sábado, 26 de fevereiro de 2011

Vinho do Porto ODE diferencia-se pela Qualidade e Design

Em 1994, a pedido do Governo da República, Michael Porter, faz a sua primeira análise sobre as vantagens competitivas de Portugal. Neste estudo, Porter identifica os clusters nacionais, entre eles o do Vinho, elegendo um conjunto de caminhos estratégicos com vantagens competitivas para a economia nacional.
O estudo, e nomeadamente as observações sobre a imagem dos vinhos portugueses, ou antes, a necessidade de evolução da mesma, quer ao nível do rótulo, quer ao nível da embalagem, foram a fonte de inspiração para um jovem estudante de Engenharia das Ciências Agrárias, com impacto na sua vida profissional e empresarial.
Estamos a falar de Cristóvão de Oliveira e Sousa, hoje com 35 anos, e a da sua empresa, a Wine Cluster.
Começando por falar do empresário, é fácil perceber a sua vocação empreendedora. Dado que, desde a conclusão da sua licenciatura na Universidade do Porto, teve apenas uma breve experiência profissional por conta de outrem, mas rapidamente percebeu que não era o caminho que o realizaria. Esta vocação é reforçada pelo seu espírito independente, gosto por assumir riscos e rebeldia própria da idade. Imbuído desse carácter empreendedor, avança para a sua primeira experiência empresarial em colaboração com outro colega. Embora não tenha corrido de acordo com as expectativas iniciais, foi enriquecedora e trouxe muita experiência.
À partida este seria um percurso improvável, dado não existir na família mais próxima a cultura do risco empresarial. No entanto, desde tenra idade, a educação e formação inclui a divisão de tarefas na casa, partilhadas por todos (Cristóvão e os 4 irmãos). Este metodologia de educação foi essencial na responsabilização dos actos, e na necessidade/gosto de fazer bem. Dos Pais, diz ainda ser a sã culpa de "enfrentar os problemas", "assumir os actos" e "respeitar o próximo". Elege da Mãe, Farmacêutica, a inesgotável perseverança; do Pai, Médico por vocação, o gosto pelo relacionamento interpessoal."
Em 2001, cria sozinho a empresa Wine Cluster. Com sede em Gião no Distrito de Aveiro, dedica-se à promoção e divulgação de vinhos de pequenos produtores do Douro e Alvarinho, junto do canal Horeca e consumidores finais, disponibilizando-se “24/7” para conforto de quem compra. Apercebe-se com o tempo que o projecto é demasiado ambicioso para a época.
Em 2004, avança para a concepção e produção de um Vinho do Porto, distinto, como advogava Michael Porter. O início deu-se com a marca Porto Solene. Com o processo de internacionalização a empresa procurou um nome monossílabo que se escrevesse, fosse dito e tivesse o mesmo significado em 5 diferentes dialectos (Português, Inglês, Francês, Alemão e Italiano).
ODE é então o nome que surge após 4 anos de pesquisas e registos, e pelo qual passam a ser conhecidos os vinhos comercializados por esta empresa. Segundo o empresário, a marca ODE, para além de reunir os pressupostos supra-mencionados, pretende igualmente ser uma homenagem ao Vinho do Porto, um tributo às gentes do Douro e um hino ao consumidor que prefere esta marca.
O Vinho do Porto ODE resume-se a dois tipos da categoria Especial “Reserva”: o Ruby Special Reserve e o Tawny Special Reserve. Este produto procura a sua diferenciação através da Qualidade e do Design, sendo que o Design é uma clara aposta e uma mais-valia na promoção e comercialização destes produtos que se distinguem claramente dos seus concorrentes, que primam por uma imagem mais conservadora e de traços comuns.

Prémios
A melhor carta de apresentação e recomendação que podem ter estes produtos é o de serem os Vinhos do Porto que mais prémios reuniu, quer ao nível da qualidade do Vinho quer sob o ponto de vista do Design do rótulo e da embalagem, tanto nacional como internacionalmente.
Tendo recebido desde 2004, 19 prémios referentes à qualidade do vinho dos quais se destacam Gold Medal para Reserve Ruby obtida na International Wine Spirits Competion no Reino Unido e as Gold Medal para Reserve Ruby e Silver Medal Reserve Tawny obtidos na Mondus Vini na Alemanha.
No que concerne ao Design e Embalagem o prémio que mais se destaca é o Gold Trophy Fine Wines & Champagne, Luxury Category, obtido no concurso Pentawards no Mónaco, um dos mais importantes e prestigiantes concurso de Design mundial.

Mercado
Apesar do reconhecimento internacional, o principal mercado tem sido português com cerca de 90% das vendas, mas tal não tem evitado as experiências internacionais, para países tão diversos como Irlanda, França, Alemanha, Itália, Bahrein e China.
Com um produto fantástico reconhecido internacionalmente é necessário acrescentar outros factores como o da promoção e distribuição para que possa alavancar o negócio.
Cristóvão de Oliveira e Sousa defende a sua estratégia, como uma aposta em nichos de mercado. Acrescentando que o seu produto é uma peça de joalharia e como tal deve ser preservado e a sua comercialização não deve ser feita de forma massiva, mas sim selectiva.
Mas a aposta deste empresário vai para o crescimento sustentado com menor risco com clientes que ofereçam garantias. Deste modo, na distribuição do seu produto privilegia o contacto directo e as recomendações dos clientes finais, considerando que estes são o seu melhor cartão de visita.

Recursos Humanos
A empresa não tem recursos humanos no quadro, como habitualmente é visto, mas tem imensos colaboradores, utilizados em todas as áreas e tarefas que não são asseguradas integralmente pelo Cristóvão Sousa, como a produção, design, distribuição e suporte informático. Este modelo de gestão cria uma enorme flexibilidade da gestão do negócio.
Comecei por definir o responsável desta empresa como empresário, mas é mais do que isso, é uma way of life. De alguém que faz o que adora e que desenvolve um produto com o qual se identifica.

