VE - Durante a sua carreira profissional como executivo sempre esteve ligado a grandes empresas Multinacionais. Segundo a sua experiência, estas empresas promovem as condições para que se desenvolva o intraempreendedorismo?
PNdM - Depende das empresas e qual cultura vigente . Em alguns casos, nos momentos de retracção de mercado a cultura transformava-se e tornava-se mais conservadora e a versa ao risco...
PNdM - Depende das empresas e qual cultura vigente . Em alguns casos, nos momentos de retracção de mercado a cultura transformava-se e tornava-se mais conservadora e a versa ao risco...
VE - Ao fim de 15 anos de uma carreira internacional como alto executivo em empresas da área de tecnologia decidiu dar uma volta de 180º a sua vida. Pode explicar-nos o que esteve na base dessa Mudança?
PNdM - Um problema de saúde, que felizmente não deixou sequelas , foi o detonador para a mudança operada
Contudo, no intimo essa vontade de mudar já lá estava....e com o episódio de saude acelerou-se...
VE - Neste momento dedica-se a dois projectos empreendedores – My Change e Gingko. Acredita que a vasta experiencia profissional foi uma vantagem aquando da criação das suas empresas?
PNdM - Indiscutivelmente que sim, embora o estádio de start-up e a inexistência de estruturas de suporte semelhantes às grandes empresas me tivessem obrigado a reajustar o dia a dia em que passei a ter que ser muito mais auto-suficiente.
Foi mais fácil na Mychange pois trata-se de uma actividade de consultoria em que o capital intelectual impera e onde o vasto network profissional constituiu uma vantagem imediata
VE - Em que mercados actua e que conceito esta na base das duas empresas?
PNdM - O denominador comum aos dois projectos são as Pessoas. A Mychange mais na componente organizacional onde nos posicionamos como consultores dos Conselhos de Administração na vertente capital humano, e a Gingko na área individual da Saúde e Bem Estar, incluindo a edição de uma revista cuja linha editorial privilegia os equilíbrios Pessoal, Profissional e Ambiental
VE- Assistimos a uma mudança de valores na sociedade Portuguesa. Cada vez mais existe a preocupação com a adopção de estilos de vida mais saudáveis e com o culto do corpo. Em que medida a crise económica que vivemos actualmente pode contrariar esta tendência?
PNdM - Não são nada incompatíveis e até diria que a crise pode acelerar mudanças comportamentais
A adopção de um estilo de vida saudável é uma opção em aberto para qualquer um de nós e não passa forçosamente por um acréscimo orçamental. É possível fazer-se muito mais nesse domínio com menos recursos financeiros...
Caminhar todos os dias é grátis e respirar melhor também! Na alimentação, um mesmo orçamento pode levar-nos a fazer escolhas mais ou menos saudáveis e a teoria todos a conhecemos...
Não se deixar envolver na lógica do hiperconsumo frenético e supérfluo, poderá inclusive libertar meios para uns “luxos” wellness..
VE - No caso da Gingko tem um serviço destinado as empresas “Corporate Welness”. É possível estabelecer uma relação entre o bem-estar físico e emocional e níveis de produtividade de colaboradores nas empresas?
PNdM - Essa relação está bem demonstrada e a correlação é positiva
Inúmeros estudos independentes comprovam essa relação causa e efeito, sobretudo a partir de práticas regulares, e inclusive demonstram a equação de retorno económico e financeiro. Menos baixas por motivos saúde física e psicológica e uma maior disponibilidade para enfrentar as rotinas diárias são alguns dos aspectos evidenciados
O “presenteismo “ que é um conceito mais frequente que o absentismo, diminui drasticamente. Trata-se dos colaboradores que estão na empresa fisicamente, mas a sua energia e força mental não está lá....
VE - Qual tem sido a aderência das empresas Portuguesas a este serviço?
