domingo, 29 de janeiro de 2012

Presidente da Nersant defende acesso mais simples das empresas ao QREN

A presidente da Nersant - Núcleo Empresarial da Região de Santarém - defende que as empresas que ainda não exportam os seus produtos para o estrangeiro, mas que têm condições de eficiência, possam ter, desta vez, acesso ao crédito através do QREN (Quadro de Referência Estratégico Nacional) e de forma mais simplificada. Salomé Rafael dirigiu-se directamente ao secretário de Estado do Empreendedorismo, Competitividade e Inovação, Carlos Oliveira, durante a sua visita ao distrito de Santarém na sexta-feira, 20 de Janeiro.

Salomé Rafael referiu ainda que uma das maiores “aflições” da Nersant é a falta de tempo que, na sua opinião, é determinante para um conjunto de empresas. “A continuidade das próprias empresas depende muito do tempo e da aplicação de um conjunto de medidas que são necessárias implementar para a revitalização da economia”, disse, acrescentando que os empresários necessitam de “mais” algum apoio, para além do existente, que é “manifestamente insuficiente” para se continuar a apostar na exportação.

Actualmente a Nersant já ajudou a criar cerca de duas centenas de novas empresas, monitorizadas e acompanhadas pela associação, sobretudo no primeiro ano de constituição. “Sempre existiu da nossa parte uma enorme preocupação relativamente à inovação, competitividade, exportação, internacionalização e proporcionar formação aos próprios gestores e quadros das empresas. Temos tentado estar à frente das situações e não apenas a reagir no momento em que elas acontecem”, sublinhou.

O secretário de Estado do Empreendedorismo realçou a importância de incentivar as empresas que não exportam a exportarem e acrescenta que o Governo quer que empresas viáveis se desenvolvam e recuperem rapidamente. Em relação ao QREN, Carlos Oliveira afirma que é intenção do Governo simplificar e introduzir melhorias no programa do QREN.

Durante o almoço foram apresentados dois projectos do programa Apoiarmicro que está a ser dinamizado e apoiado pela Nersant e ainda a apresentação do AgroCluster. Antes de prosseguirem com a visita a mais duas empresas da região foram ainda entregues diplomas às empresas certificadas pelo Certifica-Sant financiado pelo Programa Compete.

Empreendedorismo e Projeto Educativo

Os estudantes de hoje, cidadãos de amanhã, representam o investimento a longo prazo, sendo, em termos económicos, um ótimo investimento. O trabalho em parceria, a execução de projetos, beneficia as escolas, envolvendo os docentes, os pais que desenvolvem atitudes voltadas para o sucesso dos seus filhos, os alunos que aprendem a planear, programar e avaliar resultados e beneficia os empregadores, pois passam a contar com trabalha-dores qualificados ou, nos tempos que correm, a criação do seu próprio emprego.

As dinâmicas exigem parcerias efetivas, toda a comunidade deve participar, pois trabalhando juntos, trocando informações, compartilhando decisões e colaborando para a aprendizagem não só inicial, mas ao longo da vida, todos contribuímos para uma educação de qualidade, garantia de cidadãos livres e responsáveis e de níveis de bem estar superiores.

A escola é o local privilegiado para o desenvolvimento de projetos, adequados ao nível etário dos formandos. Tem recursos humanos altamente qualificados e com formações diversificadas, tem uma comunidade alargada que influencia, podendo promover sinergias. É, portanto, a instituição central na promoção de atitudes e comportamentos que conduzam à autonomia e desenvolvimento tão necessá-rios aos tempos que vivemos.

Em tempos de discussão pública da organização curricular (até 31 de Janeiro) cabe não só às escolas, mas a todos dar contributos que, para além das alterações imediatas, condicionadas pela conjuntura económica e financeira do país, no médio prazo, introduzam alterações que respondam às mudanças da era do digital, em que a relação com o tempo, a atenção e a informação se altera ram profundamente.

Não basta dizer que o interesse, os conhecimentos ou as atitudes não são as adequadas. Claro que estas mudanças exigem um Projeto Educativo onde a autonomia seja efetiva, essencialmente a autonomia pedagógica, onde os conteúdos da responsabilidade local tenham significado e possam permitir uma organização escolar de base não taylorista, mudando a atual compartimentação que nem já nas fábricas se usa.

Nos últimos anos, a Escola Secundária Sá de Miranda tem-se envolvido em vários projetos a nível de escola, nacional e internacional que muito têm contribuído para desenvolver o empreendorismo na comunidade educativa, em parceria com diversas instituições e empresas da região.

Os projetos a nível de escola, nomeadamente no âmbito do Projeto de Educação para a Saúde, Educação Ambiental, Clube Europeu, Ciência Viva, Biblioteca Gabinete do Aluno (GAA), entre outros, têm contado com a participação ativa de toda a comunidade educativa. A Associação de Estudantes e a Associação de Pais colaboram nos projetos de escola e assumem, ainda, a dinamização de projetos próprios.

A nível internacional os projetos, nomeadamente ‘EEYP - Erasmian European Youth Parliament’, inserido, este ano, no âmbito das atividades de ‘Braga, Capital Europeia da Juventude’, e os dois projetos de intercâmbio entre a nossa escola e escolas da Lituânia e Croácia, no ambito do Comenius, permitem melhorar a qualidade e reforçar a dimensão europeia no ensino escolar, contribuir para a promoção e aprendizagem das línguas, promover a consciência intercultural, mas sobretudo promover a autonomia, o risco e o empreendorismo.