Projectos para o futuro
A fonte de inspiração para novos negócios surge claramente das suas origens, criado num ambiente típico de aldeia, e o querer valorizar aquilo que é tipicamente português em especial da Região do Douro.
Dos projectos e ideias que tem em mente, o que está a um passo de ser concretizado - data prevista de abertura no 1º trimestre de 2011 - é a criação de uma Casa de Vinhos e Mercearia Fina. O conceito assenta numa oferta distinta, eclética e criteriosa de vinhos nacionais, acompanhados de petiscos à base de produtos regionais, “cheios de qualidade rural” como o pão, azeite, doces, enchidos, queijos, etc. Paralelamente, todos os produtos serão passíveis de venda ao público, na zona de mercearia Fina.
Esta casa está localizada no nº 7 e 8 do Largo do Terreiro, à Ribeira, na zona histórica da cidade do Porto junto ao Rio Douro, podendo avistar-se uma paisagem de sonho a partir do 1º andar deste edifício. Os argumentos são muitos para que este possa ser um projecto de sucesso.
Outros projectos que nas palavras do responsável da wine cluster “aguardam oportunidade” são a criação e lançamento de um Vinho do Douro com as mesmas características de excelência do Vinho do Porto e uma aposta na agricultura, com dois tipos de cultura de enorme potencial no nosso país, mas cujo segredo não nos quis revelar.

Análise:

Pontos Fortes:

  • Flexibilidade. O modelo de negócio sobre o qual assenta esta empresa permite uma enorme flexibilidade e capacidade de resposta às necessidades do mercado.
  • Grande nível de notoriedade e distinção do produto.
  • Estratégia de crescimento a médio e longo prazo e os novos projectos que estão a nascer.

Pontos Fracos:

  • O facto de querer tudo controlado ao pormenor de acordo com a sua concepção, e a tendência para a perfeição, leva este jovem empreendedor a ser demasiado centralizador, e a tornar-se um verdadeiro one-man-show, o que em algumas circunstâncias pode ter um efeito inibidor no desenvolvimento do negócio.

Comentário - Fernando Leite - CEO LIPOR

Muito interessante percurso de vida, com “contágio” familiar que robustece o Empreendedor. Sendo um “case” português, o produto “vinho” aparece como atractivo.
Entretanto nomearia no Negócio, as questões diferenciadoras que são a alavanca do seu sucesso: a Qualidade da matéria-prima, o cuidado no “fabrico”, a atenção ao Marketing, a procura da notoriedade, o posicionamento de Mercado, o controlo completo da Cadeia de Valor, e a estratégia de crescimento, com novos produtos.

"O potencial Criativo Humano tem inicio na Infancia", afirma Alberto Oliveira


O Mikado, o Jogo da Glória ou o Sabichão são jogos que fazem parte da memória de várias gerações. Estes produtos marcaram a história da Majora, uma empresa familiar que nasceu em 1939. “O consumidor português habituou-se ao longo dos anos a encontrar nos nossos artigos um nível elevado de design associado ao binómio qualidade/preço”, refere o administrador da empresa, Alberto Oliveira, à “Vida Económica”. O responsável pela empresa de brinquedos salienta que “o potencial criativo humano tem início na infância”.


VE - A Majora nasce numa altura muito difícil na história da humanidade – A segunda guerra mundial. A concretização de um sonho numa altura marcante. Pode-se dizer que era um projecto empreendedor à data?
AO - A Majora é uma empresa ligada à família há três gerações. Foi em 1939 que o meu pai com um verdadeiro sentido de gestão, amante do trabalho, decide desenvolver um projecto próprio. Era num período de grande convulsão política e social e com parcos recursos financeiros. O nome Majora reporta-se ao nome do meu pai : Mário José de Oliveira. A estrutura familiar actual – eu, o meu irmão António e os seus dois filhos, a Paula e o Pedro.

VE - Os brinquedos potenciam a imaginação das crianças ao longo da sua infância. Podemos assim dizer que são um estímulo ao espírito empreendedor?
AO - O potencial criativo humano tem início na infância. Quando as crianças têm iniciativas criativas e sendo incentivadas são propensas a agir de forma inovadora. Através dos nossos produtos podemos incentivar, as crianças, a desenvolver novos padrões cognitivos. A possibilidade de criar está ligada aos contextos familiar, escolar e às experiências vivenciais p/ criança.
Todos sabemos que a inovação quando cria aumento de competitividade pode ser considerada como um factor fundamental no crescimento económico de uma sociedade.

VE - Com mais de 70 anos de existência e 300 produtos concebidos em diferentes materiais, a Majora está presente na memória de varias gerações. Qual foi o produto, ou produtos mais emblemático e que por isso marcam a historia da Empresa?
AO - Foram sobretudo três:
MIKADO – é um jogo de origem chinesa que põe à prova a paciência e a habilidade e destreza dos jogadores.
JOGO DA GLÓRIA – tradicional jogo de percurso. A sorte ou o azar ora faz avançar ou recuar até que o primeiro jogador chegue à casa GLORIA.
SABICHÃO – jogo de perguntas e respostas de vários temas em que o boneco Sabichão dá a resposta exacta.

VE - Tratando-se de produtos cujo objectivo é fomentar a criatividade e espírito crítico das crianças, o processo de desenvolvimento de novos produtos assume-se como fundamental para o sucesso da empresa. Como se desenrola este processo na Majora?
AO - A Majora está atenta ao desenvolvimento da criança desde a etapa sensorial dos bebés, da “idade do faz de conta”, das competências auditivas e linguísticas nas várias fases da infância. Pretendemos estimulá-la de acordo com a idade para que, no futuro pensem de forma criativa, ganhem auto-estima e sejam autodidactas.
Para nós o lançamento de novos produtos é sempre um projecto entusiasmante. Conseguir chegar às nossas crianças é uma tarefa complexa . Determinar qual o seu potencial. Precisamos de uma análise de previsão muito atenta já que implica um tomar de decisões importantes no investimento de capital. Temos uma equipa multifuncional para desenvolver os nossos produtos que fazem acontecer resultados fantásticos liderados pelo Pedro e pela Paula.

