quarta-feira, 16 de outubro de 2013

André vai dar a volta ao mundo para nos convencer a sermos empreendedores

Um jovem português vai fazer uma viagem à volta do mundo e recolher histórias de empreendedorismo de sucesso para motivar os portugueses.

"A única coisa que cai do céu é a chuva". É com a citação de Vinícius de Moraes em pensamento que André Leonardo encara a vida. O gestor de 24 anos, natural da ilha Terceira, nos Açores, vai realizar uma viagem à volta do mundo, na qual vai conhecer e relatar histórias de empreendedorismo de sucesso para estimular os portugueses a seguirem o mesmo rumo.
Uma mochila e uma câmara. A bagagem parece curta para quem vai sozinho numa viagem de sete meses, mas certamente virá "carregado" de conhecimentos adquiridos nos 15 países por onde vai passar. A partida ainda não tem data definida, mas deverá ter início em meados de novembro.

O projeto André Leonardo Entrepreneurship Tour inspira-se em Fernão Magalhães, o navegador quinhentista responsável pela primeira circum-navegação do globo. "Fernão Magalhães foi empreendedor no seu tempo, mas agora também há portugueses com muita capacidade e necessitamos de acreditar que somos talentosos", assinala o jovem viajante que entende que "com o mercado interno em baixa, é necessário exportar e internacionalizar as empresas e a marca Portugal".

Foi isso que este jovem pretendeu ao decidir fazer o trajeto que começou a ser preparado há dois anos, um processo "bastante trabalhoso". André desdobra-se em questões logísticas e teve mesmo de aprender programação, webdesign e a lidar com o "photoshop" para desenvolver o projeto. Todas estas competências tiveram um custo praticamente nulo, já que aprendeu tudo "através de artigos, tutoriais e vídeos na Internet".

Para conseguir financiamento, este viajante tem procurado empresas portuguesas, até porque, segundo afirma, é uma "excelente forma" de levar Portugal consigo durante a jornada. No entanto, a angariação começou antes com outra iniciativa. O jovem organizou o Flea Market, nos Açores, que permitia que várias pessoas vendessem os seus produtos e onde ele próprio vendeu o que já não necessitava.

"O dinheiro das vendas permite-me pagar a estadia e a alimentação na jornada de voluntariado no Quénia", afirma este empreendedor. Embora a missão do projeto seja dar a conhecer casos de sucesso pelo mundo e espalhar o nome Portugal, André Leonardo vai estar como voluntário no país do oriente africano, onde irá ensinar empreendedorismo nas escolas e nas universidades.

Portugal aos olhos do viajante

Embora seja um otimista e empreendedor por natureza, André sabe que os jovens não têm um futuro fácil, até porque "muitos saem da universidade e têm muitas dificuldades em conseguir o primeiro emprego". Mas deixa o repto: "Cada vez mais é necessário diferenciarmo-nos e apostar em sermos os melhores na nossa área".
Empreender é a aposta deste jovem e espera conseguir influenciar outros para esta forma de estar na vida. "Ser empreendedor não é apenas criar empresas", afirma André Leonardo, "é uma atitude perante a vida", conclui.
Quando a viagem terminar, está previsto que o projeto passe a livro. Parte dos lucros da venda serão revertidos para a Associação Acredita Portugal. Será ainda possível seguir as pisadas deste viajante através do website do projeto.

Iniciativa «Atelier Empreender Criança» chega a Luanda

O «Atelier Empreender Criança» da fundação AIP chegou a Angola com o apoio do Governo português. O objectivo é criar uma cultura de Empreendedorismo nas crianças para serem o motor do desenvolvimento económico do futuro.
Angola, Cabo Verde, Moçambique e Timor-Leste serão os países-alvo deste programa, numa primeira fase, onde os contactos institucionais com as entidades do Ministério da Educação de cada país já foram iniciados.

O programa de cooperação foi assinado esta sexta-feira, 11 de Outubro, em Luanda, na presença do Secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Luís Campos Ferreira.

O «Atelier Empreender Criança» pretende promover o empreendedorismo na rede escolar do ensino básico através de um compromisso entre a escola, as empresas e a comunidade.

A prioridade é o ensino público de cada país, sendo que o programa arranca já este mês nas escolas portuguesas que acompanham o ano lectivo de Portugal, e também num projecto-piloto com mil crianças do ensino público em Cabo Verde.

Em Angola, onde foi assinado o primeiro protocolo, serão abrangidos aproximadamente 200 alunos a frequentar o 3.º ano de escolaridade.

O «Atelier Empreender Criança» é um programa AIP-CCI, cujo projecto-piloto de lançamento em Portugal abrangeu 2000 crianças do ensino básico, no anterior ano lectivo, distribuídas por 87 escolas em todo o país.

Agora a iniciativa vai estender-se aos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) para desenvolver acções que contribuam para a consolidação de uma cultura de empreendedorismo nas crianças.

O programa pedagógico está adaptado a 30 semanas, uma hora semanal durante o ano lectivo e inclui todos os materiais necessários - manual do professor, jogo pedagógico, fichas de trabalho e um livro de banda desenhada sobre empreendedorismo para cada criança.

O factor empreendedorismo

As mais recentes em sede de empreendedorismo suscitam a oportunidade duma breve reflexão sobre a importância de uma agenda estratégica para um verdadeiro capital empreendedor no País. O modelo tradicional de criação de valor mudou por completo e nesta fase crítica da economia portuguesa a aposta tem que ser clara - apoiar novas empresas, de preferência de base tecnológica, assentes numa forte articulação com centros de competência e capazes de ganhar dimensão global. Ganhar o desafio de um Portugal empreendedor é em grande medida a demonstração da capacidade de uma nova agenda, assente na inovação, conhecimento e criatividade como factores que fazem a diferença, numa ampla base colaborativa e participativa.

O primeiro grande vector desta afirmação do capital empreendedor passa pela activação positiva do capital social. Dinamizar uma cultura de participação efectiva, consolidar mecanismos de valorização da ética comportamental por parte dos diferentes actores, estabelecer uma matriz doutrinária pedagogicamente disseminada de qualificação dos princípios do rigor, respeito pela inclusão em sociedade mas aceitação dos resultados do jogo da competitividade. Não se trata de impor ‘social rules' pré-formatadas a um país com padrões comportamentais historicamente consolidados, mas de fazer do desafio da qualificação do capital social global um exercício exigente de responsabilidade colectiva de mudança da capacidade de ir a jogo.

O exercício de maior selectividade dos potenciais promotores de projectos e de maior atenção operativa a uma monitorização dos resultados conseguidos terá que ser acompanhado desta acção global de qualificação sustentada da rede de actores que compõem o quadro de animação social e económica do território. Não se realizando por decreto, não restam dúvidas que esta acção de ‘competence building' de entidades da administração pública central e local, centros de ensino e saber, empresas, associações e demais protagonistas da sociedade só tem sentido de eficácia se resultar dum exercício de "cumplicidade estratégica" entre os diferentes protagonistas. Só assim se consegue empreender com sucesso.

Cabe às empresas o papel central na criação de riqueza e promoção duma cultura sustentada de geração de valor, numa lógica de articulação permanente com universidades, centros I&D e outros actores relevantes. São por isso as empresas essenciais na tarefa de endogeneização de activos de capital empreendedor com efeito social estruturante e a "leitura" da sua prática operativa deverá constituir um exercício de profunda exigência em termos de análise. Tendo sido as empresas um dos actores fortemente envolvidos nas dinâmicas de financiamento comunitário ao longo destes últimos vinte anos ressaltam indícios de défice de "capital empresarial" em muitos dos protagonistas envolvidos. Torna-se por isso imperativo apostar numa agenda de mudança.

Politécnico do Porto defende perfil empreendedor para os seus graduados

Rosário Gambôa defende a necessidade de se introduzir cada vez mais cedo a cultura de inovação e empreendedorismo na formação dos estudantes: “o graduado pelo politécnico deverá ser naturalmente empreendedor. É esse o perfil que desejamos”, observou a presidente do Instituto Politécnico do Porto, no fecho 10ª edição do Concurso Poliempreende.
A presidente do IPP recebeu na cidade da Guarda o testemunho para a coordenar a 11ª edição do Concurso Poliempreende, o concurso de empreendedorismo promovido pelos Institutos Politécnicos e que foi galardoado na categoria “Investimento em Competências Empreendedoras”, nos Prémios Europeus de Promoção Empresarial (European Enterprise Promotion Awards – EEPA).
O IPP vai organizar o próximo Poliempreende, que à semelhança de anteriores edições verá introduzida uma inovação no concurso. Nesta 11ª edição a novidade será a vinda de uma equipa do Brasil, selecionada num concurso similar ao Poliempreende que decorrerá no Brasil, com apoio do Politécnico do Porto.

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Alunos de Mação vencem concurso europeu de empreendedorismo

Criar um sistema para carregar dispositivos electrónicos sem a utilização de energia eléctrica e sem fios foi a ideia de negócio vencedora do projecto StartUp_EU e veio de quatro alunos do 11º ano da Escola Secundária de Mação. No jogo pedagógico participam mais de 400 estudantes do ensino secundário de vários países da União Europeia, mas os portugueses tiveram a invenção mais original.

Em Abril deste ano, uma turma de 14 alunos da Escola Secundária de Mação, promovida pelo TAGUSVALLEY – Tecnopolo do Vale do Tejo, inscreveu-se e foi aceite no desafio do StartUp_EU, desenvolvido no âmbito do Programa de Aprendizagem ao Longo da Vida da União Europeia. Dos quatro grupos em que se dividiu a turma surgiram várias ideias. No entanto, apenas uma equipa avançou neste jogo educativo, que desenvolve capacidades empreendedoras nos jovens através de uma plataforma de tecnologia Web 2.0.

Criar um dispositivo para carregar telemóveis, computadores portáteis e aparelhos que não necessitam de cabos eléctricos, alimentado a energia solar e com transmissão via wi-fi, foi o projecto que colocou os quatro alunos de Mação entre os seis finalistas europeus. Nessa lista constava dois grupos de estudantes de Granada (Espanha), duas equipas de Riga (Letónia) e uma de Lodz (Polónia), da qual saíram os portugueses de Mação vitoriosos, tendo o resultado sido conhecido no passado dia 3 de Outubro, no Porto.
Além de uma pequena quantia de dinheiro, os estudantes vão ter direito a consultadoria sobre a sua ideia de negócio pelos elementos do júri do concurso, composto por entidades de referência mundial na área do empreendedorismo. A Escola Secundária de Mação vai, ainda, ser alvo de um estudo de caso pelas boas práticas pela European Business & Innovation Centres Network (EBN), promotora do concurso e da qual o TAGUSVALLEY é associado.