PNdM - É já uma prática corrente em muitas empresas. Quando não proporcionam esse serviço dentro da empresa, incentivam e promovem actividades externas. Muitas empresas, co-financiam actividades de apoio ao colaborador na área wellness (ginástica, apoio psicológico , coaching , rastreios de saúde , voluntariado organizado, etc )
Estes aspectos, para muitos colaboradores são essenciais e constituem o chamado “salário emocional “
VE - A My Change actua como facilitador da mudança Organizacional. Tendo em conta os momentos actuais que as empresas atravessam actualmente, qual a proposta de valor que a vossa empresa oferece aos seus clientes?
PNdM - A gestão da mudança é necessária em qualquer enquadramento económico. Em períodos de expansão por umas razões e em períodos de abrandamento por outras
São inúmeras as ferramentas e metodologias de intervenção, mas há um denominador comum a todas elas. Com efeito três conceitos estão sempre presentes: Alinhar as pessoas com os objectivos estratégicos; Mobilizar as pessoas para a acção e concretização dos objectivos; e Envolver os colaboradores para que compreendam e interiorizem as mudanças comportamentais necessárias.
VE - Como Classificaria o balanço da actividade desenvolvida pela My Change, desde a sua criação?
PNdM - As minhas sócias e eu, assim como a nossa equipa de colaboradores, fazemos um balanço muito positivo.
Com a confiança de inúmeros clientes/parceiros, orgulhamo-nos de ter uma vasta carteira de referencias em diferentes sectores de actividade. Um importante indicador é o facto de na grande maioria das empresas em que estamos, somos parceiros em mais do que um projecto. E como não há dois projectos iguais no nosso portfolio, a riqueza das intervenções é muito gratificante
Outra “medalha” que nos colocamos, é constituída pelo reconhecimento do impacto tangível positivo que obtemos em muitos projectos
VE - Em ambos os projectos conta com o poio de sócios. O trabalho em equipa fomenta e promove o empreendedorismo e a Inovação?
PNdM - Sem duvida que sim. Uma característica comum aos doi projectos é que se tratam de operações de “boutiques especializadas “ em que por opção não queremos um modelo escalável à grande dimensão. Assim, ganhamos em flexibilidade, agilidade e rapidez
Não queremos perder tais atributos. Eles dão-nos as condições para inovar e empreender
VE - O que vislumbra no futuro para estes projectos?
PNdM - Ambos os projectos estão consolidados. Em termos pessoais são projectos de Paixão e os outros sócios são também apaixonados, pelo que o futuro só pode ser risonho...
VE - Sabemos que também é um dos principais promotores do “Green Festival”, evento que promove a sustentabilidade. Como surgiu esta ideia?
PNdM - Inspirei-me no modelo Americano e resolvi fazer-lhe algumas modificações, nomeadamente alargando-o ao mundo das grandes empresas. No fundo conciliar o público-alvo dos cidadãos em geral com o das empresas.
Depois convidei importantes parceiros, para em conjunto desenvolver o conceito
A terceira edição vem confirmar as anteriores e consolidar essa combinação feliz. De facto, o movimento e filosofia subjacente, é transversal a toda a sociedade e escalões etários
É já o evento de referência em Portugal e assume-se como uma plataforma e um fórum de partilha de experiencias e melhores práticas
Apelamos a que cada um faça parte deste movimento e que faça a diferença por mais pequeno que seja o seu gesto...
Sem fundamentalismos ou paternalismos, e como plataforma de inclusão, damos espaço a apresentação de inúmeros projectos sociais e ambientais
VE - Acredita que os princípios da sustentabilidade podem ser aplicados nas pequenas e micro empresas?
PNdM - Como referi é transversal a toda a sociedade e cada um individualmente pode fazer a diferença. Unidos em comunidades, o impacto visível é ainda maior
VE - É frequente ouvir-se afirmar que os níveis de empreendedorismo em Portugal são baixos. Que medidas poderiam ser tomadas para que se verificasse uma mudança nesta situação?
PNdM - É um tema sobretudo cultural. Á saída das universidades na Europa ou EUA , os recem licenciados dão respostas diametralmente opostas . Na Europa querem o emprego fixo e estável (que já não existe) e a almofada da Segurança Social. Nos EUA querem criar uma empresa e sabem que poderão ter alguns falhanços até acertarem no modelo de negócio...
