quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Alfandega da Fé cria ninho de empresas que visa o empreendedorismo

A câmara municipal de Alfândega da Fé vai ampliar a zona industrial da vila e criar um ninho de empresas. São duas medidas para apoiar o empreendedorismo e a criação de emprego no concelho.
 Depois da ampliação da zona industrial, a autarquia vai vender os terrenos a preços reduzidos.
“Temos tido uma grande procura pela zona industrial desde que temos a ligação ao IC5 e por isso sentimos necessidade de a alargar. Já tínhamos os terrenos, mas temos de fazer as infraestruturas para vender os lotes”, refere a presidente da câmara.
Berta Nunes revela que vai ser criado um ninho de empresas para apoiar os empreendedores que queiram iniciar um negócio e não tenham um espaço.
“É para instalar empresas que queiram iniciar a sua atividade que tenham dificuldades em pagar uma renda alta, numa fase inicial de instalação”, explica. “Podem instalar-se nesse edifício durante algum tempo até a empresa estar consolidada e ter a capacidade de encontrar outro local para continuar o seu negócio”, acrescenta. Mas os apoios da autarquia para o empreendedorismo não se ficam por aqui.
“O nosso objetivo é fazer um regulamento para dar um apoio inicial de mil euros aos projetos que tiverem maior viabilidade”, adianta Berta Nunes. Além disso o município também pondera reduzir as taxas municipais para as empresas que venham a instalar-se na zona industrial. “Principalmente durante o primeiro ano, para as empresas que estiverem a iniciar o seu funcionamento podemos reduzir as taxas da água e resíduos”, conclui.
O projeto para a ampliação da zona industrial e a construção do ninho de empresas vai ser candidatado ao próximo Quadro Comunitário de Apoio e representa um investimento de mais de um milhão de euros.

A lógica do empreendedorismo

Não existe lógica na arte de empreender. O que existe é uma sucessão de escolhas e consequências, portanto, não há segredos. Não ciência nem arte, apenas um prática consistente.

Peter Drucker costumava dizer que empreender não é ciência nem arte, apenas uma prática. De fato, ao ler a história de empreendedores de sucesso, descobre-se que uma boa parte deles não tinha a menor ideia de onde queriam chegar. Sua única certeza era o fato de que queriam empreender de qualquer forma.
Se você leu o clássico Feitas para Durar, de James Collins e Jerry Porras, vai lembrar que das 100 empresas pesquisadas no livro, somente três iniciaram com uma ideia grandiosa: Ford, General Electric (GE) e Johnson & Johnson.
As demais empresas, portanto, 97% delas, segundo os autores, foram iniciadas por muitos empreendedores rotulados como péssimos líderes e desprovidos de qualquer senso de planejamento e gestão. Alguns eram “fora da casinha”.
Era o caso de Soichiro Honda, por exemplo, um obstinado, porém um líder de difícil relacionamento, e de Bill Hewlett e Dave Packard, fundadores da HP que iniciaram a empresa sem saber o que ela faria.

A despeito de todas as dificuldades existentes ao longo do caminho, a maioria prosperou, diferente de muitos outros que iniciaram com uma boa ideia, de maneira planejada e os quais, num primeiro momento, sabiam onde queriam chegar.
Era o caso da Texas Instruments, cujas raízes eram fundamentadas num conceito muito bem-sucedido, formada para explorar uma oportunidade tecnológica e mercadológica específica na época, portanto, uma excelente ideia na época.
Com exceção das três primeiras empresas citadas, as demais empresas foram construídas por empreendedores com uma característica imprescindível para quem deseja prosperar no mundo dos
negócios: disciplina.

Por experiência, posso afirmar que a maioria dos empreendedores, salvo casos raros como Steve Jobs (Apple) ou Dean Kamen (Segway), não nascem com nada especial ou diferente das demais pessoas. O fato é que, além da disciplina, a maioria deles é dotada de uma capacidade inquestionável de pensar em produtos e serviços que mudam a vida das pessoas ao redor do mundo.

