Empreendedorismo e inovação em nanotecnologias direccionadas para a criação de produtos de elevado valor acrescentado e orientados para o mercado são os grandes objectivos do Centro de Nanotecnologia e Materiais Técnicos, Funcionais e Inteligentes – CeNTI, que foi recentemente inaugurado.
Este instituto, que nasceu em 2008 a partir de um “spin-off” de investigação do CITEVE - Centro Tecnológico das Indústrias Têxtil e de Vestuário, actua privilegiadamente numa base de consórcio e em sinergia com diferentes instituições.
Na sua inauguração foram apresentados dez destes projectos, desenvolvidos em associação com igual número de empresas nacionais e dos quais resultaram já oito patentes em processo de registo nacional, europeu e mundial.
Estes abrangem áreas da saúde e bem-estar, desporto e lazer, protecção individual, segurança, automóvel, aeronáutica, construção e arquitectura, energias renováveis e fotovoltaica, entre outras. Destacam-se um interruptor de iluminação embebido num ladrilho e um têxtil com repelência à sujidade, entre inúmeros outros projectos que prometem revolucionar a relação das empresas com a investigação.
Segundo António Veira, director do centro, os principais obstáculos que se colocam ao sistema científico nacional quanto à integração em sistemas de apoio e financiamento comunitários devem-se ao facto de “Portugal não ter uma estrutura organizada instalada mais perto dos locais de decisão” em “articulação com as entidades nacionais e os organismos oficiais da Comissão Europeia”.
Assim, “em muitos casos, as instituições portuguesas, por não terem massa crítica suficiente e dimensão”, ou “não prestarem a devida atenção às oportunidades reais existentes”, não têm tido “a força suficiente para entrarem em consórcios europeus”, perdendo oportunidades de desenvolvimento e financiamento.
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