A conferência Final do StartUp_EU, em que foram conhecidos os resultados, serviu também para professores, decisores políticos e outras entidades interessadas trocarem experiências e opiniões sobre as metodologias e práticas de e-learning, podendo estes deixarem o seu feed-back sobre as ferramentas e metodologias deste jogo.

O Projeto StartUp_EU (ser um empresário de Alta Tecnologia) é uma iniciativa co-financiada pela União Europeia e é projectado para motivar os alunos do ensino secundário, recriando a emoção e inovação criativa de uma nova empresa startup. Através da plataforma on-line, os estudantes europeus aprendem sobre empreendedorismo por meio de inspiradores e instigantes vídeos, livros sobre negócios, planos de marketing e técnicas de apresentação. Esta iniciativa surgiu no debate Económico Mundial de 2011 “Educating, the Next Wave of Entrepreneurs”, em que se concluiu que quanto mais cedo é estimulado o espírito empreendedor nas pessoas, melhores são os resultados para a sociedade.

Parceiro da EBN, que o reconhece como Business Innovation Centre (BIC) desde 2011, o TAGUSVALLEY serviu de elo de ligação entre os alunos e a organização neste processo, na sequência do trabalho que tem desenvolvido de incentivo ao empreendedorismo nas escolas, com o projecto EMPRE. Esta metodologia, que está prestes a arrancar este ano lectivo, desafia os alunos do 2º e 3º ciclo do Ensino Básico do Médio Tejo a criarem “empresas”, formando equipas e aplicando os vários processos, desde a criação de uma identidade corporativa, estudo de mercado, definição das gamas dos produtos e gestão de fornecedores e clientes.

Empreendedorismo - Por onde começar?

Empreender é ter uma ideia inovadora e conseguir colocá-la em prática com a visão em seu público potencial. Estamos em um país empreendedor em que milhares de negócios nascem a todo instante. Mas, quase a metade deles não sobrevive nos três primeiros anos. Quais são os seus principais erros? Como fazer a diferença?

Empreendedor é aquele que cria uma solução, um jeito novo ou deteta uma demanda que ainda não foi suprida em determinada área de produto ou serviço. A motivação empreendedora pode nascer de duas esferas: necessidade ou oportunidade. Nasce de uma necessidade quando, por exemplo, a pessoa não encontra espaço no mercado de trabalho e busca outras opções para obter renda, geralmente, sem o amparo de pesquisas e planejamento. Já o empreendedor por oportunidade, deteta uma alternativa de lucro a partir de seus conhecimentos e habilidades, além de encontrar um público potencialmente interessante para consumir os seus serviços.

Segundo o IBGE, 48,2% das empresas não sobrevivem após os três primeiros anos de existência (2010). Esta aí a necessidade de realizar um planejamento eficaz, para que seu negócio já inicie com o diferencial de conhecer o mercado, as oportunidades e ameaças que poderá encontrar.

Para iniciar o seu projeto, responda quatro perguntas:
1.  O que quero fazer?2.  Quando fazer?3.  Por que fazer?4.  Como fazer?

Esse é o inicio do seu planejamento. Pois, tão importante quanto ter uma ideia inovadora é cuidar dela e estruturá-la, para que ela “nasça” em momento oportuno.
Coloque no papel - Faça pesquisas!
1.  Foco no diferencialQuais são os meus diferenciais?
A partir da sua motivação para empreender, você já deverá saber quais são os seus diferenciais. Por que alguém compraria o seu produto e não o do concorrente? É o atendimento? Uma peça nova? Um jeito inovador? Criatividade, responsabilidade, paixão pelo que faz...
O mais importante desse diferencial é que o seu cliente deverá ter plena consciência dele, do mesmo modo em que todos aqueles que direta ou indiretamente trabalharem com você.

2. Calcular o investimentoDe onde esse dinheiro vai sair? Em quanto tempo pretendo ter o retorno?
Elabore o planejamento financeiro (gastos com máquinas, móveis, utensílios, equipamentos de informática, projetos, água, luz, transporte...). Calcule também, uma margem de erro, pois deve ter consciência de que poderá enfrentar algumas dificuldades, como: queda nas vendas, inadimplência de clientes, aumento das despesas variáveis, aumento de custos de materiais e desperdícios operacionais.

3. Plano de NegóciosConsiste basicamente em colocar no papel todas as suas ideias, projeções e dados sobre o negócio. Esse é o principal erro das empresas que não sobrevivem por muito tempo: a falta do plano de negócios!
Assim também acontece em tudo na vida: a compra de uma casa, o planejamento financeiro da família, cronograma de estudos para passar no vestibular, e afins. Então, o quanto antes você aprender que o planejamento é a primeira etapa de qualquer ação, você passará a obter melhores resultados em todas as esferas da vida. Vale a pena tentar.
Conhecer a área de atuação é tão fundamental quanto ter vontade de entrar nela. Tenha formação ou um bom nível de conhecimento para atuar.Se vai entrar no ramo de padarias, por exemplo, mas não tem contato com nenhum outro, não saberá as reais dificuldades e oportunidades encontradas. Pesquisar os concorrentes potenciais é um modo de descobrir seus pontos fracos e ter uma noção real de como ele sobrevive, além de identificar em que poderá ser melhorar. Isso é empreender. Inovar com consciência!

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Concurso Nacional Poliempreende decorreu na Guarda

No Instituto Politécnico da Guarda (IPG) decorreu, na passada semana, a apresentação dos projetos selecionados para o concurso nacional Poliempreende.
Como já é hábito, antes da apresentação formal dos projetos a concurso (os projetos vencedores de cada instituição da parceria) decorreram dois dias de convívio entre as equipas e responsáveis do Poliempreende em cada uma das 21 instituições politécnicas.

“Este ano procurou-se organizar uma visita que salientasse o empreendedorismo da região através dos seus atores”, referiu-nos Teresa Paiva, Diretora da Unidade de Desenvolvimento e Investigação do IPG. “Assim, “perseguimos” o empreendedorismo, pesquisando o percurso da família Cabral, com raízes na Guarda (Álvaro Gil Cabral, trisavô de Pedro Álvares Cabral, foi o alcaide mor do Castelo da Guarda) até Belmonte e daí para o Brasil. “Perseguimos” um povo empreendedor, com forte presença na região da Beira Interior, em particular Guarda e Belmonte, e ainda “perseguimos” a diferenciação e inovação de um território que numa visão pouco profunda parece agreste e inóspito, mas que transparece e respira força e perseverança. Estas qualidades empreendedoras territoriais levaram-nos a Almeida, vila fortaleza e candidata a Património Mundial e a Trancoso, uma cidade bonita e cheia de casos de criatividade e inovação, visitando a empresa LGB”. Acrescentou Teresa Paiva.
Nesta décima edição, o primeiro prémio foi atribuído ao Projeto “EndoRobot Handheld Robot for MIS” – IP Cávado e Ave; o segundo lugar foi conquistado pelo trabalho Projeto “BioMec – Engineering Solutions” – IP Coimbra, enquanto o terceiro prémio foi entregue ao Projeto “RuralNet” – IP Bragança.
De referir que, na área de “Projetos de Vocação Empresarial” foram entregues menções honrosas aos projetos “Jet sy”  - ESEnfCoimbra e “Cadeira Autónoma Ecológica” – IP Viana do Castelo. Na secção de “Equipa Empreendedora” foi atribuída uma menção honrosa ao Projeto “Aromas da Montanha” – IP Guarda.

O Prémio Delta (equipa empreendedora) foi entregue ao projeto “Cereja no topo da Cavaca” – IP Viseu.

Recorde-se que este concurso destina-se a Estudantes de Escolas Superiores dos Institutos Politécnicos (IP), com inscrição em vigor; diplomados de qualquer grau, por Escolas Superiores dos IP; docentes dos Institutos Politécnicos ou outros indivíduos desde que integrando equipas constituídas por alunos e/ou diplomados.

As instituições do Ensino Superior Politécnico e um conjunto de Escolas Politécnicas uniram-se através do programa Poliempreende para conseguir dar resposta a uma necessidade do país que ainda é uma lacuna do ensino Superior, ou seja, incutir nos alunos a capacidade de empreender.
Fomentar uma cultura empreendedora e contribuir para o desenvolvimento económico do País ajudando a qualificar a classe empresarial são os grandes objetivos do Poliempreende.

Fundação da Juventude incentiva jovens a criarem a sua oportunidade

A Fundação da Juventude, com o apoio e parceria da Agência Nacional para a Gestão do Programa Juventude em Acção, vai realizar o «Roteiro do Empreendedorismo Jovem». Assim, durante o próximo trimestre, a Fundação pretende motivar os jovens, promover as suas competências empreendedoras e contribuir para o desenvolvimento do espírito de iniciativa.

Para ajudar na concretização destes objectivos, o roteiro proporciona a apresentação de oportunidades, recursos e fontes de financiamento para projectos a ser realizados no âmbito do Programa Juventude em Acção.
Todas estas finalidades serão trabalhadas sob a forma de objectivos gerais a serem atingidos pelos participantes no Roteiro, através de uma abordagem formativa e informativa, com a duração de um dia.
O «Roteiro do Empreendedorismo» vai passar por 15 distritos. A sessão de lançamento oficial decorre no próximo dia 11 de Outubro, pelas 15:30, no Auditório da Fundação da Juventude, no Porto. A participação é livre mas sujeita a inscrição.

Destinatários
O «Roteiro do Empreendedorismo» dirige-se a jovens com idades entre os 18 e os 25 anos, interessados no desenvolvimento do seu potencial empreendedor, estudantes universitários, recém-licenciados, desempregados e candidatos a primeiro emprego.

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Programa Escolhas é referência na Europa na Educação para o Empreendedorismo

O Manual “Uma Escolha de Futuro”, criado em parceria entre o Escolhas e a Universidade Católica do Porto, foi selecionado pela Comissão Europeia como uma boa prática nesta área, num guia para educadores que acaba de ser lançado em Bruxelas “A Guide for Educators from the European Commission” (p.67).

Esta ferramenta de empreendedorismo social e económico adapta, pela primeira vez em Portugal, o tema do empreendedorismo a jovens de contextos vulneráveis, entre os 14 e os 24 anos.

O Manual destina-se simultaneamente a formadores e aos jovens e aposta na autonomia e na auto sustentação dos projetos e dos jovens, que tem caracterizado o trabalho do Programa Escolhas.

De uma forma estruturada, é potenciada a criação de auto emprego, através de regras simples que ensinam a desenvolver projetos de empreendedorismo. Num tempo de crise e de mudança, pretende-se ajudar os jovens a compreenderem, de uma forma prática, que está ao seu alcance serem empreendedores e ajudarem a construir o futuro das comunidades onde estão inseridos.

Dividido em dois instrumentos complementares, um orientado para formadores e outro dirigido mais diretamente aos jovens, o Manual tem vindo a capacitar também técnicos dos projetos Escolhas, dotando-os de conhecimentos que lhes permitam formar futuramente jovens nesta área de uma  forma autónoma.