Quantos empreendedores bem-sucedidos você conhece? Selecione e tente avaliar a sua trajetória de sucesso. A maioria começou sem capital, sem projeto, sem produto ou serviço bem definido, a ponto de a gente se perguntar: como é esse cara conseguiu chegar aonde chegou?
Por tudo isso, não há como discordar de Peter Drucker. Tem muito a ver com disciplina, força de vontade e persistência.  O empreendedorismo não segue as regras tradicionais de ensino. Tem a ver com a prática.
A lógica de empreender é que não há lógica a ser seguida. A lógica fica por conta do “se”, ou seja, se você planejar, se você persistir, se você estudar, se você tiver foco, se você tiver sorte e assim por diante. Como diria Jeffrey Timmons, estudioso do assunto, o segredo é que não há segredos.
Dessa forma, o empreendedorismo deve ser visto e pensado como uma disciplina. Pode até ser ensinado nas escolas, mas nunca será bem-sucedido se não houver aprendizado de fato, por meio de erros e acertos, escolhas e consequências. Nesse caso, não existe garantia de sucesso.

Nesse sentido, o conselho de Raúl Candeloro foi uma benção para mim: “pare de falar de empreendedorismo e comece a praticar o que você diz nas aulas, nos artigos e também nas palestras”.
Aos 50 anos de idade, estou fazendo o que já deveria ter feito há quase dez anos, ao ser demitido de uma grande empresa. De certa forma, estou empurrando a minha vaquinha morro abaixo para enfrentar um novo desafio, sem a menor certeza de que vai dar certo e com a enorme esperança de que vai dar certo.

Pense nisso e empreenda mais e melhor!

Miranda do Douro: Associação promove curso de empreendedorismo para mulheres

A Associação Cultural e Desportiva de Atenor (ACDA), no concelho de Miranda do Douro está a promover um concurso de empreendedorismo no feminino, “único em todo o distrito de Bragança”, destinado a 15 mulheres do planalto mirandês.
Segundo o dirigente da ACDA Moisés Esteves, na região existem muitas mulheres com potencial e ideias de negócio, mas a quem “faltava qualquer coisa para dar andamento ao projeto de cada” e este curso vem preencher algumas lacunas e ajudar criar projetos empreendedores no feminino.
Atenor foi assim a única aldeia do distrito de Bragança ser contemplada com um fundo de 75 mil euros, proveniente da União Europeia, para implementação de um curso de empreendedorismo feminino no âmbito da cidadania e igualdade de géneros. “Os únicos requisitos para frequentar o curso de empreendedorismo é ser mulher e ter qualidades de empreendedora”, referiu Moisés Esteves.
Agora, cada uma das formandas será apoiada com cerca de cinco mil euros para dar início ao seu negócio, caso o mesmo seja aprovado e as ideias não faltam. “Estou desempregada há dois anos e faço trabalhos manuais que vendo porta a porta, mas faltava-me potencial económico para fazer investimento nos materiais. Este curso tornou-se ouro sobre azul para desenvolver os meus projetos, já que não é fácil a uma mulher arranjar emprego aos 50 anos de idade”, disse à Lusa Isabel Rúpio, uma das formandas.
Já Albertina Fernandes contou que resolveu aceitar o projeto para criar uma unidade onde se vai dedicar, aos fins de semana a confecionar pão caseiro.
“Com estes cinco mil euros vou ter a hipótese de construir o meu próprio forno, para dar andamento ao meu trabalho e criar assim um nicho de mercado na aldeia”, frisou a formanda.
Trabalhos manuais, projetos nas áreas da cosmética ou da fotografia ou fabrico de produtos através de recursos endógenos são outras ideias que movem mulheres de Atenor.
“Este curso vai permitir colocar 15 mulheres no mercado de trabalho, ou incentiva-las à criação dos seus posto de trabalho. Estamos convencidos de que vamos conseguir atrair novos projetos para a aldeia”, frisou Moisés Esteves.
Os responsáveis pela ACDA acreditam que este curso poderá ser um impulso para a economia local, numa região deprimida onde aparecem “poucas oportunidades para a criação de pequenas empresas”.