VE - Sabemos que grande parte dos brinquedos disponíveis no mercado português é fabricada na China. Como sentiu a Majora a concorrência dos países orientais?
AO - A não consciência da mudança das transformações da ordem politica e económica mundial que vem acontecendo teria consequências funestas. A crescente concorrência internacional tem obrigado a cortar custos para obter preços mais baixos e a procura de preços de produção menores.

VE - Como reagiu a Majora ao aparecimento das novas formas de entretenimento para as crianças, nomeadamente os jogos electrónicos?
AO - Se é certo que o jogo electrónico ganhou presença indiscutível no nosso quotidiano, não é menos verdade que o jogo tradicional ludico-didáctico ou somente de diversão permanecerá nos hábitos das pessoas pela nobreza dos materiais de que são feitos, pela imaginação e fantasia que transportam e naturalmente por um vector estratégico que o diferencia - o preço. Um dos objectivos da Majora é tornar os jogos acessíveis a todos através de produtos para todas as bolsas. O consumidor português habituou-se ao longo dos anos a encontrar nos nossos artigos um nível elevado de design associado ao binómio qualidade- preço.

VE - A Majora lançou recentemente também jogos para pessoas de mais idade. Porque este segmento de mercado?
AO - O nosso projecto sénior destina-se a um nicho de mercado com o objectivo de estimular as competências cognitivas das pessoas idosas. Estimulam a memória, a atenção, a concentração, a rapidez psico-motora e a compreensão verbal. São os títulos SÓ GESTOS, CUBOS LÓGICOS, QUEM SABE,SABE.
Acreditamos que ajudam a manter a actividade mental procurando que socializem e disputem a vitória com os mais novos, com os netos.

VE - Actualmente a actividade da Majora não se dedica exclusivamente a produção e venda de jogos e brinquedos. Pode-nos falar do processo de diversificação da empresa?
AO - Não faria sentido estarmos de braços cruzados. Temos de ter a capacidade para diversificar e perceber que há outras oportunidades. A MAJORA definiu na sua estratégia tornar-se uma empresa para a criança, como tal explorando todos os segmentos de mercado que o nosso Know How nos permita. Criamos marcas próprias para o público infanto-juvenil através de licenciamento de marcas (Noddy, Ruca, Ben 10, Winx, Hello Kitty) a Animated Drinks e a Mon Petit Cadeau. A primeira, através da marca Yammi dedica-se ao desenvolvimento, produção e distribuição de bebidas e produtos alimentares enquanto a Mon Petit Cadeau está mais vocacionada para produtos de higiene.

VE -Conscientes da importância da história da Majora para o desenvolvimento do Mercado dos brinquedos em Portugal, criaram o “Museu do Brinquedo”. Qual tem sido o feedback dos mais jovens a este museu?
AO - O meu irmão António sempre teve o espírito de coleccionador. Tem sido com muita dedicação e paciência que já há uns anos guardou e organizou os jogos que fazem parte da nossa memória colectiva. Assim, ali vemos relatadas as diversas etapas da evolução do jogo, a saudade e a admiração pelo que se fez. Os benefícios didácticos, educacionais e culturais são evidentes despertando o instinto de curiosidade pelo passado.

VE - Que projectos e produtos tem a Majora em carteira para os próximos tempos? AO - Projectos há muito mas brevemente vamos lançar 5 jogos para crianças com dificuldades de aprendizagem em colaboração com o Centro de Apoio ao Desenvolvimento Infantil – Cadin, a colecção EVOLUI. Esta colecção junta o carácter lúdico com o objectivo terapêutico.
No seu ADN a empresa tem a facilidade de criar, inovar e empreender. Apesar da forte concorrência existente no sector de actividade em que actuamos, estamos convictos que o caminho que traçamos estrategicamente têm-se traduzido em resultados concretos e como tal novos desafios nos são colocados. Brevemente teremos mais novidades para colocar à disposição dos nossos consumidores.

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Seminário IEMinho " Inovação e Empreendedorismo Sustentado"

No próximo dia 2 de Março pelas 16 horas irá decorrer na Universidade do Minho, Campus de Gualtar, no Auditório B2 (CPII) o Seminário Promocional da IEMinho cujo tema é sobre Inovação e Empreendedorismo Sustentado e ainda a apresentação de um Concurso de Ideias Clusteriais.

Este Seminário conta com a apresentação de:
Dr. Rui Fernandes – Coordenador Operacional do IEMinho
Dr. Manuel Barros – Administrador da Proviver E.M.
Dr. Filipe Silva – Gestor de Projectos do IEMInho

O Seminário tem o seguinte objectivo:
-Levar um conceito e uma imagem do empreendedorismo mais atraente e motivadora chegando aos potenciais empreendedores;
-Criar condições para a captação de interesse ao nível do empreendedorismo e divulgar um programa sustentado e confiável de apoio à criação de empresas;
-Cultivar uma mudança de cultura, mais vocacionada para a pesquisa de informação, de obtenção de novos conhecimentos, de instrumentos que possam impulsionar o lançamento de novas ideias e de projectos;
-Divulgar junto do público menos esclarecido informações sobre: linhas de apoio e de incentivo; mecanismos de avaliação de ideias de negócio; técnicas de avaliação do perfil de empreendedor e sistemas de apoio à criação de empresas;
-Dar a conhecer os Clusters de actividade mais emergentes capazes de gerar, no curto prazo, valor, emprego e sucesso empresarial;
-Dotar os potenciais empreendedores de informação actual, fidedigna e estruturada sobre o estado do empreendedorismo, o caminho a percorrer e áreas de maior valor acrescentado;
-Lançar o mote para que sejam pensados projectos interessantes, ideias de negócio viáveis capazes de gerar empresas, através do concurso de ideias Clusteriais.