Disponível para download gratuito em
http://empreende.programaescolhas.pt/, poderá ser também usado por professores, familiares ou educadores em geral que queiram desenvolver projetos com jovens na área do empreendedorismo.

Educação para o Empreendedorismo e para a Cooperação


Nos dias 5, 12, 19 e 26 de outubro terá lugar, na Universidade de Coimbra, uma ação de formação no âmbito da Educação para o Empreendedorismo.

A ação de formação Educação para o Empreendedorismo e para a Cooperação está acreditada pelo Conselho Científico-Pedagógico da Formação Contínua e destina-se a professores do 1.º, 2.º e 3.º ciclos do Ensino Básico.

A formação decorrerá na Universidade de Coimbra (FPCE), durante o mês de outubro de 2013 (dias 5,12, 19 e 26).

Data limite de inscrição: 25 de setembro

Mais informação

Fonte: DGE/16/09/2013

Desenvolvendo potencial empreendedor

Desenvolver potencial empreendedor nos remete para o foco do empreendedorismo interno, porque é dentro da empresa que estão nossos melhores profissionais. Talvez seja difícil identificá-los, mas a flexibilidade, a autoconfiança e, em suma, muito da postura empreendedora está presente em nossos profissionais.

Mas não basta essas características é preciso mais para alcançar resultados!

Por exemplo, a inovação, fator de extrema importância, não ocorre facilmente dentro das empresas. Não ocorre porque as ideias podem existir, mas a inovação não se restringe às idéias. É necessário que idéias transformem-se em fato através da implementação. A idéia ou a invenção é parte da inovação. A ação e a implementação são o complemento indispensável do sucesso!

Ou seja, nada substitui o fazer! Precisamos de pessoas que façam!

Prestem muita atenção a esta afirmação: “uma boa idéia não sobrevive sem alguém apaixonado por ela!” Identifique os apaixonados porque eles perseguirão os objetivos, com prazer e tenacidade!
Em suma, as empresas precisam desenvolver os perfis empreendedores, mas para isso não é suficiente ter interesse e boa vontade. Temos que promover um ambiente propício e, assimilar que o perfil empreendedor mantém algumas manias difíceis de serem administradas no ambiente organizacional.
Estamos nos referindo ás características típicas de qualquer perfil empreendedor, como por exemplo:

-  É conhecido o comportamento de “quebrador de regras” que o empreendedor manifesta. Na maioria dos casos esse comportamento é sinônimo de independência, persistência ou até, decorrência dos “dribles” que ele precisa dar nos entraves burocráticos das organizações para alcançar seus resultados. É uma característica muito especial que faz com que esses profissionais corram risco para conseguir seus objetivos. No entanto esta característica enfrenta muita rejeição, até por motivos lógicos.

-  Outra questão recorrente refere-se à dificuldade do empreendedor (interno ou não) em depender de decisões hierárquicas. Esses profissionais requerem muita autonomia para ficar na dependência das liberações de suas chefias. Costuma-se até dizer que eles preferem pedir desculpas a pedir permissão, o pode ser explicado pelo fato de que até que suas visões se tornem reais, ninguém entende, perfeitamente, onde ele quer chegar. Sem dúvida uma das condições básicas para o desenvolvimento de perfis empreendedores é que recebam delegação para desenvolver o seu trabalho. O patrocinador do empreendedor (uma figura importante no processo de desenvolvimento de empreendedores) deve acompanhar á distancia o desenvolvimento das ações.

-  Manutenção de uma visão de longo prazo é outra dificuldade. Isso decorre do fato de que a empresa pode mudar o foco de ação a qualquer momento fazendo com que o empreendedor perca a utilização livre de sua intuição. Eles nunca sabem se seus projetos não serão bloqueados por qualquer razão administrativa.

-  Grande dificuldade, também, é a dificuldade de que os empreendedores internos reutilizem os ganhos de seus sucessos. É fato notório (em todas as pesquisas sobre o assunto) que os empreendedores, de maneira geral, encontram prioritariamente sua motivação na satisfação de uma necessidade pessoal de realização, mais do que com qualquer recompensa financeira. Eles têm noção de que o ganho financeiro é consequência do sucesso da ideia. Mas eles não conseguem reinvestir seus resultados em seus novos desafios. Isto pode levá-los a ser empreendedores de uma única idéia! E ainda, como trabalhar com os fracassos? Sabemos que não são todas as tentativas que serão bem sucedidas, mas não podemos nunca deixar de continuar tentando.

Percebam então que não basta dar oportunidade para que seus profissionais desenvolvam o perfil empreendedor que sua empresa tanto necessita. É necessário criar-se um ambiente que permita esse desenvolvimento. O “workshop” que temos realizado sobre esse tema detalha os passos essenciais para o desenvolvimento dos potenciais empreendedores.

terça-feira, 1 de outubro de 2013

Área Metropolitana do Porto premeia projecto que adapta roupas para deficientes

Adaptable venceu o concurso de ideias lançado pelo Centro de Inovação Social Metropolitano no qual participaram 55 projectos.

A Área Metropolitana do Porto (AMP) atribuiu hoje o primeiro prémio do concurso de ideias promovido pelo Centro de Inovação Social Metropolitano (CIS-M) ao projecto “Adaptable”, da autoria de Nuno Monteiro, Pedro Guedes e Isabel Mendes.
De acordo com informação disponível na internet, este projecto promete “promover a integração e a valorização das pessoas com necessidades especiais, através da adaptação de produtos e serviços disponíveis para o mercado em geral, tornando-os inclusivos”.

A ideia passa por “permitir o acesso de pessoas com necessidades especiais ao mercado de vestuário e dos acessórios em condições de igualdade, com a mesma liberdade de escolha no que respeita a marcas e a produtos”, tendo em conta que o “vestuário concebido especialmente para deficientes é praticamente inexistente, é discriminatório e não valoriza aspectos como a autoestima, a vaidade e o respeito pelas tendências de moda e design”.

Em declarações à Lusa, o presidente da Comissão Executiva da AMP, Lino Ferreira, anunciou que foram ainda atribuídas cinco menções honrosas aos projectos “CaoVida”, “Roldana - programa de capacitação da comunidade através da Intervenção com as famílias”, “RED+Ecosmile” e “Chat Analógico”.

Lino Ferreira afirmou ainda que se apresentaram a concurso “55 projectos, excedendo largamente as expectativas, o que levou a que se verificasse algum atraso no tempo previsto para análise, por parte do júri”.

O consultor da AMP para este concurso, Miguel Condesso, destacou hoje à Lusa o facto de o “Adaptable” nascer “de uma situação real do quotidiano” da autora Isabel Mendes, que tem uma deficiência física e aponta como um dos seus “grandes problemas o não ter o que vestir”.

Promovido pelo Centro de Inovação Social Metropolitano (CIS-M), este concurso de ideias teve como objetivo apoiar, acolher e desenvolver um projeto inovador que tivesse um “impacto social positivo e inclusivo”.

As candidaturas deveriam enquadrar-se “preferencialmente nas novas áreas de intervenção prioritária, consequentes do contexto macro económico e social”. Emprego, população sénior, cidadãos e famílias com necessidades específicas de funcionalidade, incapacidade e saúde, sem abrigo, alunos em risco de abandono, violência doméstica e novos fenómenos de pobreza foram áreas definidas.

O projecto vencedor será agora “incubado e apoiado no CIS-M, num dos seus polos de São João da Madeira ou de Santo Tirso, potenciando a captação do potencial criativo e empreendedor que traga respostas aos novos desafios na área social”.

O CIS-M nasceu na sequência do projecto de desenvolvimento para a área do empreendedorismo social da AMP, que arrancou em Janeiro. Cofinanciado pelo Programa Operacional do Norte - ON2, o projecto para a Promoção do Empreendedorismo e Inovação Social conta com a parceria da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto, do Instituto do Empreendedorismo Social e da Firstep.

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Crise acentuou inovação das micro e pequenas empresas rurais

A crise acentuou a dinâmica de inovação e de internacionalização das micro e pequenas empresas das áreas rurais, afirmou hoje a coordenadora do projeto Rur@l Inov, que está a ser desenvolvido pela Universidade de Vila Real.

  Lívia Madureira, que falava à margem de um workshop de divulgação do projeto, referiu que o estudo desenvolvido permite concluir que há cada vez mais inovação nestes meios rurais e que, muitas vezes, essa inovação passa também despercebida.

“A crise acentuou muito esta dinâmica de inovação e de internacionalização. As pessoas têm que sobreviver e é mais difícil de facto criar novos negócios que sejam sustentáveis”, salientou.
Neste workshop, que decorreu em Vila Real, foram também revelados alguns exemplos de empresas.
O responsável pela empresa Aromáticas Vivas, Alexis Simões, referiu que a “inovação vem da necessidade de ser melhor do que a concorrência”.

Neste sentido, a empresa, localizada em Viana do Castelo, implementou iluminação led que já permitiu reduzir, em dois anos, 20% do custo de eletricidade, bem como estufas em vidro, que permitiram também aumentar a eficiência energética.

Também em destaque neste encontro esteve o empreendimento turístico “Moinhos da Tia Antoninha”, no Douro Sul, que é completamente autónomo do ponto de vista energético, sendo a produção assegurada por um sistema hídrico solar e hídrico.

O Rur@l Inov é coordenado pela Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), em parceria com a Direção Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural (DGADR).
O projeto pretende conhecer e divulgar as inovações que são desenvolvidas e implementadas por diferentes tipos de organizações nas áreas rurais portuguesas, correspondentes a territórios de baixa densidade.

No âmbito deste trabalho foi efetuado um inquérito a 120 organizações de todo o país.
Lívia Madureira referiu que estudo destaca a diversidade das micro e pequenas empresas, em termos de dimensão, de produtos e serviços que são oferecidos, desde os hortofrutícolas, vinhos, azeites, sabonetes, turismo ou até mesmo caracóis.
Depois também se destaca a atitude empreendedora e a elevada qualificação dos empresários, que conseguem “recolher, mobilizar e integrar diferentes tipos de conhecimento”.

Fundação Luso premiou trabalho da Associação de Apicultores

A Associação dos Apicultores do Litoral Centro venceu a quinta edição do Prémio de Empreendedorismo da Fundação Luso.

Um prémio de sete mil euros, ontem entregue no Luso pelo presidente da fundação, Nuno Pinto de Magalhães numa cerimónia que contou com os presidentes da câmara da Mealhada, Carlos Cabral e da Associação Comercial e Industrial, Carlos Pinheiro.
O prémio visa “reconhecer os projetos empreendedores e inovadores já desenvolvidos, neste caso em 2012, no concelho da Mealhada, com implementação no Luso, potenciadores do desenvolvimento económico da região”.