Veja 7 maneiras para empreender melhor nas redes sociais

Alguns empreendedores têm dúvidas de como promover sua empresa nas redes sociais. O Facebook, Twitter, Google+ e outros sites similares são excelentes para alavancar negócios, mas, é preciso ter foco e objetivo definidos para alcançar resultados. A maneira como os clientes se relacionam com uma marca nas redes merece atenção e cuidado. Confira abaixo sete dicas valiosas, fornecida por especialistas à Exame, que vão te ajudar a obter sucesso nos canais de comunicação.

Não ignore comentários
As redes sociais são espaços de diálogos, por isso é importante estimular a participação e, obviamente, responder aos questionamentos dos usuários. A principal vantagem é ter acesso às críticas e elogios sobre a empresa que não chegariam de forma tão sincera por outros meios. Para Alexandre Suguimoto, presidente da APADi (Associação Paulista das Agências Digitais), se abrir um canal de comunicação esteja preparado para atendê-lo. Caso contrário é melhor nem criar uma conta.

Defina onde quer estar
Para Grazielle Mendes Rangel, consultora de inovação digital e coordenadora do curso de Inovação Digital, Planejamento e Estratégia em Redes Sociais do Ibmec/MG, o perfil do consumidor da marca é que vai ajudar o empreendedor a escolher a melhor rede para atuar. O Pinterest, por exemplo, pode ser interessante para empresas que tenham boas fotos de produtos. O presidente da APADi ainda sugere avaliar os sites como se fossem vitrines, e criar contas com nome da empresa para garantir a conta, mesmo que não sejam usadas no futuro.

Produza conteúdo correto
As redes sociais são espaços para conteúdos diferentes e não campanhas tradicionais de marketing. O ideal, segundo a coordenadora da Ibmec/MG, é produzir conteúdos que tenham a ver com a marca. Saiba quem é o publico, que tipo de informação é relevante para ele e quais são os valores da empresa. Com estes aspectos definidos, publique temas de interesse do consumidor, e se certifique de que as imagens e textos usados não tenham direitos autorais. Caso contrário, o post pode ser removido da página.

Foco no planejamento
Para um dono de uma pequena empresa, montar uma equipe para se dedicar ao gerenciamento das redes sociais pode não ser viável. Mas, ter planejamento e acompanhamento é indispensável. "É um espaço para desenvolver os produtos e monitorar a concorrência. O que acontece nas redes tem que fazer parte da reunião de pauta das decisões estratégicas", afirma Grazielle.

Tenha consistência
Muitas vezes as empresas começam empolgadas nas redes sociais e depois perdem a freqüência de posts. Isso é muito ruim, pois limita a criação de um relacionamento contínuo com os consumidores. Os posts precisam de consistência: nem o excesso e muito menos a escassez são permitidos.

Crie regras de conduta
Mensagens desrespeitosas, xingamentos e palavrões são comuns em reclamações de consumidores. O recomendável é criar uma política de utilização da página, informando aos usuários que mensagens com esse tipo de conteúdo não serão aceitas.

Integre as redes com os outros canais da empresa
Ter bastante conteúdo nas redes sociais pode ser bom e valorizar a marca, mas não deve ser o único foco do empresário. Não é bom apostar tudo nas redes sociais e substituir até mesmo o site da empresa por uma página no Facebook, por exemplo. De acordo com Grazielle, é importante que exista um alinhamento entre os canais e que cada um tenha um planejamento e papel diferentes, porém, complementares.

REGIÃO – CIMPIN promove ciclo de Workshops

A Comunidade Intermunicipal do Pinhal Interior Norte, no âmbito do projeto Empreendedorismo de Base Local, vai realizar quatro workshops, sobre “medidas e modos de financiamento”, entre os dias 4 e 12 de setembro.

Esta iniciativa tem como principal objetivo esclarecer os empresários e potenciais empreendedores, sobre a melhor forma de apresentar um projeto de negócio, bem como os modos e medidas de financiamento do mesmo.

