segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Inovação com Europass para empresas

A dificuldade em aceder aos fundos disponibilizados pelos Programas Europeus de Ciência e Inovação, dado o seu elevado grau de complexidade, excessiva burocratização e mesmo os altos custos, em tempo e dinheiro, necessários à elaboração das candidaturas, esteve na base do lançamento do projecto Europass para as empresas.
Lançado pela Iberia Advanced Healthcare, empresa que actua na inovação e empreendedorismo na área da saúde, este projecto foi já apresentado ao Parlamento Europeu, no âmbito da Comissão da Indústria, Investigação e da Energia - ITRE do Parlamento Europeu, que pretende simplificar as regras de participação no actual e futuros programas.
Segundo António Lúcio Baptista, presidente da empresa, o grau de dificuldade que hoje se coloca ao acesso àquelas modalidades de financiamento “constitui um entrave à inovação e progresso da Europa”.
Exemplos desta afirmação prendem-se com o facto de “25 a 40% do tempo de trabalho dos investigadores ser passado a tratar de burocracias”; por outro lado, a complexidade dos programas - quadro explica que “a relação entre projectos submetidos e aprovados seja de 1/10 ou 1/15”. Mais ainda, a obrigatoriedade de apresentação de relatórios financeiros leva a problemas administrativos sérios. Ou seja, “mesmo que a candidatura seja aceite, são levadas a cabo várias auditorias que por vezes não aceitam o que foi acordado. Isto porque há uma grande discrepância de critérios entre os vários “offices”, que podem considerar o mais pequeno erro uma fraude”.
A Iberia apresentou assim um “Europass” para empresas. “Este documento seria uma forma de standardizar um CV “online”, no qual constariam os elementos mais importantes relacionados com as empresas, os trabalhos realizados ou projectos em carteira”.
No mesmo CV seria referido o seu interesse em inovar e quais as áreas particulares em que deseja fazê-lo, através de três palavras-chave, ou “tags”, que possam agilizar processos de busca através da Internet e, assim, facilitar o acesso a investigadores, cientistas, investidores ou até empresas parceiras, ao nível comunitário e, paralelamente, eliminar canais distorcidos.

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