Empreendedorismo sub-18

Um conjunto de 19 grandes empresas europeias - entre as quais uma única portuguesa, a Sonae - juntou-se para promover o empreendedorismo entre os alunos do ensino secundário.

Durante os três anos da iniciativa, o "The Global Entreprise Project" dará oportunidade a 40 mil jovens europeus para criar e gerir uma empresa real, discutir a globalização, desenvolver parcerias com colegas de outros países, aprender competências de empreendedor e aplicar os conhecimentos adquiridos. Os jovens serão desafiados a "aprender fazendo" e a trabalhar com diferentes profissionais. Além dos momentos de formação em sala de aula, o projecto inclui o "Interactive Web Space", um portal na Internet onde os jovens têm ao seu dispor vários casos de estudo e e-learning, ferramentas colaborativas, entre outras funcionalidades, as "Mini-Enterprise Partnerships", uma iniciativa na qual os jovens são estimulados para a criação de mini-empresas e ainda para a realização dos "Global Enterprise Camps", nacionais e internacionais, onde os jovens enfrentam desafios com o objetivo de estimular a sua criatividade e inovação.

domingo, 22 de janeiro de 2012

Que 2012 seja o ano da inovação

Só inova quem arrisca, e o empreendedor deve assumir a possibilidade de fracasso

Desejo a todos os leitores e a todos os empreendedores do Brasil um ano repleto de realizações e, sobretudo, de inovação. Tenho o privilégio de escrever neste espaço desde maio de 2011 e me dedico, a cada coluna que desenvolvo, a discutir o empreendedorismo em seus vários aspectos.

Acredito fortemente que somente com o avanço da capacidade empreendedora, aliada à capacidade de inovação, o Brasil entrará, nos próximos anos, no tão querido círculo virtuoso de que sempre falamos.

Mas o que é empreender com inovação? Em minha opinião, é ter a capacidade de apostar em novas ideias, sejam elas para a criação de um novo produto, um novo mercado ou uma nova forma de gestão.

Inovar é apostar para ter êxito, mas não depender do êxito para apostar. Pode parecer paradoxal, mas não é. Só inova quem corre riscos e, ao arriscar-se, o empreendedor deve assumir a possibilidade de que nem tudo o que foi planejado ou desejado se concretize.

Mas quem não inova também pode fracassar ou ter sucesso, você pode estar pensando. É verdade. Mas a diferença aqui é que para ser inovador, em qualquer cenário, é necessário haver aprendizado. Essa é a diferença que “faz toda diferença”.

Em termos macro, inovação é também é a vontade pública e privada de transformar velhos métodos de conduta, realinhar antigas formas de pensamento, redefinir conceitos arraigados. Governos podem e devem ser inovadores acompanhando as transformações da sociedade, assim tornam-se governos mais democráticos.

As pessoas, não necessariamente apenas os empreendedores, também podem e, arrisco, no fundo querem inovar. Mudar a forma de pensar, redefinir pequenos atos cotidianos, inventar novas formas de trabalhar e de se relacionar socialmente. Tudo isso é inovação e todos, sem exceção, estão aptos a incorporá-la em suas vidas.

Por tudo isso, desejo a todos um ano de 2012 inovador, que será, consequentemente, tenho certeza, um ano repleto de realizações.

Simples como na casa da avó

O que faz uma pessoa ser empreendedora? Há várias explicações - e entre elas certamente está o ambiente do qual a pessoa se origina. Empreender pode ser um processo que inicia na relação familiar, ainda criança, mesmo que só aflore mais tarde.

A vontade de ser independente, de ter o próprio negócio, é essencial para que alguém possa desenvolver as competências necessárias para empreender com sucesso.

É o caso de Taciana Kalili, que fundou a Brigaderia - uma rede que tem atualmente oito lojas em shopping centers de São Paulo e vende um doce que todo mundo sabe (ou acha que sabe) fazer: o brigadeiro.

São mais de 10 mil unidades vendidas a cada dia. Taciana atribui seu sucesso a sua origem cultural. O prazer pela culinária e o jeito aconchegante de receber pessoas como na casa da avó são fundamentais em seu negócio.

Ela transformou a tradição num negócio inovador. Recriou um doce popular e transformou uma receita simples em presente sofisticado.

Dito assim, parece simples. Mas, no caso de Taciana, a "sacada" de que o doce de sua infância poderia se transformar no seu negócio explica parte do sucesso. Some-se a isso o fato de ela ter nascido numa família que valorizava o trabalho.

Para empreender, o ambiente familiar e cultural são importantíssimos e Taciana, desde cedo, teve sua atenção voltada para o valor do trabalho. O pai de Taciana, médico do interior de Minas Gerais, sempre a estimulou trabalhar.

Desde a adolescência, como queria ser independente - e não queria tornar-se médica, como o pai , teve vários empregos. Administrou pequenas empresas, foi designer de moda e exerceu diversas atividades.

A educação pelo trabalho, forte na cultura americana, pode ser encontrada em algumas famílias brasileiras.