Concurso de Ideias Clusteriais
-Lançar o repto de estruturar ideias inovadoras de negócio viáveis inseridas em Clusters de actividade emergentes e de valor acrescentado para a economia actual;
-Dar a oportunidade a ideias novas de se concretizarem em negócios, sendo previamente avaliadas por especialistas do mercado;
-Dar também a oportunidade a ideias recentes, já concretizadas em negócios, se modernizar e expandirem-se, utilizando como meio as iniciativas do projecto de intervenção;
-Privilegiar o empreendedorismo tecnológico e de inovação, diferenciando esta iniciativa dos restantes concursos existentes;
-Premiar as iniciativas mais vocacionadas para a transformação das ideias em negócios, auxiliando o processo da sua concretização
-Destacar as ideias que realmente têm valor atribuindo-lhes mérito, reconhecimento e oportunidades de concretização;
-Internacionalizar as ideias, aproveitando o contacto com outras realidades onde o empreendedorismo e a inovação são grandes apostas, trazendo know know, conhecimento e motivação à concretização das ideias.

Participação gratuita, mediante inscrição.

Para mais informações http://liftoff.aaum.pt/noticias/2011/02/17/semin%C3%A1rio-inova%C3%A7%C3%A3o-e-empreendedorismo-sustentado

Porto: Universidade Católica incentiva empreendedorismo jovem

A Universidade Católica do Porto premeia hoje os vencedores do concurso intitulado “Social Spin”, destinado a ajudar jovens licenciados a criarem o seu próprio emprego.

Trata-se de uma iniciativa que arrancou em Outubro de 2010, procurando fomentar a constituição de empresas sociais, tendo como critérios a relevância social dos projectos, a inovação, a fundamentação técnica e económica das propostas e a sua sustentabilidade.

De acordo com um comunicado enviado pelo gabinete de comunicação da UCP do Porto, de entre “23 equipas, num total de 60 pessoas”, foram eleitas “três ideias vencedoras, às quais será atribuído um prémio de cinco mil euros, destinado a apoiar o desenvolvimento das ideias de projecto”.

Os três grupos de jovens empreendedores garantiram ainda um lugar numa “incubadora de empresas”, disponibilizada pela Católica no Campus da Asprela, junto ao hospital de S. João.

Além do “Social Spin”, a instituição educativa do Porto prepara-se para lançar o “Social Spin Camp”.

Trata-se de uma iniciativa que irá decorrer durante três dias, no formato “oficina de projecto”, e que contempla acções de formação para jovens, também em matérias relevantes para a criação e sustentação de empresas.

Empreendedorismo Universitário

O Empreendedorismo universitário constitui-se como uma forma privilegiada de traduzir o conhecimento gerado na investigação em desenvolvimento económico e criação de riqueza.

No âmbito da sua política de valorização do conhecimento, a Universidade do Minho incentiva o lançamento de projectos empresariais (i.e. “spin-offs”) que tenham por base o conhecimento resultante das suas actividades de Investigação & Desenvolvimento.

Através da acção do seu interface TecMinho (www.tecminho.uminho.pt), a Universidade do Minho mantém um programa de promoção da cultura empreendedora na Academia, que inclui o apoio personalizado ao lançamento de projectos empresariais de base tecnológica e conhecimento intensivo. Entre o programa de actividades destacam-se o Gabinete de Apoio ao Empreendedorismo (Start); o Laboratório de Ideias de Negócio (IdeaLab); cursos de formação em empreendedorismo; concursos de ideias de negócio; e aulas abertas, conferências, seminários e feiras de empreendedorismo.

Na sequência destas iniciativas e da própria dinâmica da Universidade, têm sido criadas dezenas de empresas inovadoras e intensivas em conhecimento, reconhecidas enquanto spin-offs da Universidade do Minho. O estatuto spin-off é concedido pela Reitoria da Universidade do Minho a projectos que visem criar empresas aptas a valorizar resultados de investigação gerados no decurso de actividades científicas conduzidas por docentes, investigadores e estudantes da Universidade.

Os spin-offs são ainda apoiados pela Universidade através de outras entidades nas quais a Universidade participa. No SpinPark (www.spinpark.pt), centro de incubação de base tecnológica, um conjunto integrado de serviços permite apoiar as empresas ao longo do seu processo evolutivo, providenciando não apenas um espaço físico no sentido mais estrito mas de igual modo, consultoria, formação, networking, acesso a seed e venture capital.

A ligação estreita ao AvePark - Parque de Ciência e Tecnologia (www.avepark.pt) permitirá ainda às empresas numa fase de maior maturidade inserir-se numa comunidade de empresários, empreendedores, investigadores e estudantes universitários, acedendo a redes de contactos, formação, capacitação e internacionalização.”

Ex-trabalhadores da Qimonda lançam os seus negócios

Artur Fonseca, Ricardo Silva e Rúben Silva passaram de desempregados a empresários com o apoio do Fundo Europeu de Ajustamento à Globalização. Conheça as histórias de quem viu no desemprego a oportunidade para lançar o seu negócio.