De acordo com o programa, no dia 5 de setembro participa o concelho de Figueiró dos Vinhos e dia 12 de setembro, os concelhos de Castanheira de Pera, Pampilhosa da Serra e Pedrógão Grande.
Este ciclo vai realizar-se entre as 17:30 e as 22:00. As inscrições são gratuitas e devem ser feitas nos Gabinetes de Apoio ao Empreendedor dos respetivos municípios.

Até dezembro estão ainda previstas diversas iniciativas, nomeadamente três workshops financeiros de capacitação/formação de técnicos (temas: Marketing; Plano Financeiro e Características do Empreendedor), uma sessão de dois dias, de capacitação/formação para empreendedores, um seminário temático denominado “Ambiente e Floresta” e 14 workshops (um por município), que pretendem dotar os participantes de noções financeiras básicas.

O projeto de Empreendedorismo de Base Local do Pinhal Interior Norte, cofinanciado pelo Programa Operacional Regional do Centro (QREN), integra várias ações, muitas já concretizadas, entre as quais o “Concurso de Ideias de Negócio para Escolas”, “PIN Inspiring Innovation - Concurso para Empreendedores”, seminários, a exposição “Empreender no Pinhal Interior Norte” e diversos workshops no sentido de capacitar tecnicamente os Gabinetes de Apoio ao Empreendedor, em cada município.

domingo, 25 de agosto de 2013

Empreendedorismo em Silicon Valley

Arranca em setembro o curso Silicon Valley Entrepreneurial Program, uma iniciativa do ISEG/Idefe em parceria com a Universidade de São Francisco, nos Estados Unidos.

O Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG/Idefe) em parceria com a Universidade de São Francisco (USF) nos EUA, estão este ano a organizar pela primeira vez um curso de empreendedorismo intitulado Silicon Valley Entrepreneurial Program. Esta formação vai ser ministrada dois países e visa auxiliar portugueses que queiram avançar com a criação de um negócio próprio.
Ana Venâncio, professora auxiliar do ISEG conta que “o curso visa ajudar empreendedores, empresários e executivos a reconhecerem e a quantificarem oportunidades de negócio e a desenvolverem e a estruturarem essas oportunidades em novas start-ups/spin-offs de sucesso”. Os participantes desta formação que se realiza de 10 de Setembro a 4 de outubro vão adquirir conhecimentos analíticos de como identificar oportunidades de negócio, de como priorizar e avaliar essas mesmas oportunidades, vão aprender a definir estratégias de marketing mais eficazes para concretizarem a primeira venda e de como vender projetos e ideias a investidores, parceiros e outros stakeholders.

Durante a formação e nos EUA, os alunos “vão ter acesso ao ecossistema único de Silicon Valley e aí terão a oportunidade de interagir com empreendedores e fundadores de start-ups e venture capitalists que lançaram empresas como a Google e o linkedin. Pretende-se que os participantes fiquem a conhecer na primeira pessoa quais os segredos do sucesso dos empreendedores em Silicon Valley”, frisa Ana Venâncio.

Com uma componente teórica e outra prática, o curso culmina com a apresentação do business plan a um painel de potenciais investidores, permitindo aos alunos desenvolverem o documento base para lançarem a sua própria empresa no dia seguinte e eventualmente angariar o capital necessário. “Os participantes beneficiam de módulos leccionados no ISEG e na USF e inclui visitas a start-ups tecnológicas em Silicon Valley. As aulas, workshops, case-studies, simulações, sessões conjuntas com alunos do MBA e da USF e do ISEG oferecem um currículo dinâmico focado no empreendedorismo e inovação”, acrescenta a docente. Acredita que esta é uma experiência única de partilha e de desenvolvimento de conhecimentos orientados para a criação de empresas e para a inovação.