As experiências como vender sanduíches na escola, fazer artesanato de material reciclável, trabalhar no comércio na época do Natal são atividades educativas para os jovens, proporcionam uma relação positiva com o trabalho, valorizam o esforço e a conquista pessoal, além de criar uma noção de responsabilidade e independência financeira.

A prática de esportes também ajuda a explicar as escolhas de Taciana. Além dos benefícios físicos que proporcionam, eles estimulam a sociabilidade, mostram o valor da persistência na conquista de resultados.

Taciana foi jogadora da seleção brasileira infanto-juvenil de vôlei e atribui a esse fato sua capacidade de liderar equipes e trabalhar com paixão. O vôlei a ajudou a sonhar alto, a ter disciplina e buscar a superação.

Praticar um esporte na juventude ensina a lidar com as frustrações: ora se ganha, ora se é superada por um competidor mais bem preparado. Os jovens podem desenvolver um sentido de competitividade saudável que pode ser a base para empreender no futuro.

Seu negócio começou em 2009 quando Taciana fez 500 brigadeiros, de diversas variedades, para a festa de aniversário do marido. Os convidados gostaram e ela passou a aceitar encomenda para as festas de amigos.

A Brigaderia, que ela fundou algum tempo depois, é uma releitura da casa da sua avó. Para Tatiana, tudo está acontecendo rápido, mas ela tem tanta certeza de seu propósito e sua capacidade de empreender que parece que o mundo conspira a favor de seu sucesso.

Aos 34 anos sonha em poder proporcionar trabalho a muitas pessoas, novas emoções para os clientes e boas referências para seus filhos.

Estarreja quer jovens empreendedores

A criação de empresas, o comportamento empreendedor ou o associativismo jovem foram algumas das ideias debatidas durante o Seminário de Empreendedorismo que reuniu perto de 500 alunos da Escola Secundária, no Cine-Teatro de Estarreja, na última quinta-feira.

Tendo como objetivo “motivá-los para esta ideia da criatividade, da inovação e que é essencial em tempo de crise criar o próprio emprego”, referiu Rosário Santos, da coordenação do Núcleo de Empreendedorismo da Secundária, a iniciativa procura despertar os estudantes para que percebam “que não podem estar dependentes de terceiros e têm que ser eles a criarem as suas empresas e postos de trabalho”.

As dinâmicas criadas em ambiente escolar, nomeadamente através do Núcleo de Empreendedorismo, têm alertado os jovens para estas realidades, e em curso está já a 3ª edição do Concurso de Ideias de Negócio – Jovem Empreendedor, apresentada durante o evento, esperando-se que “consigamos muitos mais alunos a participar”.

Durante o seminário, os vencedores do Concurso de Ideias 2010/2011 – José Manuel Garrido, Francisca Martins e Ana Rita Pires, na categoria Ideia Jovem (7º ao 9º ano), que criaram o projeto Arte no Papel, e Vanessa Fonseca, na categoria Jovem Empreendedor (10º ao 12º ano), autora do projeto Fonseca & Fonseca Unipessoal Lda que incide na comercialização do “Sappi, um sensor auditivo para pessoas invisuais, que iria substituir a visão” – partilharam as suas ideias com os colegas de escola.

Rosário Santos revelou ainda que este ano vai ser promovido um concurso de talentos, estando o empreendedorismo relacionado também com talentos inatos, desde “a música, o teatro ou a poesia”.

No encerramento do seminário, o presidente do município, José Eduardo de Matos, sublinhou as palavras de Albert Einstein, “no tempo de crise só a imaginação é mais importante do que o conhecimento”, fazendo um apelo “à energia e vontade de fazer e criar. Acreditem em vocês e nas vossas capacidades”, encorajou o autarca. À plateia constituída por 500 jovens, fez também questão de sensibilizar para o sentido de comunidade, afirmando que a vida só faz sentido se contribuirmos para “melhorar o nosso dia-a-dia, o mundo onde estamos”.

Exemplificando que “esta iniciativa é uma materialização clara de uma ação empreendedora”, o diretor da Secundária, Jorge Ventura, afirmou que “estudam numa escola, vivem num município que provam que são organismos empreendedores e que todos os dias direcionam ações que tentam promover a vossa comodidade. É isso que queremos, ter ideias que sejam concretizadoras dos vossos interesses”.

O seminário faz parte das atividades de promoção do Empreendedorismo na Escola, que a DESTAC – Associação para o Desenvolvimento do Centro de Estarreja, como entidade executora, está a desenvolver através do CLDS – Contrato Local de Desenvolvimento Social – 7 Desafios em Rede, com o apoio do Núcleo de Empreendedorismo da Escola Secundária de Estarreja e da Divisão de Educação e Coesão Social, e integrou o programa das comemorações do VII aniversário de elevação de Estarreja a Cidade.

Pequenas empresas criam 85 % dos novos empregos na União Europeia

Segundo os resultados de um estudo sobre o contributo essencial das PME para a criação de emprego, apresentado hoje pela Comissão Europeia, 85% do total líquido de novos postos de trabalho na UE entre 2002 e 2010 foram criados por pequenas e médias empresas.