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Projectos individuais de pequena dimensão podem criar emprego

A aposta em "projetos individuais de pequena dimensão" pode ser a solução para a criação de empregos nas cidades, defendeu hoje à Lusa o responsável pelo projeto "Europa para os Cidadãos".

O belga Marc Verachtert falava à margem da conferência "Projetos de emprego personalizados para cidades: oportunidades para o crescimento", que foi realizada na cidade da Covilhã e que contou com a presença de vários representantes de outros municípios europeus aderentes.
"Não temos soluções fixas e ainda estamos numa fase inicial, mas já conseguimos perceber que a aposta em empregos individuais que se afirmem no mercado local ou externo - por exemplo através da internet - pode ser uma das chaves que procuramos para a criação de empregos", afirmou.
Acrescentou que cada aposta deve ser autossuficiente e possível de concretizar numa estrutura pequena, nomeadamente em casa, para se obter poupança de recursos.
O responsável pelo projeto e também representante do município de Hasselt (Bélgica) deu como exemplo possível os artesãos, que podem fazer chegar as suas peças a todo mundo - "cada vez mais apreciadas por públicos com recursos financeiros" -, sem que tenham de sair de casa.
Sem esquecer que estava na Covilhã e tendo conhecimento que dentro de dias é inaugurado o novo Centro de Dados da PT, Marc Verachtert desmistificou a ideia de que se deve apostar em massa na formação na área das novas tecnologias, pois considera que "já há uma oferta superior às necessidades".
"Esses empregos estão garantidos. Todavia, temos um sem número de quadros qualificados prontos para preenche-los", fundamentou,
Este responsável prefere concentrar-se nas "outras oportunidades que surgem em paralelo" com empreendimentos deste grau de grandeza e aponta a possibilidade da criação de empregos através da prestação de serviços que tenham como objetivo "facilitar a vida" aos funcionários daquela ou de outras estruturas similares.
"Estou designadamente a pensar numa empresa de jardinagem, de limpezas, de realização de compras, de entregas ao domicílio, ou de ‘baby-sitting’, entre tantas outras que poderão dar resposta a necessidades que normalmente os quadros mais qualificados têm", especificou.

Startup Lisboa vence prémio de empreendedorismo

A Startup Lisboa e a iniciativa Portuguese Shoes são os vencedores da fase nacional dos Prémios Europeus de Promoção Empresarial 2013 e vão representar Portugal na competição europeia, que decorre em Novembro.
 
O IAPMEI apresentou, dia 18 de Setembro, em Lisboa, os resultados nacionais dos Prémios Europeus de Promoção Empresarial 2013, uma iniciativa lançada pela Comissão Europeia para distinguir as melhores práticas na promoção do empreendedorismo na Europa.

Na cerimónia de entrega dos prémios foram divulgados os projetos vencedores nas diferentes categorias a concurso, assim como os dois projetos eleitos pelo júri nacional para representar Portugal na final europeia dos European Enterprise Promotion Awards – EEPA 2013, que terá lugar em Novembro próximo, na Lituânia.

Em comunicado, o Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas e à Inovação (IAPMEI), que dinamiza os prémios em Portugal, confirma que "a incubadora Startup Lisboa e a iniciativa Portuguese Shoes, dois projetos emblemáticos e com resultados na promoção do empreendedorismo e da internacionalização do calçado português, foram as iniciativas escolhidas" para levar o nome de Portugal à final europeia.
 
Lançada em 2011 no âmbito de uma proposta aprovada no Orçamento Participativo de Lisboa, a primeira Startup Lisboa (na Rua da Prata) já criou já mais de 250 novos postos de trabalho e ajudou à criação e ao desenvolvimento de mais de 100 empresas, das quais 22 já saíram da incubadora e 15 já deram início ao processo de internacionalização.
 
Depois do sucesso alcançado com a primeira Startup Lisboa, na Rua da Prata, dirigida a soluções tecnológicas, a incubadora de empresas de Lisboa inaugurou, no final de 2012, um novo polo, na Rua Castilho, mais virado para projetos na área do comércio e serviços. O Boas Notícias é uma das empresas incubadas neste espaço.
 
Para além destes projetos, que venceram nas categorias ‘Promoção do espírito empreendedor’ e ‘Internacionalização das empresas’, foram distinguidos mais 10 projetos de Norte a Sul do país, nas diferentes categorias a concurso.
 
Portugal foi o país com mais candidatos

Portugal foi este ano o país que apresentou o maior número de projetos candidatos aos Prémios Europeus de Promoção Empresarial (European Enterprise Promotion Awards – EEPA), no conjunto dos 32 países participantes.
 
Com um total de 56 projetos a concurso, Portugal foi responsável pela mobilização do maior número de candidaturas à edição 2013 desta iniciativa europeia, seguido do Reino Unido, com 42 projetos, e da Alemanha, com 37.
 
O  IAPMEI afirma que esta adesão "revela o dinamismo dos agentes nacionais, regionais e locais, que atuam na promoção do empreendedorismo".

2º ROTEIRO DA INOVAÇÃO E EMPREENDEDORISMO SOCIAL

Realizou-se no passado dia 17 de Setembro de 2013 o 2º Roteiro da Inovação e Empreendedorismo Social, uma iniciativa integrada no programa de Empreendedorismo Social na Área Metropolitana do Porto (AMP) e organizada pelo IES – Instituto de Empreendedorismo Social.

O Roteiro da Inovação e Empreendedorismo Social levou os interlocutores das Redes Sociais dos 16 municípios da AMP a conhecer quatro Iniciativas com características de Inovação e Empreendedorismo Social:

Revista Cais, projeto conhecido pela venda da revista em algumas cidades do país por pessoas em situação de desemprego de longa duração, criado pela associação Cais tendo como inspiração a revista inglesa Big Issue;

Cais Recicla, projeto igualmente da associação Cais, de ecodesign e promoção das competências de empregabilidade, que transforma resíduos industriais em produtos muito atractivos, como colares, anéis, lápis ou cadernos, recorrendo ao auxilio de designers e dando oportunidades laborais a pessoas em desemprego de muito longa duração;

• “Mundo a Sorrir”, Associação de Médicos Dentistas Solidários Portugueses, que surge em Julho de 2005 para trabalhar no campo da saúde, nomeadamente na área da Saúde Oral, com o principal objetivo de promover o bem-estar das comunidades mais desfavorecidas, excluídas e marginalizadas em Portugal, Cabo Verde e S. Tomé e Príncipe;

Arrebita!Porto, projeto premiado pelo concurso FAZ - Ideias de Origem Portuguesa, de repovoamento e dinamização da cidade através da reabilitação de edifícios devolutos sem qualquer custo, contando para isso com o esforço conjunto de estudantes internacionais de arquitetura e engenharia (que fazem uma espécie de “Erasmus prático”), de empresas (que fornecem materiais de construção) e de entidades públicas (que asseguram a componente logística, como o alojamento dos estudantes).

Esta iniciativa constituiu uma oportunidade para os participantes aprofundarem o seu conhecimento sobre as fases de vida (ideia, piloto, crescimento e maturidade) da Inovação e Empreendedorismo Social, as dificuldades típicas deste tipo de iniciativas e as aprendizagens que os Empreendedores Sociais fizeram e fazem ao longo dos seus projetos e assumirem-se também como “embaixadores” destas iniciativas no seu dia-a-dia!

terça-feira, 24 de setembro de 2013

Fundação da Juventude apoia o empreendedorismo com visão ambiental

Até 15 de outubro, está a decorrer o concurso “Impulso Toyota ECOWORK”, com o apoio da Fundação da Juventude. O objetivo da iniciativa é promover ideias de negócio que incentivem os portugueses a criar o seu posto de trabalho na área ambiental. A proposta vencedora recebe €5000. Os participantes do concurso vão também ter direito a apoio técnico durante o desenvolvimento dos projetos.
O concurso surge numa altura em que as oportunidades de emprego são mais reduzidas, sendo por isso importante promover o espírito empreendedor e aliar esse espírito a uma conduta responsável, nomeadamente a nível do ambiente.
O concurso
A participação no concurso Impulso Toyota ECOWORK divide-se em 3 fases, ao longo das quais será prestado por parte da organização o apoio de aconselhamento e melhoria dos projetos a concurso.
A primeira fase – a de inscrição – termina no dia 15 de outubro. Nesta fase, o autor da ideia deve descrever em 140 caracteres o conceito do negócio, para além de outros campos de enquadramento da sua participação.

Após esta fase, segue-se uma triagem e seleção das ideias a concurso, onde os candidatos terão de preencher e submeter um modelo de plano de negócio e de marketing para avaliação do júri.
Já a última fase, que decorrerá de 16 de novembro a 15 de dezembro, vai contar com uma avaliação exaustiva por parte do júri dos 10 finalistas e promotores das melhores ideias de negócio sustentável.

Para além de receber €5000 para o arranque da atividade, o vencedor terá também acesso a instalações físicas para a fixação da sede da empresa durante 6 meses, assim como o acesso a condições especiais para aluguer de viaturas híbridas e empilhadores Toyota.

Todos os finalistas vão ter ainda a oportunidade de ver o seu projeto ser submetido para avaliação de Business Angels, habilitando-se a um maior apoio financeiro e de aconselhamento na gestão.