A ideia de criar a primeira edição deste curso resultou do feedback positivo que o ISEG obteve dos seus alunos de MBA que passaram por programas semelhantes. “Após integrarem estes programas, todos os alunos pretendiam lançar o seu próprio negócio e muitos deles arriscaram e são recentemente empreendedores de sucesso”, finaliza Ana Venâncio. 

EMPREENDEDORISMO NÃO ABRANDA EM PORTUGAL APESAR DA CRISE

A percentagem de empreendedores em Portugal manteve-se estável em 2012, apesar da recessão económica. Dados de um estudo sobre empreendedorismo, realizado em 69 países, apresentado no ISCTE-IUL, durante uma conferência internacional sobre esta temática.

O agravamento da situação económica, financeira e social do país não travou a atividade empreendedora em Portugal entre 2011 e 2012. 

Em cada 100 portugueses, 7 ou 8 são empreendedores, revela um estudo sobre empreendedorismo realizado em 69 países, apresentado no ISCTE-IUL, por ocasião de uma conferência internacional sobre a temática. 

A taxa que mede a percentagem de empreendedores com funções em startups ou novos negócios, cresceu ligeiramente em 2012, situando-se nos 7,7%. Os mais empreendedores são jovens, entre os 25 e os 34 anos. Os homens destacam-se no mundo dos negócios, com 9,2% envolvidos na gestão de novos negócios, enquanto 6,1% são mulheres. 

A oportunidade de negócio motivou a maioria dos inquiridos no estudo a avançar por conta própria (58,3%), seguido da necessidade (26,2%) ou ambas (15,6%).

Em Portugal, as maiores apostas recaem nos negócios direcionados para o consumidor final (44,9%), no setor da transformação (26,2%) e na prestação de serviços a outras empresas (23,8%). 

No universo do GEM - Global Entrepreneurship Monitor, um projeto global que monitoriza anualmente a atividade empreendedora em vários países, Portugal ocupa a 44ª posição entre os 69 países analisados. O país surge ainda na sétima posição entre as 24 economias vocacionadas para a inovação, estando mesmo acima da média desses países. 

O GEM Portugal 2012 envolveu dois ml inquiridos, entre os 18 e os 64 anos, residentes no país, e consultou ainda 38 especialistas portugueses ligados ao empreendedorismo, entre os quais líderes do sistema financeiro, responsáveis governamentais, membros do sistema de ensino e empreendedores de renome.

Os especialistas portugueses inquiridos apontam como fatores positivos para empreender no país, o acesso às infraestruturas disponíveis e os serviços profissionais aí prestados. Entre as principais dificuldades estão o excesso de burocracia e carga fiscal e a cultura nacional pouco orientada para o empreendedorismo, afirmam no estudo. 

Dados conhecidos na Conferência Anual da Entrepreneurship Summer University (ESU), que reúne cerca de uma centena de estudantes de doutoramento, investigadores e docentes dos 24 países que integram a European University Network on Entrepreneurship. O evento, a decorrer pela primeira vez em Portugal, termina hoje no ISCTE-IUL. 

Lisboa vai acolher festival para "start-up" tecnológicas em novembro

O empreendedorismo tecnológico é fundamental para Portugal "dar a volta à situação económica atual", disse à Lusa André Marquet, organizador do evento para empreendedores Explorers Festival, que se realiza em Lisboa em novembro.
"As gerações de agora procuram mais do que um emprego de oito horas. Eles querem um trabalho estimulante e com que se identifiquem", frisou Marquet, explicando assim a longa série de iniciativas relacionadas com o empreendedorismo realizadas em Lisboa nos últimos meses.

"Este é um caminho no qual ainda estamos a dar os primeiros passos", acrescentou, atribuindo a atual `febre` do empreendedorismo ao facto de "muita gente não ter emprego na economia tradicional".
O festival visa prover com ferramentas práticas os empreendedores e responsáveis de `start-up` [novas empresas], conetando-os também com investidores que os ajudem a lançar os seus projetos.
Marquet afirmou que em Portugal há "imenso espaço para crescer", mesmo que as `start-up` ainda tenham "pouco peso na economia" do país.