Bruxelas, 16 de janeiro de 2012 - 85 % do total líquido de novos postos de trabalho1 na UE entre 2002 e 2010 foram criados por pequenas e médias empresas (PME). Esta percentagem é consideravelmente superior à parte das PME no emprego total (67 %). Durante este período, o emprego líquido criado pela economia empresarial da UE aumentou substancialmente, em média 1,1 milhão de novos postos de trabalho por ano. Estes são os principais resultados de um estudo sobre o contributo essencial das PME para a criação de emprego, apresentado hoje pela Comissão Europeia.

Com 1 % por ano, o crescimento do emprego nas PME foi mais elevado do que nas grandes empresas (0,5 %). Uma clara exceção é o setor do comércio, onde o emprego nas PME aumentou 0,7 % ao ano, face a 2,2 % nas grandes empresas. Isto deve-se a um aumento significativo de grandes empresas comerciais, nomeadamente no setor da venda, manutenção e reparação de veículos automóveis.

Dentro das PME, as microempresas (menos de 10 trabalhadores) são responsáveis pelo maior crescimento líquido do emprego na economia empresarial (58 %).

Em segundo lugar, as novas empresas (menos de cinco anos) são responsáveis pela maior parte dos novos postos de trabalho. As novas empresas ligadas aos serviços empresariais são responsáveis por mais de um quarto (27 %) dos novos postos de trabalho, ao passo que as novas empresas nos setores dos transportes e da comunicação representam o contributo mais pequeno (6 %).

O Vice-Presidente da Comissão Europeia, Antonio Tajani, responsável pela Indústria e Empreendedorismo, declarou que: «Neste momento crítico para a economia europeia, vemos as pequenas empresas cumprir e confirmar o seu papel enquanto principais geradoras de novos postos de trabalho. O seu contributo significativo para a criação de emprego realça a crescente relevância económica das PME e a necessidade de apoiar estas empresas a todos os níveis. As pequenas e novas empresas são claramente a chave para restabelecer o crescimento económico.»

Principais efeitos da crise: as empresas mais pequenas registam mais frequentemente impactos negativos

De acordo com os resultados do estudo efetuado, a crise económica deixou marcas em empresas de todas as dimensões, sendo particularmente vulneráveis as microempresas. Com a crise económica de 2009-2010, o número de postos de trabalho nas PME diminuiu em média 2,4 % por ano, contra 0,95 % por ano nas grandes empresas. A evolução do emprego manteve-se negativa em 2010, mas as expectativas para 2011 melhoravam no momento de realização do estudo. A percentagem das empresas que contavam despedir trabalhadores em 2011 era inferior à percentagem das empresas que efetivamente despediram trabalhadores em 2010.

Além dos efeitos no emprego, os efeitos negativos da crise mais importantes para as empresas foram a redução geral da procura total dos seus produtos e serviços (mencionada por 62 % das empresas), seguida do agravamento das condições de pagamento pelos clientes (48 % das empresas) e da escassez de fundo de maneio (que afetou 31 % dos inquiridos).

A capacidade de inovação é uma arma contra a crise

A inovação parece ter efeitos positivos: as empresas inovadoras, bem como as empresas de países mais inovadores, registam com maior frequência um crescimento no emprego e taxas mais elevadas de crescimento do emprego.

O estudo sublinha que as PME inovadoras ou empresas que operam em economias mais inovadoras sofreram menos com a crise económica. Por exemplo, se a diminuição da procura total é referida por 70 % das empresas em países considerados inovadores modestos2, o valor correspondente é de 45 % para os países líderes em inovação.

Qualidade do emprego nas PME

O estudo distingue duas dimensões principais da qualidade do emprego: a qualidade do emprego e a qualidade do trabalho. Em média, é um facto que o emprego nas pequenas empresas é menos produtivo, menos remunerado e menos sindicalizado do que o emprego nas grandes empresas. Contudo, as microempresas referem uma vantagem competitiva sobre os seus concorrentes no que diz respeito a aspetos «brandos» dos recursos humanos das empresas: ambiente de trabalho, equilíbrio entre vida profissional e privada e maior flexibilidade do horário de trabalho.

Contexto

O estudo insere-se no projeto de Análise do Desempenho das PME e baseia-se num inquérito às empresas, realizado no final de 2010, que abrange os 27 Estados‑Membros da UE e 10 outros países participantes no Programa de Empreendedorismo e Inovação (a saber, a Albânia, Croácia, a antiga República Jugoslava da Macedónia, a Islândia, Israel, o Liechtenstein, a Noruega, Montenegro, a Sérvia e a Turquia).

EMPRE na vanguarda do ensino do empreendedorismo

EMPRE - Empresários na Escola arrancou pelo quarto ano lectivo consecutivo. Despoletar o espírito empreendedor e inovador nos jovens entre os 13 e os 18 anos, através de um primeiro contacto com a realidade empresarial é o principal objectivo deste projecto, da Rede de Incubação e Empreendedorismo da Região Centro (RIERC), que em 2011 foi reajustado.

Após o êxito do ano passado com a apresentação na mostra de produtos, em Coimbra, de 28 empresas, provenientes de 12 escolas da zona Centro, o EMPRE apresenta-se em 2011/2012 reformulado, devido à supressão da área de projecto do plano curricular. Formação Cívica ou Estudo Acompanhado foram as disciplinas encontradas para integrar esta iniciativa desenvolvida em turmas do 2º, 3º ciclo de Ensino e Cursos de Educação e Formação (CEF’s).