Cursos de Direito nos EUA agora formam empreendedores

No momento, um mal que está corroendo o prestígio das faculdades de Direito americanas é a quantidade de bacharéis que, em um período de nove meses após a formatura, não conseguem empregos. A causa do problema já foi diagnosticada há tempos: as escolas preparam mais "candidatos a emprego" do que o mercado de trabalho pode absorver. Um remédio indicado para curar o mal que aflige os bacharéis e as faculdades é formar advogados empreendedores, em vez de "candidatos a desemprego".
Muitas faculdades estão se empenhando seriamente para virar esse jogo. No lugar de algumas "clínicas" rápidas, que algumas faculdades ofereciam até agora, muitas delas decidiram oferecer disciplinas emprestadas do currículo das escolas de negócios ou de Administração. Em algumas escolas, os estudantes de Direito já podem fazer cursos de Finanças, Contabilidade, Administração, liderança e empreendedorismo.
Cursos de marketing e vendas também podem ser uma opção: nenhum profissional pode se sair bem se não souber promover ou "vender" seu trabalho, sua marca, seu nome ou sua firma. Competência profissional não é, definitivamente, o único requisito básico para o sucesso.
No entanto, a função maior dos cursos de negócios, entremeados nos cursos de Direito, é produzir bacharéis com mentalidade empresarial. "Nós vemos o empreendedorismo como uma forma de mentalidade, disse ao The National Law Journal o professor Brad Berntal, da Faculdade de Direito da Universidade do Colorado, uma das primeiras nos EUA a enfrentar o problema. "Para iniciar uma empresa, não é um fator indispensável ser um empresário. Mas uma mentalidade empreendedora é fundamental", ele afirma.
A ideia essencial é que os bacharéis deixem a faculdade com o mesmo espírito dos estudantes de negócios ou de Administração. Eles querem abrir seus próprios negócios e não se tornarem candidatos a emprego no mercado e se dedicar a disputar, a duras penas, as poucas vagas em oferta. Um emprego em uma banca bem-sucedida às vezes ajuda, mas só para ver como ela toca os seus negócios e aprender mais.
A formação de uma mentalidade empreendedora — que, por sinal, é um atributo que se desenvolve, não um dom de nascença — também pode ajudar muito os profissionais que pretendem se dedicar à advocacia empresarial.
A explicação é simples, disse ao jornal o diretor do Programa Zell de Empreendedorismo e Advocacia (ZEAL) da Faculdade de Direito da Universidade de Michigan. "Tradicionalmente, os advogados veem riscos como algo a ser eliminado ou minimizado. Essa abordagem não funciona no mundo dos negócios, principalmente entre os novos empreendimentos, onde a grande recompensa requer coragem de assumir riscos". Assim, um dos objetivos maiores é ensinar os estudantes de Direito a pensar sobre os riscos da mesma forma que os empresários o fazem.
Todos os cursos de negócios nos EUA ensinam que um dos requisitos básicos para se abrir uma empresa é contratar, imediatamente, um contador e um advogado. Mas há um temor generalizado de se discutir novos negócios com advogados. Já se sabe, desde logo, que eles vão apontar, basicamente, problemas. Pode ser desestimulante. Por isso, os advogados precisam encontrar um ponto de equilíbrio e mesmo aprender a discutir negócios com os empresários.
"Os advogados precisam deixar de ser máquinas mortíferas de ataques a negócios", diz o diretor.
Para ajudar nesse quesito, as faculdades estão colocando os estudantes de Direito para trabalhar com estudantes da escola de negócios ou de Administração, bem como com novos empreendedores de suas respectivas cidades, que querem abrir uma empresa. A ideia é transmitir uma visão jurídico-empresarial aos estudantes de negócios e empreendedores sobre os pontos de contato da lei com o empreendimento, como constituição da empresa, registro de marcas comerciais, contratos etc.
Os estudantes de Direito podem, em contrapartida, aprender como eles pensam, como falam, como se comportam, como veem o empreendimento e como fazem as coisas. Podem ainda conhecer suas expectativas e aprender como abordar possíveis problemas jurídicos de uma forma mais estimulante. E a estabelecer prioridades para questões jurídicas. Os estudantes formam relacionamentos e futuros clientes.
Por isso, esse aprendizado é extremamente útil para advogados que se preparam para abrir sua própria firma ou para fazer carreira solo. Mas também ajuda muito os futuros profissionais que pretendem buscar emprego em assessorias jurídicas de empresas ou de qualquer associação não governamental: eles estarão mais preparados para discutir com os empresários os negócios da empresa. Ou com os dirigentes de entidades, os seus empreendimentos.
"A reclamação clássica dos bacharéis em Direito sempre foi não entender nada de negócios. Mas isso está mudando", disse o diretor da ZEAL. A Faculdade de Direito de Michigan oferece, agora, 28 cursos de negócios, muitos dos quais envolvem simulações e treinamento prático de negociações. Um curso, para o qual a faculdade pretendia atrair 25 estudantes, recebeu 167 inscrições.
A prestigiosa Faculdade de Direito de Harvard começou a oferecer capital inicial para bacharéis que lançarem empreendimentos destinados a melhorar a sociedade.
Uma situação inesperada é que alguns estudantes se desgarram do curso de Direito para se enveredar nos negócios ou no sistema financeiro. Em Michigan, um estudante de Direito e um estudante de negócios se juntaram para lançar um bem-sucedido portal, do tipo mídia social, focado em casamentos. No Colorado, um estudante criou uma plataforma de blog para viajantes, que terminou comprado pela AOL.

O espírito empreendedor

O século XXI trouxe consigo muitos desafios económicos que colocaram o empreendedorismo no topo da agenda. A sua importância tem vindo a surgir como um tema central nas discussões sobre a recuperação das economias. Os empreendedores e os pequenos negócios ajudam a criar novos postos de trabalho e são os pioneiros de mudanças que ditam as novas leis do mercado.

Ser empreendedor é um desafio que muitos ambicionam, mas que poucos estão preparados para enfrentar.

 A travessia é feita de muitas hora de trabalho, de altos e baixos e do confronto com muitas situações limite do ponto de vista financeiro e emocional. É uma opção que exige uma grande dose de sacrifício pessoal. Só consegue fazer esta viagem quem for movido por um sonho.

 O que move o empreendedor não é o dinheiro; não pode ser, porque a caminhada é longa e as sementes que se plantam demoram tempo a dar frutos. É mais fácil a segurança de um ordenado ao final do mês. O que o move é a vontade de perseguir um sonho; de fazer a diferença. Por isso, são eles que mudam o rosto das economias e com isso o rosto do mundo.
Sem o espírito aventureiro dos empreendedores, o mundo seria um lugar diferente.

 Nos EUA, eles são assumidamente uma fonte significativa de empregabilidade. O ritmo e a velocidade a que, nesse país, nascem companhias inovadoras e com um crescimento rápido, é muito elevado, especialmente quando comparado com a realidade europeia.

 As razões da discrepância são várias e não se prendem apenas com a dimensão do mercado, até porque o mercado hoje é global. Atitude é a palavra mágica. O espírito empreendedor começa na liberdade para ousar, arriscar e errar. Nos EUA, os empreendedores são vistos como heróis que ousaram arriscar. Mesmo que falhem, merecem uma segunda e uma terceira oportunidade, até conseguirem. E são muitas as histórias de empresas globais que falharam no início e se reinventaram até encontrarem a fórmula correta. A estes empreendedores, o que lhes é dito é: "Sonha alto e não vaciles perante a adversidade".

Na Europa, e em Portugal, é mais assustador ousar e arriscar, porque aos empreendedores é-lhes pedido que sejam contidos nos seus sonhos e é-lhes apontada uma espada quando falham. Dificilmente lhes é dada uma segunda oportunidade.

Num cenário em que a capacidade da economia para gerar emprego jovem é cada vez menor, é vital mudar esta mentalidade, começando nas universidades. Falo por experiência própria, porque estou a montar um negócio que se pretende que tenha uma escala global, que está a ser lançado nos EUA e noutros países da Europa. Deste lado do Atlântico, puxam-me para trás pelo braço, sussurram-me ao ouvido que eu tenho de ser mais comedida nos meus sonhos e apontam-me uma lista exaustiva de tudo o que pode correr mal. Do outro lado do atlântico, seguram-me na mão e pedem-me para olhar para cima, para um mundo ilimitado de possibilidades. Dizem-me "Sonha alto. Continua a ser corajosa. Estamos aqui para encontrar soluções que te ajudem a lá chegar".

 E, quando algo não funciona, dizem-me "vamos tentar outra solução". É dessa força, que me põe a olhar para cima nos momentos de adversidade, que retiro energia para continuar. Eles venceram. Escolhi acreditar no impossível.

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Alfandega da Fé cria ninho de empresas que visa o empreendedorismo

A câmara municipal de Alfândega da Fé vai ampliar a zona industrial da vila e criar um ninho de empresas. São duas medidas para apoiar o empreendedorismo e a criação de emprego no concelho.
 Depois da ampliação da zona industrial, a autarquia vai vender os terrenos a preços reduzidos.
“Temos tido uma grande procura pela zona industrial desde que temos a ligação ao IC5 e por isso sentimos necessidade de a alargar. Já tínhamos os terrenos, mas temos de fazer as infraestruturas para vender os lotes”, refere a presidente da câmara.
Berta Nunes revela que vai ser criado um ninho de empresas para apoiar os empreendedores que queiram iniciar um negócio e não tenham um espaço.
“É para instalar empresas que queiram iniciar a sua atividade que tenham dificuldades em pagar uma renda alta, numa fase inicial de instalação”, explica. “Podem instalar-se nesse edifício durante algum tempo até a empresa estar consolidada e ter a capacidade de encontrar outro local para continuar o seu negócio”, acrescenta. Mas os apoios da autarquia para o empreendedorismo não se ficam por aqui.
“O nosso objetivo é fazer um regulamento para dar um apoio inicial de mil euros aos projetos que tiverem maior viabilidade”, adianta Berta Nunes. Além disso o município também pondera reduzir as taxas municipais para as empresas que venham a instalar-se na zona industrial. “Principalmente durante o primeiro ano, para as empresas que estiverem a iniciar o seu funcionamento podemos reduzir as taxas da água e resíduos”, conclui.
O projeto para a ampliação da zona industrial e a construção do ninho de empresas vai ser candidatado ao próximo Quadro Comunitário de Apoio e representa um investimento de mais de um milhão de euros.

A lógica do empreendedorismo

Não existe lógica na arte de empreender. O que existe é uma sucessão de escolhas e consequências, portanto, não há segredos. Não ciência nem arte, apenas um prática consistente.

Peter Drucker costumava dizer que empreender não é ciência nem arte, apenas uma prática. De fato, ao ler a história de empreendedores de sucesso, descobre-se que uma boa parte deles não tinha a menor ideia de onde queriam chegar. Sua única certeza era o fato de que queriam empreender de qualquer forma.
Se você leu o clássico Feitas para Durar, de James Collins e Jerry Porras, vai lembrar que das 100 empresas pesquisadas no livro, somente três iniciaram com uma ideia grandiosa: Ford, General Electric (GE) e Johnson & Johnson.
As demais empresas, portanto, 97% delas, segundo os autores, foram iniciadas por muitos empreendedores rotulados como péssimos líderes e desprovidos de qualquer senso de planejamento e gestão. Alguns eram “fora da casinha”.
Era o caso de Soichiro Honda, por exemplo, um obstinado, porém um líder de difícil relacionamento, e de Bill Hewlett e Dave Packard, fundadores da HP que iniciaram a empresa sem saber o que ela faria.

A despeito de todas as dificuldades existentes ao longo do caminho, a maioria prosperou, diferente de muitos outros que iniciaram com uma boa ideia, de maneira planejada e os quais, num primeiro momento, sabiam onde queriam chegar.
Era o caso da Texas Instruments, cujas raízes eram fundamentadas num conceito muito bem-sucedido, formada para explorar uma oportunidade tecnológica e mercadológica específica na época, portanto, uma excelente ideia na época.
Com exceção das três primeiras empresas citadas, as demais empresas foram construídas por empreendedores com uma característica imprescindível para quem deseja prosperar no mundo dos
negócios: disciplina.

Por experiência, posso afirmar que a maioria dos empreendedores, salvo casos raros como Steve Jobs (Apple) ou Dean Kamen (Segway), não nascem com nada especial ou diferente das demais pessoas. O fato é que, além da disciplina, a maioria deles é dotada de uma capacidade inquestionável de pensar em produtos e serviços que mudam a vida das pessoas ao redor do mundo.

