente grave a juventude europeia, nota ainda a Comissão. "Dos novos empregos criados nos próximos anos, 25% irão precisar de altas qualificações", acrescentou Vassilou.
"Portugal e a Polónia são os dois países que começaram de muito baixo e que conseguiram um bom progresso", notou também a comissária. Portugal é citado como um "bom aluno" no número de graduados em matemática, ciências e tecnologias, onde teve um crescimento de 14,4%, entre 2000 e 2008. A meta para 2010 era crescer até 15%. No entanto, o desequilíbrio entre homens e mulheres nestes graduados devia diminuir, o que não aconteceu. Na verdade, até aumentou: a proporção de mulheres graduadas nestas áreas passou de 41,9% para 34,1%.
Em relação à fuga de cérebros de países como Portugal e Grécia, Vassilou declarou que "a única maneira de ajudar estes países é fazê-los ganhar de novo a sua saúde económica". O programa "Juventude em Movimento" não vai, porém, contar com financiamento próprio. Os fundos vêm de outros programas europeus, como o Fundo Social Europeu (FSE) ou o Erasmus.
Segundo a Comissão Europeia, um terço dos 10 milhões de beneficiários suportados pelo FSE, por ano, são jovens. Cerca de 60% do orçamento total do FSE, que vale 75 milhões de euros entre 2007 e 2013, juntamente com o financiamento nacional, beneficia os jovens.
O financiamento para os programas de Erasmus e outros de intercâmbio deve aumentar, diz a Comissão Europeia. Está também a ser estudada a possibilidade de aumentar o empreendedorismo através da promoção do ensino deste tipo de formação em todos os graus de ensino e do aumento do apoio à iniciativa "Erasmus para jovens empreendedores".
Uma das metas é, no entanto, aumentar a despesa pública para o ensino (o que inclui o superior). Entre 2006 e 2007, a despesa dos países com a educação baixou de 5,04% para 4,96% do PIB.
Um dos principais instrumentos do "Juventude em Movimento" vai ser o "passaporte da juventude", que além da qualificação académica, vai referir as ‘soft skills' do portador e experiências como estágios internacionais e voluntariado. Porém, a Comissão prepara também um mecanismo de empréstimos a estudantes, que vai funcionar em paralelo com os empréstimos nacionais. Um estudo sobre este assunto está a decorrer, com resultados esperados ainda em 2011
A Comissão Europeia quer aumentar o número de graduados do ensino superior e diminuir o abandono escolar. Portugal definiu as mesmas metas a atingir do que a média europeia, embora os pontos de partida sejam bem diferentes.
Os números são os mesmos: até 2020, atingir 40% de graduados na população entre os 30 e os 34 anos e reduzir o número dos que abandonam a escola cedo demais para 10%. Em Portugal, os graduados são hoje 21,2% dos jovens (tendo subido desde os 11,3%, em 2000) e o abandono escolar está nos 31,2% (quando, em 2000, eram 43,6%). A média europeia de graduados entre os 30 e os 34 anos é de 32,3% e a do abandono escolar fica nos 14,4%.
Estas são as metas do programa "Juventude em Movimento", da Comissão Europeia, dinamizado pela comissária Andreoulla Vassilou. Todos os países da União a 27 apresentaram as suas metas nacionais para os números de graduados e de decréscimo do abandono escolar "excepto o Reino Unido", confessou a comissária, durante uma conferência organizada pelo programa em Florença, acompanhando o Festival da Europa.
"Pedimos aos Estados-membros que definissem as suas metas e que apresentassem, a cada ano, relatórios de progresso", explicou Vassilou. Como o programa só entrou em funcionamento este ano, os primeiros relatórios de progresso só devem estar prontos em 2012.
Os objectivos da Comissão Europeia prendem-se com o aumento da empregabilidade dos jovens num momento em que cerca de cinco milhões na Europa estão à procura de emprego. A crise atingiu de modo particularmente grave a juventude europeia, nota ainda a Comissão. "Dos novos empregos criados nos próximos anos, 25% irão precisar de altas qualificações", acrescentou Vassilou.
"Portugal e a Polónia são os dois países que começaram de muito baixo e que conseguiram um bom progresso", notou também a comissária. Portugal é citado como um "bom aluno" no número de graduados em matemática, ciências e tecnologias, onde teve um crescimento de 14,4%, entre 2000 e 2008. A meta para 2010 era crescer até 15%. No entanto, o desequilíbrio entre homens e mulheres nestes graduados devia diminuir, o que não aconteceu. Na verdade, até aumentou: a proporção de mulheres graduadas nestas áreas passou de 41,9% para 34,1%.