Em algumas escolas a solução encontrada foi a criação de clubes, que irão funcionar como espaços pedagógicos, abertos a qualquer aluno e dispondo de professores voluntários para os coordenarem. Estes Clubes EMPRE vincam, definitivamente, a importância deste projecto, do Start-Up, resultante da parceria do CEC - Câmara do Comércio e Indústria do Centro, com o apoio do Programa Operacional Regional do Centro (Mais Centro).

No ano lectivo 2011/2012, o EMPRE, coordenado pelo TAGUSVALLEY - Tecnopolo do Vale do Tejo e pelo PAKURBIS, envolve escolas do Médio Tejo, Marinha Grande e Caldas da Rainha, através da dinamização das incubadoras da AIRO, OPEN e TAGUSVALLEY. No entanto, perspectiva-se que pelas qualidades do projectos, que este se alargue aos restantes parceiros da zona Centro.

Empresários na Escola é um projecto que vai de encontro ao Programa Estratégico para o Empreendedorismo e a Inovação +E+I, definido em Resolução de Conselho de Ministros em 16 de Dezembro de 2011. Na medida em que fomenta uma sociedade mais empreendedora, através da promoção de uma cultura criativa e inovadora nos mais jovens ao promover uma componente experimental no ensino básico e secundário.

No EMPRE, os estudantes são desafiados a formar equipas e investir dinheiro real numa empresa, seja de manufacturação de produtos ou de compra e venda de artigos. Durante o ano lectivo, cada grupo de alunos aplica os vários processos de uma empresa, desde a criação de uma identidade corporativa, passando pelo estudo de mercado e a definição das gamas dos produtos, trabalhando com fornecedores e clientes, o que culmina com a realização de uma feira, sendo o ponto mais alto do projecto.

Empresários alertaram Secretário de Estado para constrangimentos à competitividade empresarial

Cerca de 120 empresários do distrito de Leiria aproveitaram um almoço de trabalho com o Estado do Empreendedorismo, Competitividade e Inovação, Carlos Oliveira, para «alertar para constrangimentos diversos que têm de enfrentar na sua actividade e que lhes retiram competitividade», revela a NERLEI, entidade promotora do encontro, em comunicado.

O encontro realizou-se na passada segunda-feira, e nele foram abordas questões como as falhas de fornecimento de energia pela EDP, os custos elevados da energia eléctrica e os furtos de cobre e suas implicações nas comunicações.

Durante o almoço, os empresários fizeram ainda referência aos preços do gás natural; acesso ao crédito por parte das empresas; pagamento em duplicado de licenças de publicidade em estradas nacionais pelas empresas e os serviços de atendimento dos CTT.

Entre os constrangimentos apontados pelos presentes contam-se ainda os critérios de aprovação/reprovação de projectos candidatos a fundos do QREN (Quadro de Referência Estratégico Nacional) e a possibilidade de recalendarização de projetos QREN já aprovados.

À conversa surgiu ainda a temática da compatibilização da actividade empresarial com questões ambientais e de ordenamento do território e a excessiva carga fiscal sobre as empresas.

«Apesar de muitas das questões não serem de sua tutela, o secretário de Estado, Carlos Oliveira, mostrou interesse por todas elas e solicitou à NERLEI um relatório completo de forma a poder, junto dos colegas do Governo, dar o devido andamento com vista à sua resolução», conclui o comunicado da associação.

Seminário sobre empreendedorismo vai permitir criação de empresas

Cabinda - O seminário sobre empreendedorismo, realizado durante dois dias na província de Cabinda, vai permitir a criação de projectos empresariais úteis à sociedade, afirmou a secretária provincial da Organização da Mulher Angolana (OMA), Marta Beatriz.

Com os conhecimentos adquiridos, as participantes poderão ter ideias inovadoras de negócios orientadas para produtos e serviços com viabilidade económica, disse hoje a secretária na sessão de encerramento do seminário.

Assegurou ainda que com o protocolo de concepção de micro-créditos, as mulheres terão êxitos na implementação de negócios e estabilidade económica e social na família, devido ao seu papel de mãe, esposa, conselheira e educadora”.

Exortou as participantes a primarem pela formação académica, bem como a aderirem às campanhas de alfabetização como forma de melhor gerirem as suas empresas ou negócios.

A acção formativa contou com a participação de 65 mulheres empreendedoras dos municípios sede de Cabinda e do interior (Cacongo, Buco-Zau e Belize) e membros da Organização da Mulher Angolana (OMA).

Nesta acção foram administrados os módulos a constituição de empresas, tipos de empresas, vantagens e desvantagens.


Workshop - Empreendedorismo: Uma Solução com Futuro!


Dia 27 de janeiro, a Câmara Municipal de Viana do Alentejo promove um workshop intitulado "Empreendedorismo: Uma solução com futuro! Apoios disponíveis para a criação do próprio emprego", no Cine-teatro Vianense.