Reparar CDI. Era este o sonho de Rúben Silva, 31 anos, ex-técnico de manutenção da Qimonda: queria consertar as unidades electrónicas que fazem o controlo da ignição das motas.
O desemprego deu-lhe tempo para aprofundar os conhecimentos na área e a paixão por motas existia desde os 15 anos. Faltava-lhe o essencial para empreender: capital. Quando soube da existência do programa de formação - acção da Associação Nacional de Jovens Empresários (ANJE) dinamizado pelo IEFP - Instituto de Emprego e Formação Profissional, com o apoio do Fundo Europeu de Ajustamento à Globalização (FEG) tinha as condições necessárias para avançar. Chave na ignição. Chegou a hora de arrancar.

No início de 2009, a Qimonda, maior exportador português com sede em Vila do Conde, entrou em processo de insolvência. Incapaz de satisfazer os seus compromissos financeiros, o encerramento da fábrica da multinacional alemã deixou 914 portugueses sem emprego. Em Outubro de 2010, a Comissão dos Orçamentos do Parlamento Europeu aprovou a mobilização de cerca de 2,4 milhões de euros do FEG a favor de Portugal, para apoiar 839 dos 914 trabalhadores despedidos da Qimonda. O pacote de assistência previa medidas como o reconhecimento de competências, formação profissional, formação e apoios com vista à criação de empresas, ajudas à auto-colocação e incentivos ao recrutamento e prática profissional adquirida no local de trabalho.

"O suporte técnico que prestamos tem-se revelado essencial para capacitar os formandos para o empreendedorismo", afirma Cottim Oliveira, membro do conselho de gestão da ANJE, um dos parceiros do programa dinamizado pelo IEFP com o apoio do FEG. É através deste programa de formação - acção que a associação tem contribuído para a criação de novos projectos empresariais, capazes de absorver desempregados.

Na primeira etapa, os ex-trabalhadores frequentam um plano formativo de 20 horas, onde são veiculados conhecimentos no domínio das Técnicas de Gestão e também do Empreendedorismo. Depois, segue-se a fase em que os promotores são acompanhados pela ANJE na elaboração do plano de negócio. "Este documento constitui a candidatura entregue no IEFP para financiamento do projecto", explica Cottim Oliveira. Uma vez conseguida a aprovação, os empreendedores têm um mês para criar a empresa e podem contar com o apoio consultivo da ANJE durante o primeiro ano de actividade.

Na primeira edição participaram 19 formandos, que já concluíram a fase inicial e aguardam a aprovação para passar á execução do projecto. Deste grupo, resultam sete empresas. "Sabíamos que não seria fácil. Estes profissionais foram vítimas do actual contexto de crise e, por isso, têm uma maior percepção do risco. Percepção essa que, por si só, constitui um entrave ao empreendedorismo", comenta Cottim Oliveira.

O segundo grupo, composto por 10 elementos, acaba de iniciar o mesmo percurso. A selecção dos participantes é feita pelo próprio IEFP, que reencaminha para a ANJE os profissionais que manifestam vontade de empreender para contornar o desemprego. "Muitos formandos acabam por desistir quando percebem que não têm perfil empreendedor ou quando tomam consciência de que não têm conhecimentos suficientes para actuar nas áreas de negócio a que se propõem", acrescenta, considerando que alguns destes profissionais têm dificuldade em encontrar ideias que se coadunem com as suas competências, habilitações e experiência profissional. "Mas a ANJE tem conseguido estimular o espírito empreendedor junto de todos os candidatos", revela. Os consultores apoiam-nos na conversão das ideias em planos de negócio, procurando adaptá-lo às características pessoais do promotor e ao mercado em que vai actuar.
Segundo Cottim Oliveira, o programa tem sido muito valorizado pelos participantes. "Trata-se de uma oportunidade que estes profissionais reconhecem claramente, especialmente quando estão efectivamente determinados a criar uma empresa", diz. Foram muitas as pessoas que perderam o seu emprego na Qimonda. A ANJE acredita que até ao final deste ano, data de término do programa, terão mais profissionais interessados em participar na iniciativa. "O empreendedorismo é a via mais expedita para gerar investimento, estimular a procura, criar postos de trabalho e aumentar a confiança dos agentes económicos", explica.

Cerca de 300 mil micro, pequenas e médias empresas portuguesas são responsáveis por quase dois milhões de postos de trabalho, segundo Cottim Oliveira. "Além disso, os grandes exemplos de competitividade, inovação, cultura de risco e potencial de internacionalização vêm, precisamente, de algumas PME que parecem ter entendido melhor os desafios da economia do crescimento", acrescenta. Por isso, acredita ser fundamental a criação de condições propícias ao crescimento do empreendedorismo. "Numa altura em que o desemprego se intensifica, aumenta também a importância de programas que facilitam a iniciativa empresarial a quem perdeu o emprego."
O membro do conselho de gestão da ANJE deixa alguns conselhos para que Portugal tenha um ambiente mais favorável ao empreendedorismo. Para Cottim Oliveira, é fundamental tornar o sistema fiscal menos pesado, complexo e instável, reduzir os custos de contexto da actividade empresarial, adequar os incentivos públicos à realidade das "start-ups" e promover um ensino que estimule o espírito empreendedor. Mais: deve-se estimular uma maior proximidade entre universidades e empresas, apostar numa legislação laboral mais flexível, diminuir a burocracia e tornar mais célere a aplicação da justiça.

EDP apoia empreendorismo com 22 mil euros

A EDP distribuiu 22 000 euros por oito novas empresas do Nordeste Transmontano, no âmbito de um projecto de apoio ao empreendedorismo que vai criar mais de meia centena de postos de trabalho.
Os projectos foram distinguidos no âmbito do Prémio EDP Empreendedor Sustentável, com o qual a empresa pretende ajudar a criar oportunidades em torno das barragens que está a construir na região.

De entre os contemplados, destaque para a Soutogest, de Macedo de Cavaleiros, que vai criar cinco postos de trabalho e investir 40 000 euros para prestar serviços agroflorestais na gestão de soutos.