VE - Que conselhos daria aos empreendedores de Portugal, neste momento?
PNdM - Levem os vossos sonhos e projectos avante. Preparem-se para uma travessia do deserto ...e sejam perseverantes !
Estabeleçam contacto com quem já empreendeu e criem redes de suporte
Quanto aos planos de negócio, cortem pela metade o plano inicial de retorno e vejam se funciona. Se funcionar, avancem!
PNdM - Um problema de saúde, que felizmente não deixou sequelas , foi o detonador para a mudança operada
Contudo, no intimo essa vontade de mudar já lá estava....e com o episódio de saude acelerou-se...
VE - Neste momento dedica-se a dois projectos empreendedores – My Change e Gingko. Acredita que a vasta experiencia profissional foi uma vantagem aquando da criação das suas empresas?
PNdM - Indiscutivelmente que sim, embora o estádio de start-up e a inexistência de estruturas de suporte semelhantes às grandes empresas me tivessem obrigado a reajustar o dia a dia em que passei a ter que ser muito mais auto-suficiente.
Foi mais fácil na Mychange pois trata-se de uma actividade de consultoria em que o capital intelectual impera e onde o vasto network profissional constituiu uma vantagem imediata
VE - Em que mercados actua e que conceito esta na base das duas empresas?
PNdM - O denominador comum aos dois projectos são as Pessoas. A Mychange mais na componente organizacional onde nos posicionamos como consultores dos Conselhos de Administração na vertente capital humano, e a Gingko na área individual da Saúde e Bem Estar, incluindo a edição de uma revista cuja linha editorial privilegia os equilíbrios Pessoal, Profissional e Ambiental
VE- Assistimos a uma mudança de valores na sociedade Portuguesa. Cada vez mais existe a preocupação com a adopção de estilos de vida mais saudáveis e com o culto do corpo. Em que medida a crise económica que vivemos actualmente pode contrariar esta tendência?
PNdM - Não são nada incompatíveis e até diria que a crise pode acelerar mudanças comportamentais
A adopção de um estilo de vida saudável é uma opção em aberto para qualquer um de nós e não passa forçosamente por um acréscimo orçamental. É possível fazer-se muito mais nesse domínio com menos recursos financeiros...
Caminhar todos os dias é grátis e respirar melhor também! Na alimentação, um mesmo orçamento pode levar-nos a fazer escolhas mais ou menos saudáveis e a teoria todos a conhecemos...
Não se deixar envolver na lógica do hiperconsumo frenético e supérfluo, poderá inclusive libertar meios para uns “luxos” wellness..
VE - No caso da Gingko tem um serviço destinado as empresas “Corporate Welness”. É possível estabelecer uma relação entre o bem-estar físico e emocional e níveis de produtividade de colaboradores nas empresas?
PNdM - Essa relação está bem demonstrada e a correlação é positiva
Inúmeros estudos independentes comprovam essa relação causa e efeito, sobretudo a partir de práticas regulares, e inclusive demonstram a equação de retorno económico e financeiro. Menos baixas por motivos saúde física e psicológica e uma maior disponibilidade para enfrentar as rotinas diárias são alguns dos aspectos evidenciados
O “presenteismo “ que é um conceito mais frequente que o absentismo, diminui drasticamente. Trata-se dos colaboradores que estão na empresa fisicamente, mas a sua energia e força mental não está lá....
VE - Qual tem sido a aderência das empresas Portuguesas a este serviço?
PNdM - É já uma prática corrente em muitas empresas. Quando não proporcionam esse serviço dentro da empresa, incentivam e promovem actividades externas. Muitas empresas, co-financiam actividades de apoio ao colaborador na área wellness (ginástica, apoio psicológico , coaching , rastreios de saúde , voluntariado organizado, etc )
Estes aspectos, para muitos colaboradores são essenciais e constituem o chamado “salário emocional “
VE - A My Change actua como facilitador da mudança Organizacional. Tendo em conta os momentos actuais que as empresas atravessam actualmente, qual a proposta de valor que a vossa empresa oferece aos seus clientes?