Workshop - Empreendedorismo: Uma Solução com Futuro!
Apoios Disponíveis para a Criação do Próprio Emprego

Cine-teatro Vianense

27 de janeiro de 2012

PROGRAMA

14h30 – Receção aos Participantes

14h45 – Abertura da Sessão
- Bernardino Pinto - Presidente da Câmara Municipal de Viana do Alentejo

15h00 – Empreendedorismo – O que é?
- Linda Baixinho - Técnica do GADE na Câmara Municipal de Viana do Alentejo

15h15 – Programa de Apoio ao Empreendedorismo e à Criação do Próprio Emprego (PAECPE)
- Manuela Duarte – Diretora do Centro de Emprego de Évora

15h45 – Microcrédito: Apoio à Criação de Pequenos Negócios
- Associação Nacional de Direito ao Crédito

16h15 – Linha de Microcrédito do BES - Combater a Exclusão Social e Estimular o Espírito Empreendedor
- Telmo Botelho Pena – DMI Gabinete de Microcrédito do Banco Espírito Santo, S.A

16h45 – Debate

17h00 – Encerramento da Sessão

A Câmara disponibilizará transporte para os inscritos que o solicitem aquando da realização da inscrição.

Email: gadecon@cm-vianadoalentejo.pt

Portugal e Holanda juntam-se para promover prémio de empreendedorismo social


O Instituto Português de Corporate Governance (IPCG) e a Embaixada da Holanda em Portugal juntaram-se para promover o empreendedorismo social. O prémio Damião de Góis de Empreendedorismo Social foi terça-feira lançado em Lisboa, numa cerimónia que contou com a presença do Secretário de Estado Adjunto, Carlos Moedas, e do Embaixador da Holanda, Henk Soeters.

A iniciativa tem como objetivo apoiar projetos de empreendedorismo social e promover a análise e investigação das práticas de responsabilidade social em matéria de direitos humanos, como explicou Pedro Rebelo de Sousa, na abertura da sessão. O presidente do IPCG admite que os dez mil euros que o vencedor ganhará são "um prémio moderado", mas garante que "é um sinal, é um começo" do que poderá ser feito.

No encerramento da cerimónia, Carlos Moedas considerou que "as empresas não se devem demitir de uma vertente social". Para o secretário de Estado, "as empresas devem ter uma intervenção social direta", mas "com essa intervenção podem beneficiar a sua atividade principal".

O governante referiu ainda que "os desafios sociais requerem, tal como nas empresas, uma certa apetência para o risco", mas destacou que "a grande vantagem do empreendedorismo social é o facto de promover de forma natural o enfoque nos resultados". "Aquilo que gastámos, aquilo que investimos, os recursos que utilizámos, a metodologia de ação podem ser importantes, mas o essencial é saber se o problema foi resolvido ou se o problema não foi resolvido", explicou.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Lisboa recebe jovens empreendedores de todo o mundo de 20 a 22 de Janeiro

A capital portuguesa vai reunir 250 jovens empreendedores de todo o mundo com menos de 30 anos no Sandbox Global Summit 2012.

O evento terá lugar no MUDE - Museu do Design e da Moda, em Lisboa.

De acordo com os responsáveis europeus, "a Sandbox Global Summit 2012 é um dos maiores eventos de empreendedorismo do ano".

A candidatura de Lisboa à organização foi conduzida pela equipa de jovens empreendedores da Beta-i, "associação que promove o empreendedorismo e a inovação", em colaboração com a Câmara Municipal de Lisboa.

Workshop sobre empreendedorismo e criação de emprego em Loulé

“Empreendedorismo e criação do próprio emprego” é o tema do workshop que a Câmara Municipal de Loulé vai promover no próximo dia 17, a partir das 9h30. Durante a manhã, Vitor Madeira, do Instituto do Emprego e Formação Profissional vai falar sobre o programa de apoio ao empreendedorismo e criação do próprio emprego, enquanto Laura Soares da Associação Nacional de Direito ao Crédito vai falar sobre o microcrédito social e o apoio à criação de pequenos negócios. O microcrédito irá ser abordado por João Carlos Monteiro, do Millennium BCP que apoia a iniciativa, enquanto Carlos Vieira da Universidade do Algarve vai falar sobre a atitude empreendedora.
O encontro vai decorrer no edifício Eng. Duarte Pacheco e é promovido pela Equipa de Projeto Sustentabilidade do Município de Loulé que está a receber inscrições através dos seguintes contactos: sustentabilidade@cm-loule.pt ou 289400829.

domingo, 1 de janeiro de 2012

A sua empresa está pronta para crescer?

Tão logo uma empresa começa, já vem a preocupação em como crescer e ganhar escala. Mas quais são os passos para realmente desenvolver processos que vão dar suporte a esse crescimento? No site do Young Entrepreneur Council*, Alexandra Mayzler, fundadora e diretora da Thinking Caps Tutoring, dá algumas dicas para iniciar essas mudanças. A empresária lidera um negócio especializado no desenvolvimento de métodos de ensino inovadores.

Segundo Alexandra, muitas vezes os empreendedores pensam em como delegar responsabilidades, melhorar habilidades de liderança e conseguir financiamento para crescer. Mas, ainda que esses aspectos sejam importantes para um negócio saudável, um tópico que pode ser esquecido é a criação de sistemas para atingir o crescimento.