Em relação à fuga de cérebros de países como Portugal e Grécia, Vassilou declarou que "a única maneira de ajudar estes países é fazê-los ganhar de novo a sua saúde económica". O programa "Juventude em Movimento" não vai, porém, contar com financiamento próprio. Os fundos vêm de outros programas europeus, como o Fundo Social Europeu (FSE) ou o Erasmus.
Segundo a Comissão Europeia, um terço dos 10 milhões de beneficiários suportados pelo FSE, por ano, são jovens. Cerca de 60% do orçamento total do FSE, que vale 75 milhões de euros entre 2007 e 2013, juntamente com o financiamento nacional, beneficia os jovens.
O financiamento para os programas de Erasmus e outros de intercâmbio deve aumentar, diz a Comissão Europeia. Está também a ser estudada a possibilidade de aumentar o empreendedorismo através da promoção do ensino deste tipo de formação em todos os graus de ensino e do aumento do apoio à iniciativa "Erasmus para jovens empreendedores".
Uma das metas é, no entanto, aumentar a despesa pública para o ensino (o que inclui o superior). Entre 2006 e 2007, a despesa dos países com a educação baixou de 5,04% para 4,96% do PIB.
Um dos principais instrumentos do "Juventude em Movimento" vai ser o "passaporte da juventude", que além da qualificação académica, vai referir as ‘soft skills' do portador e experiências como estágios internacionais e voluntariado. Porém, a Comissão prepara também um mecanismo de empréstimos a estudantes, que vai funcionar em paralelo com os empréstimos nacionais. Um estudo sobre este assunto está a decorrer, com resultados esperados ainda em 2011
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As novas ideias dos empreendedores portugueses
O fenómeno dos encontros TED, que surgiu nos EUA, reuniu criadores nacionais com ideias inovadoras. Descubra os mais marcantes.
São jovens, têm formação superior e acreditam que podem mudar o mundo. Em comum têm, além do talento, da perseverança e dos projectos inovadores, o facto de terem participado no TEDx Covilhã, um dos últimos encontros sobre empreendedorismo e inovação organizados em Portugal, primeiro na Covilhã e depois em Aveiro.
As TED são conferências atípicas, com a duração de cerca de 18 minutos cada, sem espaço para perguntas e respostas. Surgiram em 1984 nos Estados Unidos da América, juntando áreas da tecnologia, entretenimento e ‘design'. Anos depois, os temas foram-se alargando de tal forma que, em 2001, a marca ‘TED' passou a ter apenas um único lema: "ideias que vale a pena espalhar".
Respondendo ao desafio, Celso Martinho espalhou ideias e balões. Na verdade, lança balões sempre que o tempo, o dinheiro e o trabalho lho permitem. "Não é preciso dinheiro para ter grandes ideias". E, se bem o diz, melhor o faz. O director técnico do Sapo juntou-se a uns amigos e pensaram atirar balões para a estratosfera, munidos de câmaras de filmar que pudessem captar as imagens e os sons de cada viagem. Transportam também um GPS para que, depois de cheios de hélio e lançados, possam ser recuperados e as imagens utilizadas. Com os pés assentes na terra - e nos edifícios que se vêem nas imagens captadas pelos balões de Celso Martinho - Nuno Brás ajuda a optimizar a gestão energética dos edifícios, numa altura em que a energia é tema quente de agendas políticas, económicas e sociais.
Fundador da LMIT, uma pequena empresa focada na gestão de energia e optimização de desempenho de edifícios usando análise estatística e ‘datamining', Nuno Brás está empenhado em mudar a forma como os edifícios gastam energia. Já Francisco Duarte está concentrado na forma como as pessoas, os carros e tudo o que implica movimento, no geral, podem criar energia. Que é como quem diz, conseguir fazer com que a energia libertada pelos carros, na auto-estrada, possa ser transformada na electricidade que ilumina o troço que está a ser percorrido por esses mesmos veículos. Criando valor sem custos, preservando o ambiente e garantindo ainda que toda a energia produzida é utilizada. E mesmo que não seja, não tem problema, porque tudo o que não é gasto, é armazenado. Assim, através da energia cinética, consegue-se uma fonte praticamente inesgotável que permite criar a electricidade necessária sem custos ambientais e humanos.