Outro premiado com 10 mil euros foi o Ponto Clínico- Serviços de Saúde, que começará a laborar em Abril, em Mirandela, com sete postos de trabalho a tempo inteiro e dez a tempo parcial.

A iniciativa foi dirigida a projectos em torno das barragens do Sabor, Picote e Bemposta e o administrador da EDP, Ferreira da Costa, anunciou que o prémio é para continuar no próximo ano, havendo já potenciais candidatos que começaram a preparação nesta primeira edição de 2010.

sábado, 19 de fevereiro de 2011

4.ª edição do Prémio Empreendedorismo Inovador na Diáspora Portuguesa

Estão abertas até 26 de Março as candidaturas à 4.ª edição do Prémio Empreendedorismo Inovador na Diáspora Portuguesa, distinção que visa notabilizar e divulgar os cidadãos portugueses residentes no estrangeiro há mais de cinco anos que, pela sua capacidade empreendedora, inovadora e responsável, se destacaram fora de Portugal nas suas actividades.

Esta iniciativa da COTEC Portugal conta com o Alto Patrocínio do Presidente da República e tem também como objectivo estímular e estreitar a cooperação entre Portugal e os países onde se encontram sedeados cidadãos nacionais.

Mais informações e candidaturas em http://www.cotecportugal.pt/diaspora/

Açores lança 1º fundo de capital de risco no valor de 1 M€

O Governo Regional dos Açores apresentou hoje o primeiro fundo de capital de risco do arquipélago, no valor de um milhão de euros, que se insere na estratégia definida para fomentar o empreendedorismo na região.
"Este fundo não é apenas mais uma medida, é uma medida de extrema importância no fomento do empreendedorismo", afirmou Vasco Cordeiro, secretário regional da Economia, acrescentando que o novo fundo de capital de risco "não aparece deslocado, mas obedece a uma estratégia" que visa a promoção do empreendedorismo.

Para Vasco Cordeiro, esta é "uma necessidade absoluta" nos Açores, recordando que o executivo tem lançado várias "ferramentas" com esse objectivo, como o Programa Educação Empreendedora, o sistema de incentivos Empreende Jovem ou a rede da Gabinetes do Empreendedor.

O Fundo de Investimento de Apoio ao Empreendedorismo nos Açores (FIAEA) é subscrito pelo Governo Regional dos Açores, através da Agência para a Promoção do Investimento (APIA), e pela InovCapital, a sociedade de capital de risco de referência do Ministério da Economia.

Para ler a noticia na integra http://diariodigital.sapo.pt/dinheiro_digital/news.asp?section_id=2&id_news=153124

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Empreendedorismo: 6 dicas para empreender antes dos 30

Se você é jovem e quer abrir um negócio, confira as dicas de especialistas para aumentar suas chances de ter sucesso.

Com apenas 16 anos, Roberto Fermino já sabia o que queria da vida: ser dono do próprio negócio. Ainda adolescente, fornecia som e iluminação para festas de aniversário e casamentos e, aos 21 anos, já estava pronto para abrir sua própria casa noturna. Ou, pelo menos, era o que pensava.

Conciliar estudos e trabalho – Fermino cursava Engenharia na Escola Politécnica da USP e era funcionário do Metrô de São Paulo – com os desafios de administrar o negócio aos finais de semana se tornou uma tarefa árdua demais. “Era como se eu estivesse equilibrando vários pratos ao mesmo tempo, e, na hora que caiu um, caíram todos”, relembra ele.

O jovem empreendedor perdeu nada menos que 35 mil reais nesta aventura. O tombo foi grande, mas a queda foi suavizada pelo amparo da família e o entusiasmo para começar de novo. “Continuava morando com os meus pais, portanto o prejuízo não teve efeitos tão drásticos na minha vida. O mais triste era não ter dinheiro para começar outro negócio”, conta.

Fortalecido pela experiência, Fermino decidiu se preparar melhor para sua próxima empreitada. “Acabei descobrindo que estava muito verde”, admite. Através da Endeavor, organização global de apoio a empreendedores, conheceu o empreendedorismo de alto impacto e hoje, aos 26 anos, prepara o lançamento do primeiro produto da sua nova startup, a JS Tecnologia.

A experiência de Fermino reflete o melhor e o pior de empreender quando se é jovem. De um lado, as responsabilidades são menores e a propensão para correr riscos é maior. De outro, a ansiedade e o despreparo podem levar a erros fatais. Se você é jovem e quer abrir um negócio, confira a seguir dicas de especialistas para aumentar suas chances de ter sucesso:

1. Tire vantagem da estabilidade

Uma das grandes vantagens do jovem empreendedor é a possibilidade de arriscar mais por ter menos a perder. “Se você ainda vive com os seus pais, perder dinheiro vai ser menos traumático do que se tiver que sustentar sua própria família”, aponta Eduardo Vilas Boas, gerente de negócios da consultoria Empreende e co-autor do livro Empreenda antes dos 30, da Editora Saraiva. “Os dois primeiros anos de um negócio são muito delicado, você gasta muito dinheiro e ganha pouco”, acrescenta Tales Andreassi, coordenador do Centro de Empreendedorismo e Novos Negócios da FGV-EAESP. Além disso, os compromissos e exigências familiares são menores. “Empreender exige muita dedicação e tempo. Nesta fase da vida, é mais fácil mergulhar de cabeça no negócio”, destaca Vilas Boas.

2. Aproveite o entusiasmo

A energia e o entusiasmo também são atributos que contam a favor do jovem empreendedor – embora não sejam exclusividade de quem ainda não chegou aos 30. “A vontade de fazer acontecer do jovem é uma característica importante”, observa Vilas Boas. Além de funcionar como combustível para que os projetos avancem mais rapidamente, a empolgação pode contagiar possíveis colaboradores e ajudar a atrair recursos para a empresa. “Empreendedores mais jovens costumam ter uma característica que os investidores chamam de ‘sangue nos olhos’. É um misto de energia, motivação, conhecimento e foco, que combinados passam a impressão forte de que aquele empreendedor será realmente capaz de executar o projeto com sucesso”, diz Yuri Gitahy, fundador da Aceleradora, que apóia startups com gestão e capital semente.