Além de aperfeiçoar o produto ou o serviço, contratar uma ótima equipe e garantir capital, o empresário deve se dedicar a um sistema organizado para gerir o negócio. Mesmo que a administração de um pequeno negócio muitas vezes envolva decisões intuitivas, começar a pensar em sistemas de operações desde o primeiro dia pode ser a melhor maneira de preparar o negócio para ganhar escala. Veja cinco estratégias, indicadas por Alexandra, para ajudar seu negócio a evoluir e amadurecer.

1. Comece pelo início. Gerir um negócio de pequeno porte muitas vezes significa fazer malabarismo com muitas coisas e responder a necessidades imediatas. Em um ambiente em constante evolução, é fácil trabalhar com a intuição e simplesmente viver no dia a dia. No entanto, pensar em passos e procedimentos desde o começo do negócio é vital para o seu sucesso. Não adie a documentação de processos. Anote todos eles.

2. Escreva. Ao longo do dia, tome notas detalhadas sobre os processos cotidianos. Anote desde a maneira como se salvam os arquivos até como as grandes decisões são tomadas. Se há outras pessoas trabalhando no negócio com você, faça com que eles também registrem as maneiras como administram as tarefas. É sempre mais fácil editar e apagar de que tentar preencher os espaços em branco e lembrar exatamente como os procedimentos foram controlados.

3. Seja proativo. Antecipe problemas e crie soluções de maneira metódica. Identifique áreas preocupantes e desenvolva meticulosamente um sistema de resposta. Mesmo quando algumas ações parecem óbvias, anote os passos e as abordagens. O que é intuitivo para uma pessoa pode nem sequer ocorrer para outra. Mantendo todas essas anotações, outras pessoas da equipe serão capazes de entender o processo de tomada de decisão e chegar aos resultados apropriados.

4. Remova tudo da sua cabeça. Uma vez que todas as operações estejam registradas, é útil que outras pessoas revisem o material. Peça a colaboração de um colega ou contrate alguém de fora da empresa para desenvolver um manual sobre as operações do negócio. Alguém que não está enfronhado no dia a dia pode ter uma visão mais clara para passar as ideias certas adiante.

5. Compartilhe. Uma vez que o manual é criado, comece a distribuí-lo para outros membros da empresa. Certifique-se de que todos os funcionários têm acesso às informações. Postar os procedimentos na intranet ou distribuir cópias impressas irá encorajar as pessoas a usar o texto como referência e seguir as diretrizes. Conforme o material é atualizado, mande alertas para os colaboradores.

O crescimento e o desenvolvimento são estágios empolgantes de um negócio. No entanto, sem planejamento sólido e infraestrutura, os empresários podem colocar em perigo oportunidades valiosas. Se você pensar de maneira proativa e desenvolver um plano de operações consistente, seu negócio estará pronto para um crescimento saudável.

Lisboa lança portal de dados para se tornar capital do empreendedorismo

A Câmara de Lisboa lançou um portal que disponibiliza vários dados sobre a cidade aos cidadãos. A estratégia da autarquia é, agora, fomentar o empreendedorismo, convidando os lisboetas a desenvolver aplicações para interpretar os dados.

Os dados disponibilizados no site Lisboa Participa estão em formato bruto. Podem ser consultados, por exemplo, em formato “Excel”, mas precisam de ser tratados. Já existem três aplicações, todas para iPhone – uma concluída e outras duas em fase “beta”, ou seja, ainda em teste, que permitem, por exemplo, navegar por vários pontos de interesse na cidade de Lisboa ou, em conjunto com dados da Agência de Modernização Administrativa, obter informações sobre serviços públicos, como Lojas de Cidadão.

A disponibilização destes dados, em conjunto com a colocação da aplicação “Lisboa 360º” na App Store, da Apple, destina-se a tornar mais intuitiva a consulta das informações relativas à cidade, como por exemplo a localização de parques de estacionamento, restaurantes ou miradouros. A ideia é, também, estimular os jovens empreendedores a ajudar na elaboração de aplicações, o que se insere numa estratégia mais abrangente de promoção do empreendedorismo.

Os planos da autarquia assentam em três pilares. No primeiro – espaço – a ideia é criar espaços que fomentem o empreendedorismo. Está prevista uma incubadora de empresas na baixa da cidade, bem como um espaço de co-working no mercado do Forno de Tijolo. Um ambiente que favoreça o empreededorismo – através de, por exemplo, iniciativas como o TedX – é outro dos pilares, bem como a criação de ferramentas úteis.

Ao Negócios, a vereadora da Inovação, Graça Fonseca, sublinha que é preciso trabalhar “para colocar Lisboa no mapa global do que são as cidades empreendedoras e inovadoras. Temos que procurar trabalhar no sentido de criar espaços, uma incubadora, um espaço de co-working”, no sentido de “criar ambiente”, e no sentido “de dar ferramentas às pessoas para que possam colocar o seu talento ao serviço daquilo que é criar serviços e produtos de valor acrescentado, ou de elevado potencial”.