Quantos empreendedores bem-sucedidos você conhece? Selecione e tente avaliar a sua trajetória de sucesso. A maioria começou sem capital, sem projeto, sem produto ou serviço bem definido, a ponto de a gente se perguntar: como é esse cara conseguiu chegar aonde chegou?
Por tudo isso, não há como discordar de Peter Drucker. Tem muito a ver com disciplina, força de vontade e persistência.  O empreendedorismo não segue as regras tradicionais de ensino. Tem a ver com a prática.
A lógica de empreender é que não há lógica a ser seguida. A lógica fica por conta do “se”, ou seja, se você planejar, se você persistir, se você estudar, se você tiver foco, se você tiver sorte e assim por diante. Como diria Jeffrey Timmons, estudioso do assunto, o segredo é que não há segredos.
Dessa forma, o empreendedorismo deve ser visto e pensado como uma disciplina. Pode até ser ensinado nas escolas, mas nunca será bem-sucedido se não houver aprendizado de fato, por meio de erros e acertos, escolhas e consequências. Nesse caso, não existe garantia de sucesso.

Nesse sentido, o conselho de Raúl Candeloro foi uma benção para mim: “pare de falar de empreendedorismo e comece a praticar o que você diz nas aulas, nos artigos e também nas palestras”.
Aos 50 anos de idade, estou fazendo o que já deveria ter feito há quase dez anos, ao ser demitido de uma grande empresa. De certa forma, estou empurrando a minha vaquinha morro abaixo para enfrentar um novo desafio, sem a menor certeza de que vai dar certo e com a enorme esperança de que vai dar certo.

Pense nisso e empreenda mais e melhor!

Miranda do Douro: Associação promove curso de empreendedorismo para mulheres

A Associação Cultural e Desportiva de Atenor (ACDA), no concelho de Miranda do Douro está a promover um concurso de empreendedorismo no feminino, “único em todo o distrito de Bragança”, destinado a 15 mulheres do planalto mirandês.
Segundo o dirigente da ACDA Moisés Esteves, na região existem muitas mulheres com potencial e ideias de negócio, mas a quem “faltava qualquer coisa para dar andamento ao projeto de cada” e este curso vem preencher algumas lacunas e ajudar criar projetos empreendedores no feminino.
Atenor foi assim a única aldeia do distrito de Bragança ser contemplada com um fundo de 75 mil euros, proveniente da União Europeia, para implementação de um curso de empreendedorismo feminino no âmbito da cidadania e igualdade de géneros. “Os únicos requisitos para frequentar o curso de empreendedorismo é ser mulher e ter qualidades de empreendedora”, referiu Moisés Esteves.
Agora, cada uma das formandas será apoiada com cerca de cinco mil euros para dar início ao seu negócio, caso o mesmo seja aprovado e as ideias não faltam. “Estou desempregada há dois anos e faço trabalhos manuais que vendo porta a porta, mas faltava-me potencial económico para fazer investimento nos materiais. Este curso tornou-se ouro sobre azul para desenvolver os meus projetos, já que não é fácil a uma mulher arranjar emprego aos 50 anos de idade”, disse à Lusa Isabel Rúpio, uma das formandas.
Já Albertina Fernandes contou que resolveu aceitar o projeto para criar uma unidade onde se vai dedicar, aos fins de semana a confecionar pão caseiro.
“Com estes cinco mil euros vou ter a hipótese de construir o meu próprio forno, para dar andamento ao meu trabalho e criar assim um nicho de mercado na aldeia”, frisou a formanda.
Trabalhos manuais, projetos nas áreas da cosmética ou da fotografia ou fabrico de produtos através de recursos endógenos são outras ideias que movem mulheres de Atenor.
“Este curso vai permitir colocar 15 mulheres no mercado de trabalho, ou incentiva-las à criação dos seus posto de trabalho. Estamos convencidos de que vamos conseguir atrair novos projetos para a aldeia”, frisou Moisés Esteves.
Os responsáveis pela ACDA acreditam que este curso poderá ser um impulso para a economia local, numa região deprimida onde aparecem “poucas oportunidades para a criação de pequenas empresas”.

Veja 7 maneiras para empreender melhor nas redes sociais

Alguns empreendedores têm dúvidas de como promover sua empresa nas redes sociais. O Facebook, Twitter, Google+ e outros sites similares são excelentes para alavancar negócios, mas, é preciso ter foco e objetivo definidos para alcançar resultados. A maneira como os clientes se relacionam com uma marca nas redes merece atenção e cuidado. Confira abaixo sete dicas valiosas, fornecida por especialistas à Exame, que vão te ajudar a obter sucesso nos canais de comunicação.

Não ignore comentários
As redes sociais são espaços de diálogos, por isso é importante estimular a participação e, obviamente, responder aos questionamentos dos usuários. A principal vantagem é ter acesso às críticas e elogios sobre a empresa que não chegariam de forma tão sincera por outros meios. Para Alexandre Suguimoto, presidente da APADi (Associação Paulista das Agências Digitais), se abrir um canal de comunicação esteja preparado para atendê-lo. Caso contrário é melhor nem criar uma conta.

Defina onde quer estar
Para Grazielle Mendes Rangel, consultora de inovação digital e coordenadora do curso de Inovação Digital, Planejamento e Estratégia em Redes Sociais do Ibmec/MG, o perfil do consumidor da marca é que vai ajudar o empreendedor a escolher a melhor rede para atuar. O Pinterest, por exemplo, pode ser interessante para empresas que tenham boas fotos de produtos. O presidente da APADi ainda sugere avaliar os sites como se fossem vitrines, e criar contas com nome da empresa para garantir a conta, mesmo que não sejam usadas no futuro.

Produza conteúdo correto
As redes sociais são espaços para conteúdos diferentes e não campanhas tradicionais de marketing. O ideal, segundo a coordenadora da Ibmec/MG, é produzir conteúdos que tenham a ver com a marca. Saiba quem é o publico, que tipo de informação é relevante para ele e quais são os valores da empresa. Com estes aspectos definidos, publique temas de interesse do consumidor, e se certifique de que as imagens e textos usados não tenham direitos autorais. Caso contrário, o post pode ser removido da página.

Foco no planejamento
Para um dono de uma pequena empresa, montar uma equipe para se dedicar ao gerenciamento das redes sociais pode não ser viável. Mas, ter planejamento e acompanhamento é indispensável. "É um espaço para desenvolver os produtos e monitorar a concorrência. O que acontece nas redes tem que fazer parte da reunião de pauta das decisões estratégicas", afirma Grazielle.

Tenha consistência
Muitas vezes as empresas começam empolgadas nas redes sociais e depois perdem a freqüência de posts. Isso é muito ruim, pois limita a criação de um relacionamento contínuo com os consumidores. Os posts precisam de consistência: nem o excesso e muito menos a escassez são permitidos.

Crie regras de conduta
Mensagens desrespeitosas, xingamentos e palavrões são comuns em reclamações de consumidores. O recomendável é criar uma política de utilização da página, informando aos usuários que mensagens com esse tipo de conteúdo não serão aceitas.

Integre as redes com os outros canais da empresa
Ter bastante conteúdo nas redes sociais pode ser bom e valorizar a marca, mas não deve ser o único foco do empresário. Não é bom apostar tudo nas redes sociais e substituir até mesmo o site da empresa por uma página no Facebook, por exemplo. De acordo com Grazielle, é importante que exista um alinhamento entre os canais e que cada um tenha um planejamento e papel diferentes, porém, complementares.

REGIÃO – CIMPIN promove ciclo de Workshops

A Comunidade Intermunicipal do Pinhal Interior Norte, no âmbito do projeto Empreendedorismo de Base Local, vai realizar quatro workshops, sobre “medidas e modos de financiamento”, entre os dias 4 e 12 de setembro.

Esta iniciativa tem como principal objetivo esclarecer os empresários e potenciais empreendedores, sobre a melhor forma de apresentar um projeto de negócio, bem como os modos e medidas de financiamento do mesmo.

De acordo com o programa, no dia 5 de setembro participa o concelho de Figueiró dos Vinhos e dia 12 de setembro, os concelhos de Castanheira de Pera, Pampilhosa da Serra e Pedrógão Grande.
Este ciclo vai realizar-se entre as 17:30 e as 22:00. As inscrições são gratuitas e devem ser feitas nos Gabinetes de Apoio ao Empreendedor dos respetivos municípios.

Até dezembro estão ainda previstas diversas iniciativas, nomeadamente três workshops financeiros de capacitação/formação de técnicos (temas: Marketing; Plano Financeiro e Características do Empreendedor), uma sessão de dois dias, de capacitação/formação para empreendedores, um seminário temático denominado “Ambiente e Floresta” e 14 workshops (um por município), que pretendem dotar os participantes de noções financeiras básicas.

O projeto de Empreendedorismo de Base Local do Pinhal Interior Norte, cofinanciado pelo Programa Operacional Regional do Centro (QREN), integra várias ações, muitas já concretizadas, entre as quais o “Concurso de Ideias de Negócio para Escolas”, “PIN Inspiring Innovation - Concurso para Empreendedores”, seminários, a exposição “Empreender no Pinhal Interior Norte” e diversos workshops no sentido de capacitar tecnicamente os Gabinetes de Apoio ao Empreendedor, em cada município.

domingo, 25 de agosto de 2013

Empreendedorismo em Silicon Valley

Arranca em setembro o curso Silicon Valley Entrepreneurial Program, uma iniciativa do ISEG/Idefe em parceria com a Universidade de São Francisco, nos Estados Unidos.

O Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG/Idefe) em parceria com a Universidade de São Francisco (USF) nos EUA, estão este ano a organizar pela primeira vez um curso de empreendedorismo intitulado Silicon Valley Entrepreneurial Program. Esta formação vai ser ministrada dois países e visa auxiliar portugueses que queiram avançar com a criação de um negócio próprio.
Ana Venâncio, professora auxiliar do ISEG conta que “o curso visa ajudar empreendedores, empresários e executivos a reconhecerem e a quantificarem oportunidades de negócio e a desenvolverem e a estruturarem essas oportunidades em novas start-ups/spin-offs de sucesso”. Os participantes desta formação que se realiza de 10 de Setembro a 4 de outubro vão adquirir conhecimentos analíticos de como identificar oportunidades de negócio, de como priorizar e avaliar essas mesmas oportunidades, vão aprender a definir estratégias de marketing mais eficazes para concretizarem a primeira venda e de como vender projetos e ideias a investidores, parceiros e outros stakeholders.