3. Não se precipite

Agir com entusiasmo não é sinônimo de ser irresponsável. Antes de embarcar em uma empreitada, certifique-se de que você está pronto para o desafio. “Se você ainda não tem certeza, talvez seja melhor ir para uma empresa para buscar mais experiências”, aconselha Andreassi. “O momento ideal para empreender é entre os 25 e 30 anos, porque você já tem alguma experiência, já construiu um bom networking, mas ainda tem um custo de vida relativamente baixo”, opina o professor.

4. Ouça a voz da experiência

Estar bem preparado é fundamental para quem quer abrir um negócio em qualquer idade. Se você quer aumentar as suas chances de sucesso, procure cursos, livros, sites, blogs e toda e qualquer fonte de informação disponível sobre a área em que você pretende atuar. Buscar entidades que apóiam e ajudam a formar empreendedores – como o Sebrae e a Endeavor – também é uma alternativa para quem quer desenvolver suas habilidades. Além disso, procure conversar com outros empreendedores que já estão tocando seus negócios. Eles poderão te dar a real dimensão dos desafios que enfrentam no dia-a-dia, dividir experiências e dar conselhos valiosos. Os eventos de networking e espaços de coworking são bons pontos de partida para fazer esses contatos.

5. Fique atento às oportunidades

Estar atento às oportunidades que aparecem e saber tirar proveito delas é a regra de ouro de todo bom empreendedor. Para quem ainda está na faculdade, os próprios projetos acadêmicos podem ser bons laboratórios para testar suas ideias. O empreendedorismo corporativo – empreender dentro do seu atual emprego – também é um caminho para desenvolver habilidades em um ambiente de menor risco. Até o lazer pode ser fonte de inspiração. “Se você faz uma viagem, observe os produtos e serviços que existem lá e ainda não chegaram até onde você mora”, exemplifica Vilas Boas.

6. Não tenha medo de fracassar

Se você identificou uma boa oportunidade de negócio, se preparou para o desafio e está pronto para empreender, não tenha medo de errar. Uma das vantagens de ser jovem é que você pode continuar tentando. Muitos empreendedores de sucesso fizeram várias tentativas antes de acertar. Mais do que isso, verdadeiros empreendedores continuam sempre em busca de novas oportunidades, mesmo quando já alcançaram o sucesso. “É importante é errar, mas é difícil. No Brasil, falhar ainda é muito feio. Tem que ter muito foco, não pode desistir”, aconselha Fermino, que hoje divide suas experiências com outros jovens interessados em empreender, coordenando o Núcleo de Empreendedorismo da USP.

Instituto Politécnico da Guarda apoia jovens licenciados na criação do próprio emprego

O Instituto Politécnico da Guarda (IPG) tem a funcionar um projecto que apoia os alunos licenciados das suas quatro escolas na criação do próprio emprego.
Segundo Constantino Rei, presidente do IPG, o projecto denominado ‘Policasulos’ começou a funcionar em Dezembro do ano passado, nas instalações da Escola Superior de Tecnologia e Gestão, e já acolhe duas empresas. A estrutura de apoio a projectos de empreendedorismo apresentados por alunos do IPG ocupa duas salas e disponibiliza cinco gabinetes, referiu o responsável. Naquele espaço, os alunos empreendedores estão instalados a título gratuito durante o primeiro ano, indicou.
Constantino Rei adiantou, durante uma visita guiada de jornalistas às instalações do IPG, que a iniciativa surge numa altura de crise económica, em que é necessário apoiar os jovens na criação do próprio emprego. Disse ainda que o objectivo é permitir criar «as condições de arranque de um negócio» para os empreendedores que não tenham «um espaço para se instalar». Por outro lado, referiu que estando instalados na área do IPG, os novos investidores que se fixem naquele espaço, que denomina de «pré-incubadora» de empresas, tenham «o apoio dos professores» na instalação do negócio e «eventualmente na apresentação do projecto de investimento para financiamento».
O presidente do IPG adiantou que os jovens empresários terão que abandonar os ‘Policasulos’ «ao fim de quatro anos de actividade» e «autonomizarem-se».
Pedro Reis, que tirou o curso de engenharia informática na ESTG ocupa, desde Dezembro de 2010, uma das salas do espaço, desenvolvendo uma actividade relacionada com certificação de competências em novas tecnologias da informação.
O jovem empresário disse à Lusa que «muito dificilmente» estaria a desenvolver a sua actividade empresarial em outro local. «Aqui temos todas as condições e todo o apoio logístico do IPG», afirmou.
No local também está instalada outra unidade que desenvolve software informático dirigido à área da saúde, adiantou a directora da ESTG Clara Silveira. A responsável contou que o projecto ‘Policasulos’ está a ser procurado por outros alunos do IPG, admitindo que «em breve» as restantes três salas estarão ocupadas e que «exista lista de espera». Apontou que os empreendedores encontram naquele local «todas as condições» para a criação de novos projectos empresariais.
O IPG tem este ano cerca de 3.200 alunos, dispersos pelas suas quatro escolas superiores: de Educação e Tecnologia, Educação, Comunicação e Desporto, de Saúde, Turismo e Hotelaria (em Seia).

FeiraPark apto a receber primeiras empresas

Já disponíveis espaços para incubação e acolhimento empresarial.

O edifício âncora do FeiraPark, futuro Parque de Ciência e Tecnologia de Santa Maria da Feira, localizado junto ao Europarque, está pronto a receber as primeiras empresas. Os promotores deste novo equipamento, cujo projecto global está em fase de aprovação na autarquia feirense, estão já a aceitar candidaturas quer para acolhimento quer para incubação empresarial, privilegiando projectos de empreendedorismo económico de base local e tecnológica.

