António Teixeira é empresário na área das caixilharias, uma actividade que desenvolve desde 1998, após a criação de uma pequena serralharia. Agora, treze anos depois, possui uma empresa unipessoal, com um pavilhão na Zona Industrial de Vila Real, especializada na colocação de PVC, alumínios, ferros e outros equipamentos. O 13º ano de actividade coincide com um ano de grande crise em Portugal, uma altura que o empresário espera ser de afirmação. “Espero que 2011 seja um ano de estabilidade, para mim, uma vez que fiz um grande investimento no ano passado, ao criar um novo recinto”, disse.
A concorrência, refere, “não assusta”. Temos regras para cumprir e a segurança é bastante apertada, os orçamentos em concurso não costumam ser muito díspares. A empresa que garante o trabalho é escolhida por questões meramente particulares, já que em termos de preço e qualidade garantimos praticamente o mesmo serviço.
O grande desafio, actualmente, passa por se mater actualizado na fabricação de diferentes caixilharias, uma vez que a nível térmico e acústico a escolha é praticamente ilimitada. “A solução passa pelo mercado estrangeiro”, adianta. “È normal ir a mostras internacionais trazer novas ideias. Sempre que posso vou a certames em França ou Espanha. O mercado francês, principalmente, tem muito potencial”, confirma o empresário.
É precisamente para aqui que António Teixeira está voltado. Neste momento, cerca de 60 por cento do seu trabalho é para exportação, e a França é o país onde mais trabalha lá fora. “Eles vivem muito do trabalho estandardizado. Os produtos personalizados têm custos muito elevados. Já em Portugal, apenas trabalhamos por medida, e é por isso que eles preferem o nosso mercado. É isso que nos distingue do mercado francês. Mesmo assim, tivemos que nos adaptar à realidade francesa”, disse.
“Os primeiros contactos foram com emigrantes”, garante, mas a partir daí, começaram a trabalhar com outros empresários e neste momentos estão “bem representados” lá fora.
Em Portugal, e concretamente em Vila Real, o merca é cada vez mais exigente. “Só no concelho existem dezenas de serralharias e por isso o mercado está bastante explorado. Na França é diferente, o país é maior”, referiu.
Apesar do sucesso, o responsável admite não expandir, para já, o seu negócio. “Ainda não há disponibilidade para ter uma extensão da nossa empresa em França. De momento, para dar resposta a todos os empreendimentos, subcontratamos algumas firmas”, assegura. O empresário espera que em ano de crise, o investimento que foi feito não sirva como uma perda para o seu negócio. No futuro, quando a economia estabilizar, pretende apostar nas novas tecnologias, assim como em outros ramos da especialidade.
Para António Teixeira, o alumínio será mais procurado no futuro. “Garante melhor isolamento, é possível criar vários padrões, aplicar texturas, e é muito mais barato”, avançou. Por fim, apenas lamenta o facto de o estado não apoiar empresas nas diversas áreas da construção civil. “Tudo o que consegui foi graças ao meu esforço e dedicação”, concluiu.
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