Tecnologia ao serviço da medicina
Humano é, provavelmente, o melhor adjectivo para descrever o projecto ‘Magic Key', que está a ser desenvolvido por investigadores portugueses no Instituto Politécnico da Guarda. Tiago Nunes foi o rosto do projecto no palco do Tedx Covilhã, sentado numa cadeira de rodas cujos movimentos podem ser controlados pelo movimento dos olhos. Surpreendido? Não tanto quanto a plateia. "Desculpem mas não posso olhar para vocês, ou a cadeira vai saltar do palco para aí", disse entre risos, que se tornaram mais rasgados à medida que explicava como o desenvolvimento deste inovador ‘software', totalmente conceptualizado e produzido em Portugal.
O ‘software' - que pode também funcionar com voz - tem melhorado a vida das pessoas que, confinadas a uma cama ou a uma cadeira de rodas sem capacidade motora e, muitas vezes, com graves problemas cerebrais podem agora fazer uma vida quase autónoma.
Na verdade, o TEDx Covilhã, e os que se foram e vão sucedendo pelo País, tratam efectivamente de vidas. Das que tornam as ideias possíveis e das que mudam para conseguir mudar a vida dos outros. As sessões parecem curtas, mas são suficientes para mostrar o essencial de que é feita uma grande ideia, uma grande inovação ou um grande projecto: de empenho, de amor, de competência e de muita dedicação.
Foi isso que estes quatro empreendedores - entre tantos outros que passaram por aquele palco - mostraram e mostram, todos os dias, nos projectos que apresentam a investidores, potenciais clientes, amigos e colegas. Que, mesmo em tempo de crise, é na estratosfera, onde chegam os balões de Celso Martinho, que está o limite.
O que se faz nos TED?
Nos eventos TED o importante é ‘espalhar ideias'. Sejam boas, más, ou assim-assim. Importa aprender, conhecer, divulgar e recordar que apenas o céu é o limite.
Descubra todos os projectos apresentados no TEDx Covilhã em www.tedxcovilha.com
Mas, para conhecer, o melhor mesmo é experimentar. Participe no próximo TEDx em Portugal, que se realiza na Figueira da Foz no dia 26 de Junho e saiba que eventos TED estão a acontecer no planeta em www.ted.com
São jovens, têm formação superior e acreditam que podem mudar o mundo. Em comum têm, além do talento, da perseverança e dos projectos inovadores, o facto de terem participado no TEDx Covilhã, um dos últimos encontros sobre empreendedorismo e inovação organizados em Portugal, primeiro na Covilhã e depois em Aveiro.
As TED são conferências atípicas, com a duração de cerca de 18 minutos cada, sem espaço para perguntas e respostas. Surgiram em 1984 nos Estados Unidos da América, juntando áreas da tecnologia, entretenimento e ‘design'. Anos depois, os temas foram-se alargando de tal forma que, em 2001, a marca ‘TED' passou a ter apenas um único lema: "ideias que vale a pena espalhar".
Respondendo ao desafio, Celso Martinho espalhou ideias e balões. Na verdade, lança balões sempre que o tempo, o dinheiro e o trabalho lho permitem. "Não é preciso dinheiro para ter grandes ideias". E, se bem o diz, melhor o faz. O director técnico do Sapo juntou-se a uns amigos e pensaram atirar balões para a estratosfera, munidos de câmaras de filmar que pudessem captar as imagens e os sons de cada viagem. Transportam também um GPS para que, depois de cheios de hélio e lançados, possam ser recuperados e as imagens utilizadas. Com os pés assentes na terra - e nos edifícios que se vêem nas imagens captadas pelos balões de Celso Martinho - Nuno Brás ajuda a optimizar a gestão energética dos edifícios, numa altura em que a energia é tema quente de agendas políticas, económicas e sociais.
Fundador da LMIT, uma pequena empresa focada na gestão de energia e optimização de desempenho de edifícios usando análise estatística e ‘datamining', Nuno Brás está empenhado em mudar a forma como os edifícios gastam energia. Já Francisco Duarte está concentrado na forma como as pessoas, os carros e tudo o que implica movimento, no geral, podem criar energia. Que é como quem diz, conseguir fazer com que a energia libertada pelos carros, na auto-estrada, possa ser transformada na electricidade que ilumina o troço que está a ser percorrido por esses mesmos veículos. Criando valor sem custos, preservando o ambiente e garantindo ainda que toda a energia produzida é utilizada. E mesmo que não seja, não tem problema, porque tudo o que não é gasto, é armazenado. Assim, através da energia cinética, consegue-se uma fonte praticamente inesgotável que permite criar a electricidade necessária sem custos ambientais e humanos.