Trata-se de um edifício multifuncional, a inaugurar em breve, com uma área coberta de 2.000 metros quadrados, em dois pisos, e 16 espaços diferenciados: oito salas, com áreas entre 30 e 70 metros quadrados, destinadas a projectos em fase de incubação; cinco salas, com 140 metros quadrados cada, para serem utilizadas por empresas já em operação; uma sala, com a mesma superfície, apetrechada para acções de formação; uma sala de reuniões com 50 metros quadrados; e um espaço destinado a restauração, com uma centena de metros quadrados.

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Protecção ao Empreendedorismo

Francisco Fonseca já tinha a técnica e a ideia, mas faltava-lhe a formação adequada para poder transformá-los em negócio. No PAEGI, encontrou as competências e o investidor certo para o projecto.

Francisco Fonseca estava no sítio certo, à hora certa. Enquanto apresentava o seu plano de negócio no concurso de ideias promovido pelo Programa Avançado em Empreendedorismo e Gestão da Inovação (PAEGI), em que participou, abria a porta para a criação da Anubisnetworks. Dois dedos de conversa no intervalo e nascia a empresa que hoje é líder no número de caixas de correio protegidas. As palavras do então presidente da sociedade de capital de risco InovCapital foram certeiras. Se o negócio não desse certo, eles perdiam algum dinheiro e os promotores, no máximo, perdiam tempo. Alguns meses depois e a Anubisnetworks chegava ao mercado.

A ideia de criar um sistema de segurança de e-mails "anti-spam" já era trabalhada há muito por Francisco Fonseca e cinco colegas da empresa onde era administrador de sistemas. A ideia tinha surgido na sequência de um projecto abandonado pela organização e os então colaboradores trabalhavam nela "fora de horas". Quando encontrou o PAEGI, juntou o útil ao agradável. Poderia explorar melhor o seu produto e ter um conhecimento mais abrangente sobre tudo o que implica lançar uma empresa. "Precisávamos de uma visão de helicóptero," diz.

Lançaram a empresa no início de 2006 comercializando um sistema de segurança "anti-spam" para e-mails, mas em 2010, diversificaram a área de negócio. Hoje, oferecem um serviço mais abrangente, de segurança informática e têm uma plataforma de detecção de computadores infectados com vírus específicos, que é instalada nas redes das operadoras. Entre os seus clientes, surgem nomes como a Vodafone, Portugal Telecom, Sapo e Sonaecom. No ano passado, instalaram escritórios em Inglaterra e já marcam presença na Alemanha e em Espanha. O próximo passo são os Estados Unidos da América. Recentemente, conseguiram a conta de uma empresa multinacional com cerca de 120 mil colaboradores. Em 2007, receberam o prémio "Switch On Awards", que distingue os melhores projectos de empreendedorismo tecnológico, promovido pela APDC (Associação Portuguesa para o Desenvolvimento das Comunicações).

O PAEGI foi "decisivo". Além de terem encontrado investidor para o projecto, obtiveram metodologias que ainda hoje utilizam. "O negócio tem corrido bem, mas com muito esforço, dedicação, empenho e trabalho. Tem sido muito à custa do talento dos colaboradores, há uma aposta, de facto, na inovação, e também ajuda acreditar numa causa", diz. Entretanto, no ano passado, voltou à FCEE para fazer um programa sobre liderança.

Empreendedorismo em Estarreja

O Concurso de Ideias Estarreja 2011 tem como objectivos potenciar a massa crítica do Município de Estarreja, a dinamização do empreendedorismo e criação do próprio emprego, a sensibilização da comunidade para as oportunidades de carreira futuras através do Empreendedorismo e, a criação de ideias inovadoras de negócio.

Quem se pode candidatar?
Pessoas Singulares (maiores de 18 anos), individualmente ou em grupo bem como pessoas colectivas recentemente constituídas e sem actividade significativa, com o objectivo de explorar uma ideia empreendedora e inovadora.
Para isso basta preencher o formulário de candidatura e a declaração de originalidade, anexar o seu CV e quaisquer outras informações que julgue ser relevante.
São elegíveis todas as ideias inovadoras nos vários sectores de actividade (Indústria, Energia, Serviços, Comércio, Turismo e Ambiente), em torno das quais se possam perspectivar a criação de novas empresas.

Qual o prazo de candidatura?
Todos os projectos deverão ser entregues até ao dia 30 de Abril de 2011.


Como se candidatar?
As candidaturas deverão ser enviadas em formato digital através do endereço empreendestarreja@gmail.com e em formato papel para o Gabinete do Contrato Local de Desenvolvimento Social de Estarreja (CLDS) que fica situado na Incubadora de Empresas (Edifício do Antigo Colégio).

Para saber mais sobre este concurso http://eusouempreendedor.wordpress.com/2011/02/05/empreendedorismo-em-estarreja-concurso-de-ideias/

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Escola de Hotelaria do Estoril entregou diplomas aos finalistas da pós-graduação em Inovação e Empreendedorismo no Turismo

A DNA Cascais e a Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril (ESHTE) entregaram, esta semana, os diplomas aos primeiros 15 alunos finalistas da pós-graduação em Inovação e Empreendedorismo no Turismo.

O vice-presidente da Câmara Municipal de Cascais e presidente da DNA Cascais, Carlos Carreiras, e João Leitão, representante do presidente da ESHTE estiveram presentes na cerimónia.

Esta foi a primeira edição da pós-graduação, cujo objectivo é formar líderes empresariais e empreendedores dotados de alto grau de inovação em Turismo, contribuindo para a dinamização deste sector, através de serviços inovadores e experiências originais.