A ideia é captar não só os jovens portugueses mas também os de outros países. Acima de tudo, trata-se de criar espaços que promovam a inovação. “Os espaços de co-working são fundamentais, porque podem juntar um arquitecto, um engenheiro, um designer, que descobrem que têm ideias que são articuláveis, que são complementáveis. Desenvolvem uma ideia que dá origem a uma start-up e que, por sua vez, dá origem a um serviço de elevado potencial”, exemplifica a vereadora.Partilhar

Como construir a ponte para uma vida melhor

A perspectiva de começar um ano novinho em folha faz muitos repensarem seu modo de vida. Não raro, também reavaliamos a satisfação com o trabalho, ao qual dedicamos 100 mil horas ao longo da vida, calcula o consultor norte-americano Rich Horwath.

Muitos estão insatisfeitos com o que fazem. O grande desafio para quem decide trocar de emprego, de profissão ou virar empresário é saber como se organizar para colocar esse plano em prática e não desanimar no caminho.

Para Horwath, bastam cinco passos. Em entrevista para a agência de notícias Reuters, ele falou um pouco sobre como chegar mais perto desses objetivos, tema do livro “Strategy for You – Building the Bridge to the Life You Want”, que será lançado em janeiro de 2012.

1º passo: Descubra

Aproveite o tempo livre para refletir. Como está a carreira? A quantas andam suas finanças? Seus relacionamentos são satisfatórios? A saúde vai bem? Esse conjunto de respostas define onde você está para, então, decidir onde quer chegar.

2º passo: Diferencie

Cada indivíduo tem competências e habilidades singulares. O problema é que muitos passam a vida querendo ser iguais a quem os cerca ou têm medo de se destacar pela diferença. O ponto de partida para começar a estratégia da mudança é justamente entender o que cada um tem em si de diferente e que é valorizado pelos outros.

3º passo: Decida

Muita gente tem uma enorme lista com coisas para fazer, mas poucos elaboram uma com o que deixar de lado. Fazer de tudo um pouco para agradar ao máximo de pessoas não é a melhor maneira de atingir objetivos pessoais, como ser um filho, um pai ou amigo melhor. É preciso dirigir o tempo e o talento a poucas causas, atividades e iniciativas – as que mais tragam valor a sua vida.

4º passo: Desenhe

Depois de definir onde ir e onde alocar recursos, chega a hora de traçar um plano para canalizar os recursos em atividades que ajudarão a atingir os objetivos propostos.

5º passo: Dirija

Execute seu plano todos os dias. É preciso ter disciplina para não deixar o mapa de lado no primeiro mês, para não perder a motivação nem se distanciar do que se quer atingir. Por que não dedicar uma ou duas horas por semana para, enfim, explorar todo o seu potencial?



Por que a colaboração e a cocriação são tão importantes hoje?

Primeiro, colaboração é algo que existe desde sempre. Sem ela, a humanidade não estaria aqui hoje. Para cada um de nós estarmos vivos, muitos contribuíram. Quando alguém fala em self-made man, duvide disso. Não existe ninguém que fez tudo sozinho. Ideias e trabalho de muitos com certeza colaboraram para o sucesso dessa pessoa.

Então, o que difere a necessidade de colaboração do passado para hoje, dentro das empresas, especificamente?


Antes de mais nada, que fique claro que a colaboração não é mais um diferencial competitivo, e sim algo que está ligado a vida ou morte de uma empresa. Não é mais possível resolver os problemas de um departamento ou empresa somente com seus recursos internos. É preciso uma rede de relacionamentos que contribuam com novas soluções.

Quantas vezes vemos milhões investidos em projetos fracassados?

Muitas causas estão envolvidas nisso, mas algo que sempre se sobressai é o fato de as pessoas não acreditarem naquele projeto, e os próprios envolvidos vão matando a ideia. O grande fracasso é só consequência das ações desse grupo.

Quantas vezes já escutamos que aquele líder ou grupo é vencedor, e todos querem fazer parte dele, ou que aquele líder ou grupo desafia as pessoas a ir além, a buscar respostas fora da empresa ou entre seus pares?

A colaboração dentro dos grupos nas empresas tem sido incentivada de muitas formas: o bônus é o mais comum, mas colocar a colaboração no seu sistema de avaliação de funcionários também tem sido muito usado.

Um bom exemplo é a 3M, em que vários produtos nasceram da cultura de colaboração da empresa. São itens como o Filtek Supreme Plus, lançado em 2002 e atualmente o composto líder de mercado para trabalhos de restauração.

Nesse ponto você já está se perguntando: “OK, se a colaboração e a cocriação são algo tão importante, como posso fazer isso, se tenho uma pequena empresa?” A boa notícia é que é muito mais fácil ter colaboração e cocriação em pequenas empresas do que nas grandes.

Aqui vão algumas dicas:

1. Identifique o problema que você quer resolver e defina qual resultado quer atingir.

2. Defina o grupo que vai trabalhar em conjunto para chegar à solução. Escolha os que realmente têm interesse na solução desse problema. Serão pessoas de dentro e fora da empresa.

3. Defina quais serão os incentivos e as premiações que esse grupo terá ao solucionar esse problema.

4. Escolha onde vai acontecer essa troca de informações. Isso pode ocorrer inicialmente de maneira presencial e depois continuar em um grupo no Facebook, no Google Grupos ou Docs ou em ferramentas mais focadas para esse tipo de discussão, como o Uservoices ou o Salesforce (esta última usada por médias e grandes empresas).

O importante é começar a pensar nesta ideia: a colaboração é fundamental para sua empresa.