Facilmente se associam os conceitos de “empreendedor” e de “empreendedorismo” às ideias de Negócio, Criação de Valor, Inovação, Oportunidade e Sucesso.
O empreendedorismo social, além das características apresentadas, distingue-se pelo seu objectivo principal de actuação que se baseia na maximização do capital social.
Princípios básicos como a luta contra a pobreza e a exclusão social, a inserção socioprofissional, a criação de emprego e o desenvolvimento local e sustentável são os motores desta filosofia.
O recurso a diversos factores como ferramentas tecnológicas, o envolvimento de parceiros (desde a esfera política à esfera empresarial local, nacional e internacional), a participação da população, a criatividade, o pensamento “Pensar Global, Agir Local”e a gestão participativa, sempre na perspectiva da optimização de recursos e de processos de produção mais eficientes, são agentes de extrema relevância que contribuem para o sucesso das iniciativas e projectos.
Surge assim o exemplo e a certeza de que esta será a forma de intervenção social que as empresas deverão adoptar como forma de ampliar os seus horizontes para novos negócios, muito além da postura mais tradicional, em que as oportunidades do mercado de trabalho, as oportunidades de processos de produção e produtos, as oportunidades de participação, as oportunidades de gestão e os novos compromissos e responsabilidades com as questões ambientais, sociais e de bem-estar ditam as regras do jogo.
O grande desafio prende-se com a criação de novos paradigmas capazes de garantir a sobrevivência de todos, da Humanidade, da Natureza e dos Negócios.
Existem oportunidades de negócio que beneficiam empresários, governantes, consumidores e sociedade em geral. É este factor diferenciador, este acreditar, esta garra e sentimento de oportunidade que distingue as Organizações de e com FUTURO. Organizações visionárias, com capacidade de antever oportunidades, com modelos de negócio onde todos ganham -“win-win” - com capacidades para sobreviver no mercado.
O Grupo Nueva* é uma holding que actua na América Latina nos sectores de produtos florestais sustentáveis, sistemas de abastecimento de água e materiais leves de construção.
Uma crise económica mundial e a situação da empresa, ameaçada pela falência, foram o ponto de partida para a mudança. O primeiro passo foi a promoção de um concurso de ideias entre funcionários, do qual surgiu a ideia de apostar num programa de vendas móveis – “AMANCO de Vendas Móveis”.
Começaram por abastecer dois camiões com produtos da empresa e fazer o transporte dos materiais às pequenas lojas de material hidráulico e de construção (PME’s locais) das áreas mais pobres de Buenos Aires. Assim, foi possível oferecer aos clientes mais de 50 produtos diferentes e a possibilidade de comprar, facturar e entregar os produtos numa única transacção.
Com este projecto foi possível:
- Levar quantidades limitadas de produtos a clientes mais pequenos (sem necessidade de ter stock de material);
- Aumentar a proximidade entre produtos e clientes;
- Receber os pagamentos na hora e em dinheiro (sem existência de intermediários e a um preço justo);
- Duplicar o número de clientes fixos de acessórios hidráulicos;
- Aumentar a frota de camiões afectos à iniciativa para dar resposta aos pedidos que, entretanto, aumentaram consideravelmente;
- Evitar a falência da empresa com a iniciativa;
- Desenvolver relações com pequenos fornecedores locais e com uma ONG sem fins lucrativos – a Habitat para a Humanidade – que constrói casas com a ajuda de futuros moradores e depois as vende sem qualquer lucro e mediante empréstimos sem juros (A AMANCO fornece materiais à Habitat a um custo competitivo, passou a servir uma nova linha de clientes, aumentou as vendas e criou novos mercados);
- Vender produtos à ONG e contribuir para ajudar os pobres.
As Vendas Móveis passaram a representar cerca de 15% das vendas totais da AMANCO Argentina e 40% da sua receita.
É essencial assumir esta abordagem na gestão, que consiste em:
- centrar as energias para as actividades de negócio que contribuam para o desenvolvimento da Humanidade (criar valor para o accionista e agir com responsabilidade);
- aumentar e melhorar a oferta de bens e serviços, para um número cada vez maior de pessoas, a preços compatíveis com as suas possibilidades económicas;
- partilhar as preocupações públicas, como as questões da pobreza, do ambiente, das alterações demográficas e da globalização e contribuir para a sua resolução;
- aumentar os lucros para as empresas, os benefícios significativos para a sociedade e o reconhecimento público do bem que as empresas podem criar.