Durante a formação e nos EUA, os alunos “vão ter acesso ao ecossistema único de Silicon Valley e aí terão a oportunidade de interagir com empreendedores e fundadores de start-ups e venture capitalists que lançaram empresas como a Google e o linkedin. Pretende-se que os participantes fiquem a conhecer na primeira pessoa quais os segredos do sucesso dos empreendedores em Silicon Valley”, frisa Ana Venâncio.

Com uma componente teórica e outra prática, o curso culmina com a apresentação do business plan a um painel de potenciais investidores, permitindo aos alunos desenvolverem o documento base para lançarem a sua própria empresa no dia seguinte e eventualmente angariar o capital necessário. “Os participantes beneficiam de módulos leccionados no ISEG e na USF e inclui visitas a start-ups tecnológicas em Silicon Valley. As aulas, workshops, case-studies, simulações, sessões conjuntas com alunos do MBA e da USF e do ISEG oferecem um currículo dinâmico focado no empreendedorismo e inovação”, acrescenta a docente. Acredita que esta é uma experiência única de partilha e de desenvolvimento de conhecimentos orientados para a criação de empresas e para a inovação.

A ideia de criar a primeira edição deste curso resultou do feedback positivo que o ISEG obteve dos seus alunos de MBA que passaram por programas semelhantes. “Após integrarem estes programas, todos os alunos pretendiam lançar o seu próprio negócio e muitos deles arriscaram e são recentemente empreendedores de sucesso”, finaliza Ana Venâncio. 

EMPREENDEDORISMO NÃO ABRANDA EM PORTUGAL APESAR DA CRISE

A percentagem de empreendedores em Portugal manteve-se estável em 2012, apesar da recessão económica. Dados de um estudo sobre empreendedorismo, realizado em 69 países, apresentado no ISCTE-IUL, durante uma conferência internacional sobre esta temática.

O agravamento da situação económica, financeira e social do país não travou a atividade empreendedora em Portugal entre 2011 e 2012. 

Em cada 100 portugueses, 7 ou 8 são empreendedores, revela um estudo sobre empreendedorismo realizado em 69 países, apresentado no ISCTE-IUL, por ocasião de uma conferência internacional sobre a temática. 

A taxa que mede a percentagem de empreendedores com funções em startups ou novos negócios, cresceu ligeiramente em 2012, situando-se nos 7,7%. Os mais empreendedores são jovens, entre os 25 e os 34 anos. Os homens destacam-se no mundo dos negócios, com 9,2% envolvidos na gestão de novos negócios, enquanto 6,1% são mulheres. 

A oportunidade de negócio motivou a maioria dos inquiridos no estudo a avançar por conta própria (58,3%), seguido da necessidade (26,2%) ou ambas (15,6%).

Em Portugal, as maiores apostas recaem nos negócios direcionados para o consumidor final (44,9%), no setor da transformação (26,2%) e na prestação de serviços a outras empresas (23,8%). 

No universo do GEM - Global Entrepreneurship Monitor, um projeto global que monitoriza anualmente a atividade empreendedora em vários países, Portugal ocupa a 44ª posição entre os 69 países analisados. O país surge ainda na sétima posição entre as 24 economias vocacionadas para a inovação, estando mesmo acima da média desses países. 

O GEM Portugal 2012 envolveu dois ml inquiridos, entre os 18 e os 64 anos, residentes no país, e consultou ainda 38 especialistas portugueses ligados ao empreendedorismo, entre os quais líderes do sistema financeiro, responsáveis governamentais, membros do sistema de ensino e empreendedores de renome.

Os especialistas portugueses inquiridos apontam como fatores positivos para empreender no país, o acesso às infraestruturas disponíveis e os serviços profissionais aí prestados. Entre as principais dificuldades estão o excesso de burocracia e carga fiscal e a cultura nacional pouco orientada para o empreendedorismo, afirmam no estudo. 

Dados conhecidos na Conferência Anual da Entrepreneurship Summer University (ESU), que reúne cerca de uma centena de estudantes de doutoramento, investigadores e docentes dos 24 países que integram a European University Network on Entrepreneurship. O evento, a decorrer pela primeira vez em Portugal, termina hoje no ISCTE-IUL. 

Lisboa vai acolher festival para "start-up" tecnológicas em novembro

O empreendedorismo tecnológico é fundamental para Portugal "dar a volta à situação económica atual", disse à Lusa André Marquet, organizador do evento para empreendedores Explorers Festival, que se realiza em Lisboa em novembro.
"As gerações de agora procuram mais do que um emprego de oito horas. Eles querem um trabalho estimulante e com que se identifiquem", frisou Marquet, explicando assim a longa série de iniciativas relacionadas com o empreendedorismo realizadas em Lisboa nos últimos meses.

"Este é um caminho no qual ainda estamos a dar os primeiros passos", acrescentou, atribuindo a atual `febre` do empreendedorismo ao facto de "muita gente não ter emprego na economia tradicional".
O festival visa prover com ferramentas práticas os empreendedores e responsáveis de `start-up` [novas empresas], conetando-os também com investidores que os ajudem a lançar os seus projetos.
Marquet afirmou que em Portugal há "imenso espaço para crescer", mesmo que as `start-up` ainda tenham "pouco peso na economia" do país.

O Explorers Festival visa "apanhar várias áreas" do empreendedorismo, incluindo o social, embora a tecnologia esteja priorizada na `Toolbox`, a segunda fase do evento, na qual serão reunidos "especialistas em ferramentas para `start-up`" como gestores, designers e engenheiros.

Segundo estudo divulgado pelo ISCTE - Instituto Universitário de Lisboa na semana passada, a proporção de empreendedores em Portugal mantém-se estável, apesar da crise económica, com uma percentagem de 7,7% de adultos envolvidos em `start-ups`.

A taxa TEA, que mede a percentagem de adultos envolvidos em `start-ups`, cresceu em Portugal em 2012 de forma ligeira face a 2011 (7,5%), ocupando o 44º posto do universo do estudo GEM 2012, que agrupa 69 países, e é a 7ª maior entre as 24 economias participantes orientadas para a inovação, ficando 0,6 pontos percentuais acima da média desses países.
A faixa etária dos 25 aos 34 anos é a que reúne mais empreendedores entre os portugueses, sendo que a taxa TEA nessa categoria é de 10,6%.
O número de portugueses envolvidos na gestão de novos negócios corresponde a 9,2% da população adulta masculina, enquanto 6,1% são mulheres.

Em Portugal, os empreendedores concentram-se em 44,9% no setor que inclui os negócios direcionados para o consumidor final, em 26,2% no setor da transformação e finalmente em 23,8% na prestação de serviços a outras empresas.

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Coimbra acolhe projeto que acelera empreendedorismo

O Startup Pirates é um programa de aceleração de empreendedores em potência com a duração de uma semana onde através da combinação de conceitos teóricos, aplicação prática, apoio de mentores e desenvolvimento de ideias, se apoiam pessoas na estruturação e desenvolvimento das suas ideias de negócio para que ganhem maturidade e possam crescer. Para além deste processo, as equipas têm ainda a possibilidade de ganhar prémios.
O projeto tem crescido em Portugal e no estrangeiro e tem-se distinguido pelos resultados alcançados até à data. Ou seja: 13 eventos ocorridos em quatro países europeus, 25 projetos nascidos, 20 postos de trabalho criados.

ABERTAS AS CANDIDATURAS PARA MAIS UMA FASE DO PASSAPORTE PARA O EMPREENDEDORISMO

O Passaporte para o Empreendedorismo está a aceitar movas candidaturas de jovens que precisam de apoio para desenvolver uma ideia de negócio. Já foram aprovadas 449 bolsas no âmbito do programa de incentivo ao empreendedorismo.

Decorrem até 15 de setembro as inscrições para a sexta fase do programa de incentivo do Governo ao desenvolvimento de ideias de negócio Passaporte para o Empreendedorismo.

Podem concorrer jovens até aos 30 anos, licenciados há menos de três anos ou inscritos nos centros de emprego há mais de quatro meses, ou até aos 34, com mestrado ou doutoramento.

O programa de apoio ao empreendedorismo atribui uma bolsa mensal de 691 euros, pelo período entre quatro meses a um ano. 

Esta é a penúltima fase do programa, cujo período de candidaturas termina no final do ano. Os resultados da fase 5 são conhecidos em breve. Nas fases anteriores do programa foram aprovadas 449 bolsas e 256 projetos. 

O Passaporte para o Empreendedorismo é uma iniciativa do Governo, inserida no Programa +E+I.

sábado, 10 de agosto de 2013

ESTUDANTES COM PERFIL EMPREENDEDOR ESTÃO LIGADOS AO ASSOCIATIVISMO E TRABALHAM NAS FÉRIAS


Um estudo da Universidade de Coimbra sobre o perfil empreendedor dos estudantes de Ensino Superior da região revela que face ao aluno «comum», estes são, em média, 7 anos mais velhos, e estão envolvidos em vários projetos extracurriculares. 

É homem, tem mais de 26 anos e frequenta cursos com maiores habilitações académicas. É este o perfil do estudante empreendedor traçado pela Universidade de Coimbra, num estudo que avaliou o espírito empreendedor dos estudantes de Ensino Superior de Coimbra e o impacto das escolas no fomento do empreendedorismo e da inovação.

Os estudantes com perfil empreendedor estão ligados a órgãos de gestão associativos ou a atividades culturais e apresentam também uma maior apetência para trabalhar nas férias de verão. Mostram ainda uma maior tolerância ao risco e ao falhanço do que os estudantes comuns, revela o estudo que envolveu 1.764 estudantes de Ensino Superior da região de Coimbra - Universidade de Coimbra, institutos politécnicos de Coimbra e de Leiria.

47% dos estudantes inquiridos querem trabalhar por conta própria, tendo como principal motivação a realização pessoal, ainda que tenham receio da incerteza dos rendimentos (62%) e da atual conjuntura económica (61%). Os trabalhadores-estudantes são os que mostram menos receio em criar o próprio emprego do que a média dos estudantes. 
 
Se a opção for trabalhar por conta de outrem, a Sonae reúne a preferência de 20,5% dos inquiridos, seguida da EDP (7,4%). Por isso, quando se fala em empreendedores de referência o patrão da Sonae, Belmiro de Azevedo, surge no topo, a par de nomes como Rui Nabeiro e Soares dos Santos.
 
Os estudantes com potencial empreendedor são mais entusiastas pela inovação tecnológica e mais exigentes com as escolas no fomento de uma cultura empreendedora. 

O estudo, financiado pelo QREN no âmbito do Mais Centro - Programa Operacional Regional do Centro, foi realizado ao longo do último ano letivo pela Divisão de Inovação e Transferências do Saber da Universidade de Coimbra, no âmbito do Inov C, um programa estratégico com a duração de quatro anos que pretende consolidar o ecossistema de inovação na região Centro. 
       

