Francisco Banha, presidente da direção da Federação Nacional das Associações de BusinessAngels, mostra que no país há dinheiro para apoiar os empreendedores e investir em novos negócios. Começam a surgir notícias de pessoas que acreditam, inovam, investem e querem criar riqueza em Portugal.
A crise pode obrigar a prudência nos investimentos, mas não deve aniquilar o futuro de um país. Francisco Banha, presidente da Federação Nacional das Associações de BusinessAngels (FNABA), defende que esta é a altura decisiva para o Governo e o país passarem da teoria à prática em matéria de empreendedorismo.
Numa entrevista ao Expresso Emprego, onde lamenta que no programa do Governo conste apenas uma vez a expressão empreender, o líder da FNABA revela que há em Portugal um fundo de co-investimento para businessangels no valor de 42 milhões de euros que tem de ser aplicado até julho de 2013. Procuram-sepotenciais empreendedores.
Qualquer ideia pode ser uma boa ideia. Por isso, não há restrições no que toca aos projetos que podem ser financiados pelos businessangels em Portugal. Francisco Banha reconhece, contudo, que os investidores procuram sobretudo projetos com carácter diferenciador. E diferença não quer dizer somente negócios tecnologicamente muito avançados. É possível inovar, por exemplo, a comercializar produtos tradicionais. Mas também é possível chamar a atenção de um investidor com uma ideia de negócio na área da biotecnologia, das redes sociais ou da saúde. Não há limites e o importante é preparar uma boa apresentação do negócio.
"Nos últimos seis meses foram apoiados por este fundo 13 projetos"
"Nos últimos seis meses foram apoiados por este fundo 13 projetos, num total de três milhões de euros de investimento e estão em análise mais seis, em áreas tão diversas como a saúde, a publicidade, energias renováveis e internet", explica Francisco Banha.
O presidente da direção da FNABA defende que mais importante do que produzir licenciados é que o país consiga relacioná-los com as necessidades do mercado e das empresas e "o fomento ao empreendedorismo nas universidade e à criação do auto-emprego são bons contributos para esta mudança de paradigma que outros países já alcançaram, mas Portugal não".
Para dar este salto na cadeia de valor, defende, é igualmente importante que os potenciais empreendedores saibam onde podem encontrar orientação e financiamento para os seus projetos, de modo a que percebam que o recurso aos instrumentos de apoio existentes não está apenas acessível a uma elite. E apesar da conjuntura são vários os mecanismos de apoio. "Além deste fundo de 42 milhões de euros que está alocado a 54 grupos de businessangels em território nacional, temos um conjunto de outros fundos de capital de risco no valor de 147.583.500 euros para apoiar a área do Venture, temos parques tecnológicos e incubadoras com excelentes condições e bons exemplos de empresas que conseguiram triunfar no mercado nacional e estrangeiro", revela.
Os fundos existentes e que podem ser consultados através da página do COMPETE têm uma orientação para a criação ou expansão de projetos de empreendedorismo qualificado capaz de gerar um número considerável de postos de trabalho. Para o designado empreendedorismo por necessidade, com necessidades de investimento menores, há outros mecanismos como o microcrédito ou as plataformas de croudfunding que começam a surgir no país. Uma aposta que para Francisco Banha é vital e poderá ajudar a alavancar economicamente Portugal.
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