Tecnologia ao serviço da medicina
Humano é, provavelmente, o melhor adjectivo para descrever o projecto ‘Magic Key', que está a ser desenvolvido por investigadores portugueses no Instituto Politécnico da Guarda. Tiago Nunes foi o rosto do projecto no palco do Tedx Covilhã, sentado numa cadeira de rodas cujos movimentos podem ser controlados pelo movimento dos olhos. Surpreendido? Não tanto quanto a plateia. "Desculpem mas não posso olhar para vocês, ou a cadeira vai saltar do palco para aí", disse entre risos, que se tornaram mais rasgados à medida que explicava como o desenvolvimento deste inovador ‘software', totalmente conceptualizado e produzido em Portugal.
O ‘software' - que pode também funcionar com voz - tem melhorado a vida das pessoas que, confinadas a uma cama ou a uma cadeira de rodas sem capacidade motora e, muitas vezes, com graves problemas cerebrais podem agora fazer uma vida quase autónoma.
Na verdade, o TEDx Covilhã, e os que se foram e vão sucedendo pelo País, tratam efectivamente de vidas. Das que tornam as ideias possíveis e das que mudam para conseguir mudar a vida dos outros. As sessões parecem curtas, mas são suficientes para mostrar o essencial de que é feita uma grande ideia, uma grande inovação ou um grande projecto: de empenho, de amor, de competência e de muita dedicação.
Foi isso que estes quatro empreendedores - entre tantos outros que passaram por aquele palco - mostraram e mostram, todos os dias, nos projectos que apresentam a investidores, potenciais clientes, amigos e colegas. Que, mesmo em tempo de crise, é na estratosfera, onde chegam os balões de Celso Martinho, que está o limite.
O que se faz nos TED?
Nos eventos TED o importante é ‘espalhar ideias'. Sejam boas, más, ou assim-assim. Importa aprender, conhecer, divulgar e recordar que apenas o céu é o limite.
Descubra todos os projectos apresentados no TEDx Covilhã em www.tedxcovilha.com
Mas, para conhecer, o melhor mesmo é experimentar. Participe no próximo TEDx em Portugal, que se realiza na Figueira da Foz no dia 26 de Junho e saiba que eventos TED estão a acontecer no planeta em www.ted.com
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domingo, 6 de fevereiro de 2011
FeiraPark apto a receber primeiras empresas
Já disponíveis espaços para incubação e acolhimento empresarial.
O edifício âncora do FeiraPark, futuro Parque de Ciência e Tecnologia de Santa Maria da Feira, localizado junto ao Europarque, está pronto a receber as primeiras empresas. Os promotores deste novo equipamento, cujo projecto global está em fase de aprovação na autarquia feirense, estão já a aceitar candidaturas quer para acolhimento quer para incubação empresarial, privilegiando projectos de empreendedorismo económico de base local e tecnológica.
Trata-se de um edifício multifuncional, a inaugurar em breve, com uma área coberta de 2.000 metros quadrados, em dois pisos, e 16 espaços diferenciados: oito salas, com áreas entre 30 e 70 metros quadrados, destinadas a projectos em fase de incubação; cinco salas, com 140 metros quadrados cada, para serem utilizadas por empresas já em operação; uma sala, com a mesma superfície, apetrechada para acções de formação; uma sala de reuniões com 50 metros quadrados; e um espaço destinado a restauração, com uma centena de metros quadrados.
O edifício âncora do FeiraPark, futuro Parque de Ciência e Tecnologia de Santa Maria da Feira, localizado junto ao Europarque, está pronto a receber as primeiras empresas. Os promotores deste novo equipamento, cujo projecto global está em fase de aprovação na autarquia feirense, estão já a aceitar candidaturas quer para acolhimento quer para incubação empresarial, privilegiando projectos de empreendedorismo económico de base local e tecnológica.
Trata-se de um edifício multifuncional, a inaugurar em breve, com uma área coberta de 2.000 metros quadrados, em dois pisos, e 16 espaços diferenciados: oito salas, com áreas entre 30 e 70 metros quadrados, destinadas a projectos em fase de incubação; cinco salas, com 140 metros quadrados cada, para serem utilizadas por empresas já em operação; uma sala, com a mesma superfície, apetrechada para acções de formação; uma sala de reuniões com 50 metros quadrados; e um espaço destinado a restauração, com uma centena de metros quadrados.
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