Funcionário empreendedor é o perfil mais procurado pelas empresas

Concorrência acirrada e produtos similares no mercado fazem desse profissional o grande diferencial das organizações

 O conceito de empreendedorismo não é apenas relacionado a uma pessoa ou um grupo de pessoas capacitadas para montar o seu próprio negócio. A busca pelo crescimento profissional dentro da empresa e a vontade de ter seu trabalho valorizado desperta em muitos funcionários o lado empreendedor. E um estudo da escola de negócios IDCE (Instituto de Desenvolvimento de Conteúdo para Executivos) com 50 executivos de Recursos Humanos mostra que as organizações que buscam desenvolvimento e crescimento nos negócios procuram um novo perfil de funcionário e incentivam internamente os profissionais a empreender, com o intuito de adquirir diferenciais competitivos no mercado. 

Em um momento onde a concorrência é grande em todos os segmentos de negócios e, principalmente, pela similaridade entre produtos e serviços oferecidos, o empreendedorismo dentro da empresa ganha espaço como forma de inovação que vai desde a melhoria de processos internos até a implementação de grandes projetos. “Este é o diferencial que as empresas buscam hoje em dia, pessoas que façam a diferença”, afirma Fabricio Barbirato, diretor-executivo do IDCE.

O levantamento do IDCE ouviu dos responsáveis pela contratação e gerenciamento de recursos humanos das empresas o que as organizações valorizam hoje no profissional. “As características requeridas ajudam no crescimento da empresa como um todo”, comenta Barbirato.  Além do conhecimento e competência técnica desejável para a vaga, o candidato deve ter um conjunto de características que contemplem pró-atividade, comprometimento, visão para ir além de suas obrigações e criatividade. Sendo que esta última não é sinônimo apenas boas ideias: é preciso organizá-las e saber estruturá-las para colocar em prática. Para Barbirato, essa é uma das soluções para um cenário recorrente nas empresas: concorrência entre marcas.

Segundo ele, esse perfil, batizado de funcionário empreendedor, denota o profissional que trabalha para o crescimento da empresa como se fosse seu próprio patrimônio. “No âmbito geral, ele tem uma percepção holística da empresa, conhece sua visão e missão, sabe seus objetivos, seus portfólio de produtos, clientes e serviços, conhece sua atuação no mundo e quem são seus concorrentes. Na esfera específica da atividade dele, procura fazer tudo que a empresa determina e sempre tenta trazer algo novo, e o mais importante, procura entender onde o trabalho dele impacta no resultado comercial e financeiro da empresa. Tratam-se de duas esferas complementares, pois se o profissional conhece a empresa que trabalha e seu segmento, consegue criar soluções com mais facilidade para melhorar o seu desempenho e o da organização”, elucida.

Barbirato lembra que a preocupação das empresas atualmente em profissionais com versatilidade, personalidade, atitude e a capacidade de resolver e mostrar soluções para os problemas é tão desejada quanto as competências técnicas específicas. Apresentar essas virtudes já pode ser considerado um grande diferencial. “As empresas se adaptam às necessidades do mercado. Algumas exigências cobradas antigamente não valem para hoje. Constatamos no estudo que apenas 12% das empresas entrevistadas estão preocupadas somente com uma formação tradicional de seus funcionários. Todo o restante não quer apenas saber se o empregado cursou ou não uma universidade renomada, mas buscam também ver a personalidade e versatilidade dos profissionais e, principalmente, a capacidade de entrega. Eles são, normalmente, os responsáveis pelo crescimento da empresa”, comenta. 

Mas um profissional arrojado e empreendedor precisa ter sinal verde para iniciar projetos e propor soluções para os problemas. Um entrave frequentemente encontrado é o fato de que as empresas, principalmente as gigantes, possuem um modelo de processos tão enraizado que restringe os funcionários a simples cumpridores de tarefas, sem espaço para crescer e inovar. Normalmente, estas organizações podem perder espaço para a concorrência. Para evitar que isso aconteça, Fabrício Barbirato afirma que a direção da empresa deve trabalhar de forma a propiciar um ambiente favorável ao surgimento do funcionário empreendedor:

 - Mostrar os resultados da empresa de maneira transparente, manter informações táticas ao alcance de todos, ter clareza na descrição de cargo de cada profissional, dar liberdade para a inovação e orientar os gestores a serem flexíveis a este tipo de profissional são algumas das medidas que as empresas podem tomar e obter muitos resultados, uma vez que a criação de um cenário favorável para esse perfil de funcionário pode revelar novos talentos.

 Em empresas mais flexíveis, é importante, porém, que os gestores entendam o conceito do funcionário empreendedor para evitar insegurança e desentendimentos. Isso porque, na opinião de 56% dos executivos abordados no estudo, um funcionário que se destaca dos demais pela inovação e resultados, ainda é encarado como uma ameaça ao cargo gerencial. Barbirato esclarece que, antes de tudo, será o superior direto desse funcionário que vai colher os frutos dos resultados obtidos pelo profissional. “Os resultados positivos serão principalmente da equipe capitaneada pelo gestor”, pontua Barbirato, ressaltando que o funcionário que deseja empreender dentro da própria empresa e ser reconhecido precisa ser realista e criar ações concretas, pois ser confundindo com um sonhador vai encurtar a sua passagem em qualquer empresa moderna.

 Algumas dicas para empreender no ambiente de trabalho

 - Conhecer a empresa, seus resultados financeiros, seus produtos, mercado em que atua, clientes e concorrentes.
- Ter clareza na descrição de suas funções e entregar tudo que a empresa espera. Somente depois pensar em inovar.
- Saber onde o seu trabalho pode impactar positiva ou negativamente nos resultados comerciais e financeiros da empresa. E fazer tudo para melhorar.
- Empreender não significa necessariamente ter uma ideia mirabolante. Ajustes em processos, redução de custo e aumento de produtividade são fatores que, em conjunto, melhoram a performance da empresa.
- Se tem vontade de propor um projeto, teste-o antes e saiba a melhor hora de apresentá-lo. Sua credibilidade aumenta com projetos que são efetivamente implementados.

Empreendedorismo: ‘Quem se importa’ com o mundo é a proposta da Cativar’te

Transformar e melhorar o mundo através da troca de ideias é o objetivo das sessões de empreendedorismo social que o Grupo de Jovens da Comunidade do Monte Pedral do Porto vai realizar em setembro.
O Grupo de Jovens da Comunidade do Monte Pedra (Cativar’te), da paróquia do Carvalhido, no Porto, organiza nos dias 21 e 28 de setembro, com o apoio da Fundação EDP, duas sessões de empreendedorismo social no seu auditório.
A partir das 21h30, visualizam o filme ‘Quem se importa’ para “criar momentos de diálogo, inspiração e partilha de vidas, experiencias, ideias e projetos”, revela a organização no comunicado enviado à Agência ECCLESIA.
As sessões gratuitas são dirigidas a “pessoas com mais de 15 anos” e com estes debates pretendem potenciar projetos de empreendedorismo social para que cada um possa “transformar, para melhor, o mundo” de todos.
A Cativar’te informa, ainda, que os lugares no auditório são limitados e é necessária a inscrição, com os dados pessoais, até ao dia 15 de setembro (ajudarfazbem2013@gmail.com).

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

SERTÃ - "MIssão Empreendedora"

Os alunos vencedores da Fase Municipal do Concurso de Ideias, realizada na Sertã a 14 de maio, participaram numa missão empreendedora em Lisboa nos dias 29 e 30 de julho. Esta experiência constituiu o prémio ganho na Fase Municipal por alunos do Agrupamento de Escolas da Sertã, da Escola Tecnológica e Profissional da Sertã e do Instituto Vaz Serra. Aqueles alunos tiveram a possibilidade de contactar com o que de melhor está a ser feito em Portugal no âmbito da promoção do empreendedorismo, além de poderem explorar a componente lúdica e cultural da cidade de Lisboa.
Assim, os alunos visitaram a Start Up Lisboa, uma incubadora de empresas que tem apoiado muitos empreendedores e projetos empresariais, onde tiveram oportunidade de contactar diretamente com alguns empreendedores.
Seguiu-se a visita ao Lx Factory, um antigo espaço industrial da cidade de Lisboa e que nos últimos anos se tem afirmado como pólo dinamizador de novos projetos culturais, artísticos e empresariais. Neste grande espaço, os alunos visitaram diferentes projetos, espaços e lojas, bem como uma visita guiada a um espaço de cowork.
No âmbito cultural, visitaram a exposição de Joana Vasconcelos, patente num dos espaços mais emblemáticos de Lisboa: o Palácio Nacional da Ajuda. À noite, foram conhecer o novo conceito de cinema em Portugal, que estreou há poucas semanas, o IMAX, no Centro Comercial Colombo. Além de uma tela de dimensões consideráveis, aquela tecnologia possui ainda imagem e som de alta definição.
A Missão Empreendedora pela cidade de Lisboa incluiu ainda uma visita ao Económico TV. Trata-se de um canal de televisão por cabo especializado nas questões económicas, onde os alunos contactaram com a equipa daquele canal, visitando a régie e os estúdios, tendo acompanhado em direto um dos telejornais diários.
Antes de regresso à Sertã passearam pelo Parque das Nações e foram ao Oceanário de Lisboa. Foram dois dias de grande atividade na capital, em que os alunos ficaram a par daquilo que poderão ser apoios reais para os seus projetos empreendedores futuros.

Câmara Municipal de Gondomar promoveu uma sessão de Empreendedorismo Social

Fernando Paulo, Vereador do Pelouro de Ação Social da Câmara Municipal de Gondomar, defendeu a importância do empreendedorismo como “solução complementar para garantir a sustentabilidade de algumas instituições, não ficando estas exclusivamente dependentes do Estado (quer central, quer local)”.
A Câmara Municipal de Gondomar foi a primeira autarquia a responder ao desafio da Área Metropolitana do Porto (para a promoção e debate do empreendedorismo). Fernando Paulo realçou, a tal propósito, que a Câmara, as instituições locais e, até, a nível individual “se deve ter esta capacidade de empreender, de ousar e ir mais longe, inovando modelos e abrindo novos horizontes”, disse o vereador.
No final da transmissão do filme houve um espaço de debate moderado por um empreendedor social português, Pedro Teiga, do Projeto RIOS, com a presença de Miguel Trigo, Professor da Universidade Fernando Pessoa e Fundador da StartUp D’Ouro (Incubadora de Empresas de Gondomar).
O Empreendedorismo Social é um conceito que tem vindo a mobilizar, cada vez, mais a sociedade civil para a construção de um mundo melhor. Globalmente, indivíduos e organizações criam novas soluções para os problemas da sociedade – gerando impacto significativamente superior ao das soluções tradicionais e transformando realidades. Um exemplo desta realidade é o Microcrédito, criado por Muhammad Yunus, Nobel da paz, que resolveu as questões de acesso ao crédito por parte dos mais pobres através da criação de um banco de microfinança – retirando, assim, milhões de pessoas da pobreza.