Semana de imersão em Silicon Valley é um dos destaques do programa de MBA do ISEG.
De um lado, a sede do Google. Do outro, os escritórios do Facebook. Ao virar da esquina encontramos o lugar onde nascem as constantes inovações da Apple, lado a lado com prédios que albergam as melhores mentes da Hewlett-Packard, Cisco ou eBay. Localizado na zona Sul da Baía de São Francisco, Silicon Valley é uma das maiores concentrações de empresas que têm marcado a inovação tecnológica nas últimas décadas e um espaço que reúne cerca de um terço de todo o capital de risco norte-americano.
Com a consciência do quanto os seus alunos podem aprender com um mercado de empreendedorismo tão mais desenvolvido que o nosso, o programa de MBA do ISEG voltou a organizar, na semana passada, pelo segundo ano consecutivo, uma semana de imersão na famosa incubadora de empresas.
"Iniciámos, no ano passado, um programa de imersão em Silicon Valley que, para além da componente académica da Universidade de San Francisco, permite criar um projecto e aprender com os casos de sucesso", explica Jorge Landeiro Vaz, director do MBA-ISEG. "Um MBA não é apenas um curso, tem um ‘network' muito forte de integração dos alunos e um grande aposta na renovação ou reforço do percurso profissional do aluno".
Foram essas também as expectativas que Filipe Oliveira levou na sua viagem à mais famosa incubadora de empresas do mundo. Expectativas que não foram desiludidas. Para o actual aluno do MBA do ISEG, licenciado em Marketing pelo IPAM, foi não só a "qualidade dos docentes e organização do programa que incluiu a visita à Plug&Play, a maior incubadora de ‘start-ups' do mundo, onde nascem novas ideias e novas empresas a cada dois minutos", mas também presenciar a "realidade inigualável pela concentração de empreendedores e ‘venture capitalists' no mesmo espaço, dando origem a que muitas ideias, que não passariam apenas disso, se transformem em negócios de biliões de dólares".
O sonho por algo melhor, por um tipo de sucesso que não fique preso aos limites da nossa reduzida realidade nacional. Talvez seja este desejo de crescer sempre mais que motiva tantos profissionais portugueses a procurar oportunidades de formação mais avançada, mesmo em tempos de dificuldades económicas. "A crise não desvalorizou a procura do MBA. Continuamos com cerca de 38, 40 alunos por ano, com uma grande estabilidade", revela Jorge Landeiro Vaz. "E os alunos tanto podem querer subir na empresa em que já estão e outros querem-se valorizar para fazer crescer o seu negócio próprio ou mesmo querer reorientar a sua carreira".
Foi esse o percurso de Sónia Teixeira, que se licenciou em Economia no ISEG, mas viu a sua carreira seguir sempre pela área financeira, sendo a actual director financeira do Opart, que gere o Teatro Nacional de São Carlos e a Companhia Nacional de Bailado. "Quando comecei a tirar o MBA, o meu objectivo era claramente aumentar a minha formação e crescer a nível profissional. Nesta fase já começo a equacionar a possibilidade de eventualmente me lançar no meu próprio projecto, que não era claramente a minha visão quando aqui cheguei. É um espírito que o MBA incute", aponta a Sónia Teixeira.
Depois do MBA, vem o empreendedorismo
"O mercado de trabalho valoriza muito quem tem um MBA, até pela rede de ‘networking' que se cria quando se faz um MBA. É um ano complicado mas que nos preparar para gerir no futuro projectos mais complicados", defende Diogo Sousa Martins, que terminou em Fevereiro o MBA do ISEG e logo partiu para criar o seu projecto. Focado no sector do turismo urbano, o site "TryLisbon", criado há quatro meses visa rentabilizar imóveis que estão parados, "especificamente na área de Lisboa, que está no top 20 das cidades mais visitadas do mundo". Para o empreendedor, foi fulcral a viagem a Silicon Valley, que o fez "tomar conhecimento com todo um sistema de conhecimento que está enraizado naquela área, com uma maior cultura de risco".
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