PNdM - A gestão da mudança é necessária em qualquer enquadramento económico. Em períodos de expansão por umas razões e em períodos de abrandamento por outras
São inúmeras as ferramentas e metodologias de intervenção, mas há um denominador comum a todas elas. Com efeito três conceitos estão sempre presentes: Alinhar as pessoas com os objectivos estratégicos; Mobilizar as pessoas para a acção e concretização dos objectivos; e Envolver os colaboradores para que compreendam e interiorizem as mudanças comportamentais necessárias.
VE - Como Classificaria o balanço da actividade desenvolvida pela My Change, desde a sua criação?
PNdM - As minhas sócias e eu, assim como a nossa equipa de colaboradores, fazemos um balanço muito positivo.
Com a confiança de inúmeros clientes/parceiros, orgulhamo-nos de ter uma vasta carteira de referencias em diferentes sectores de actividade. Um importante indicador é o facto de na grande maioria das empresas em que estamos, somos parceiros em mais do que um projecto. E como não há dois projectos iguais no nosso portfolio, a riqueza das intervenções é muito gratificante
Outra “medalha” que nos colocamos, é constituída pelo reconhecimento do impacto tangível positivo que obtemos em muitos projectos
VE - Em ambos os projectos conta com o poio de sócios. O trabalho em equipa fomenta e promove o empreendedorismo e a Inovação?
PNdM - Sem duvida que sim. Uma característica comum aos doi projectos é que se tratam de operações de “boutiques especializadas “ em que por opção não queremos um modelo escalável à grande dimensão. Assim, ganhamos em flexibilidade, agilidade e rapidez
Não queremos perder tais atributos. Eles dão-nos as condições para inovar e empreender
VE - O que vislumbra no futuro para estes projectos?
PNdM - Ambos os projectos estão consolidados. Em termos pessoais são projectos de Paixão e os outros sócios são também apaixonados, pelo que o futuro só pode ser risonho...
VE - Sabemos que também é um dos principais promotores do “Green Festival”, evento que promove a sustentabilidade. Como surgiu esta ideia?
PNdM - Inspirei-me no modelo Americano e resolvi fazer-lhe algumas modificações, nomeadamente alargando-o ao mundo das grandes empresas. No fundo conciliar o público-alvo dos cidadãos em geral com o das empresas.
Depois convidei importantes parceiros, para em conjunto desenvolver o conceito
A terceira edição vem confirmar as anteriores e consolidar essa combinação feliz. De facto, o movimento e filosofia subjacente, é transversal a toda a sociedade e escalões etários
É já o evento de referência em Portugal e assume-se como uma plataforma e um fórum de partilha de experiencias e melhores práticas
Apelamos a que cada um faça parte deste movimento e que faça a diferença por mais pequeno que seja o seu gesto...
Sem fundamentalismos ou paternalismos, e como plataforma de inclusão, damos espaço a apresentação de inúmeros projectos sociais e ambientais
VE - Acredita que os princípios da sustentabilidade podem ser aplicados nas pequenas e micro empresas?
PNdM - Como referi é transversal a toda a sociedade e cada um individualmente pode fazer a diferença. Unidos em comunidades, o impacto visível é ainda maior
VE - É frequente ouvir-se afirmar que os níveis de empreendedorismo em Portugal são baixos. Que medidas poderiam ser tomadas para que se verificasse uma mudança nesta situação?
PNdM - É um tema sobretudo cultural. Á saída das universidades na Europa ou EUA , os recem licenciados dão respostas diametralmente opostas . Na Europa querem o emprego fixo e estável (que já não existe) e a almofada da Segurança Social. Nos EUA querem criar uma empresa e sabem que poderão ter alguns falhanços até acertarem no modelo de negócio...
VE - Que conselhos daria aos empreendedores de Portugal, neste momento?
PNdM - Levem os vossos sonhos e projectos avante. Preparem-se para uma travessia do deserto ...e sejam perseverantes !
Estabeleçam contacto com quem já empreendeu e criem redes de suporte
Quanto aos planos de negócio, cortem pela metade o plano inicial de retorno e vejam se funciona. Se funcionar, avancem!
Sem comentários:
Enviar um comentário