O empreendedorismo social, além das características apresentadas, distingue-se pelo seu objectivo principal de actuação que se baseia na maximização do capital social.
Princípios básicos como a luta contra a pobreza e a exclusão social, a inserção socioprofissional, a criação de emprego e o desenvolvimento local e sustentável são os motores desta filosofia.
O recurso a diversos factores como ferramentas tecnológicas, o envolvimento de parceiros (desde a esfera política à esfera empresarial local, nacional e internacional), a participação da população, a criatividade, o pensamento “Pensar Global, Agir Local”e a gestão participativa, sempre na perspectiva da optimização de recursos e de processos de produção mais eficientes, são agentes de extrema relevância que contribuem para o sucesso das iniciativas e projectos.
Surge assim o exemplo e a certeza de que esta será a forma de intervenção social que as empresas deverão adoptar como forma de ampliar os seus horizontes para novos negócios, muito além da postura mais tradicional, em que as oportunidades do mercado de trabalho, as oportunidades de processos de produção e produtos, as oportunidades de participação, as oportunidades de gestão e os novos compromissos e responsabilidades com as questões ambientais, sociais e de bem-estar ditam as regras do jogo.
O grande desafio prende-se com a criação de novos paradigmas capazes de garantir a sobrevivência de todos, da Humanidade, da Natureza e dos Negócios.
Existem oportunidades de negócio que beneficiam empresários, governantes, consumidores e sociedade em geral. É este factor diferenciador, este acreditar, esta garra e sentimento de oportunidade que distingue as Organizações de e com FUTURO. Organizações visionárias, com capacidade de antever oportunidades, com modelos de negócio onde todos ganham -“win-win” - com capacidades para sobreviver no mercado.
O Grupo Nueva* é uma holding que actua na América Latina nos sectores de produtos florestais sustentáveis, sistemas de abastecimento de água e materiais leves de construção.
Uma crise económica mundial e a situação da empresa, ameaçada pela falência, foram o ponto de partida para a mudança. O primeiro passo foi a promoção de um concurso de ideias entre funcionários, do qual surgiu a ideia de apostar num programa de vendas móveis – “AMANCO de Vendas Móveis”.
Começaram por abastecer dois camiões com produtos da empresa e fazer o transporte dos materiais às pequenas lojas de material hidráulico e de construção (PME’s locais) das áreas mais pobres de Buenos Aires. Assim, foi possível oferecer aos clientes mais de 50 produtos diferentes e a possibilidade de comprar, facturar e entregar os produtos numa única transacção.
Com este projecto foi possível:
- Levar quantidades limitadas de produtos a clientes mais pequenos (sem necessidade de ter stock de material);
- Aumentar a proximidade entre produtos e clientes;
- Receber os pagamentos na hora e em dinheiro (sem existência de intermediários e a um preço justo);
- Duplicar o número de clientes fixos de acessórios hidráulicos;
- Aumentar a frota de camiões afectos à iniciativa para dar resposta aos pedidos que, entretanto, aumentaram consideravelmente;
- Evitar a falência da empresa com a iniciativa;
- Desenvolver relações com pequenos fornecedores locais e com uma ONG sem fins lucrativos – a Habitat para a Humanidade – que constrói casas com a ajuda de futuros moradores e depois as vende sem qualquer lucro e mediante empréstimos sem juros (A AMANCO fornece materiais à Habitat a um custo competitivo, passou a servir uma nova linha de clientes, aumentou as vendas e criou novos mercados);
- Vender produtos à ONG e contribuir para ajudar os pobres.
As Vendas Móveis passaram a representar cerca de 15% das vendas totais da AMANCO Argentina e 40% da sua receita.
É essencial assumir esta abordagem na gestão, que consiste em:
- centrar as energias para as actividades de negócio que contribuam para o desenvolvimento da Humanidade (criar valor para o accionista e agir com responsabilidade);
- aumentar e melhorar a oferta de bens e serviços, para um número cada vez maior de pessoas, a preços compatíveis com as suas possibilidades económicas;
- partilhar as preocupações públicas, como as questões da pobreza, do ambiente, das alterações demográficas e da globalização e contribuir para a sua resolução;
- aumentar os lucros para as empresas, os benefícios significativos para a sociedade e o reconhecimento público do bem que as empresas podem criar.
*In "Negócios com Inclusão Social - Guia prático para as Empresas" WBCSD
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