quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Análise - António Costa "Empenho pessoal e venda são factores imprescindíveis ao sucesso de um negócio"



O Vítor Oliveira é um excelente exemplo do denominado “empreendedor nato”, algo que agora se tenta ensinar e incentivar nas escolas desde muito cedo, que se caracteriza pela grande vontade de fazer coisas por si mesmo e por um grande empenho pessoal.
A ideia do Portal do Consultor Autárquico parece ter sido desenvolvida e suportada em princípios muito racionais e válidos, pois:
• Detectou uma necessidade;
• Validou com alguns potenciais clientes alvo que o incentivaram;
• Construiu um bom produto,
e avançou com o lançamento deste negócio. Contrariamente ao expectável, muito cedo constatou uma dura realidade:
• Identificar e satisfazer uma necessidade, não é condição de per si que garanta o êxito de um negócio;
• Os clientes alvo “mentem”, ou seja, reagem muitas vezes de forma distinta quando são abordados numa situação hipotética e depois perante a situação real;
• Um produto só é um sucesso quando vende e permite alcançar os objectivos previstos (neste caso ganhar algum dinheiro com pouco esforço).
Neste contexto podemos apontar como principais motivos do insucesso deste projecto: o Vítor não se ter empenhado pessoalmente na sua concretização (algo que foi factor diferenciador nos seus outros “empreendimentos”) ou não ter conseguido alguém que o substituísse de forma adequada, e não existir a implementação de uma adequada acção de vendas.
Conhecendo somente o que está descrito na apresentação deste caso, acredito que com a reformulação que o serviço está a sofrer e um plano de marketing e comercial agressivo que passe por:
• Identificar das 4260 freguesias aquelas que poderão ter mais capacidade de tirar proveito do portal e suportar um custo mensal apresentado;
• Agendar e visitar cada uma delas com sessão de demonstração (podem ser agrupadas obviamente);
• Estabelecer uma política de preço ajustada (com um período de teste gratuito);
o projecto ainda pode estar “condenado ao sucesso”.
Um cenário potencialmente vantajoso passaria também pela cooperação com um sócio que lhe apresente valor acrescentado, quer do ponto de vista da manutenção do serviço que consumirá muitos recursos (custos fixos garantidos), quer da sua comercialização.
Termino olhando para uma bola de cristal que me dá a visualizar esta mesma rubrica, num futuro não muito longínquo, onde se assiste novamente à apresentação deste caso como exemplo de como o Vítor, com o seu empenho pessoal, conseguiu dar a volta a um negócio que tardava a implementar-se.

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