O Explorers Festival visa "apanhar várias áreas" do empreendedorismo, incluindo o social, embora a tecnologia esteja priorizada na `Toolbox`, a segunda fase do evento, na qual serão reunidos "especialistas em ferramentas para `start-up`" como gestores, designers e engenheiros.

Segundo estudo divulgado pelo ISCTE - Instituto Universitário de Lisboa na semana passada, a proporção de empreendedores em Portugal mantém-se estável, apesar da crise económica, com uma percentagem de 7,7% de adultos envolvidos em `start-ups`.

A taxa TEA, que mede a percentagem de adultos envolvidos em `start-ups`, cresceu em Portugal em 2012 de forma ligeira face a 2011 (7,5%), ocupando o 44º posto do universo do estudo GEM 2012, que agrupa 69 países, e é a 7ª maior entre as 24 economias participantes orientadas para a inovação, ficando 0,6 pontos percentuais acima da média desses países.
A faixa etária dos 25 aos 34 anos é a que reúne mais empreendedores entre os portugueses, sendo que a taxa TEA nessa categoria é de 10,6%.
O número de portugueses envolvidos na gestão de novos negócios corresponde a 9,2% da população adulta masculina, enquanto 6,1% são mulheres.

Em Portugal, os empreendedores concentram-se em 44,9% no setor que inclui os negócios direcionados para o consumidor final, em 26,2% no setor da transformação e finalmente em 23,8% na prestação de serviços a outras empresas.

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Coimbra acolhe projeto que acelera empreendedorismo

O Startup Pirates é um programa de aceleração de empreendedores em potência com a duração de uma semana onde através da combinação de conceitos teóricos, aplicação prática, apoio de mentores e desenvolvimento de ideias, se apoiam pessoas na estruturação e desenvolvimento das suas ideias de negócio para que ganhem maturidade e possam crescer. Para além deste processo, as equipas têm ainda a possibilidade de ganhar prémios.
O projeto tem crescido em Portugal e no estrangeiro e tem-se distinguido pelos resultados alcançados até à data. Ou seja: 13 eventos ocorridos em quatro países europeus, 25 projetos nascidos, 20 postos de trabalho criados.

ABERTAS AS CANDIDATURAS PARA MAIS UMA FASE DO PASSAPORTE PARA O EMPREENDEDORISMO

O Passaporte para o Empreendedorismo está a aceitar movas candidaturas de jovens que precisam de apoio para desenvolver uma ideia de negócio. Já foram aprovadas 449 bolsas no âmbito do programa de incentivo ao empreendedorismo.

Decorrem até 15 de setembro as inscrições para a sexta fase do programa de incentivo do Governo ao desenvolvimento de ideias de negócio Passaporte para o Empreendedorismo.

Podem concorrer jovens até aos 30 anos, licenciados há menos de três anos ou inscritos nos centros de emprego há mais de quatro meses, ou até aos 34, com mestrado ou doutoramento.

O programa de apoio ao empreendedorismo atribui uma bolsa mensal de 691 euros, pelo período entre quatro meses a um ano. 

Esta é a penúltima fase do programa, cujo período de candidaturas termina no final do ano. Os resultados da fase 5 são conhecidos em breve. Nas fases anteriores do programa foram aprovadas 449 bolsas e 256 projetos. 

O Passaporte para o Empreendedorismo é uma iniciativa do Governo, inserida no Programa +E+I.

sábado, 10 de agosto de 2013

ESTUDANTES COM PERFIL EMPREENDEDOR ESTÃO LIGADOS AO ASSOCIATIVISMO E TRABALHAM NAS FÉRIAS


Um estudo da Universidade de Coimbra sobre o perfil empreendedor dos estudantes de Ensino Superior da região revela que face ao aluno «comum», estes são, em média, 7 anos mais velhos, e estão envolvidos em vários projetos extracurriculares. 

É homem, tem mais de 26 anos e frequenta cursos com maiores habilitações académicas. É este o perfil do estudante empreendedor traçado pela Universidade de Coimbra, num estudo que avaliou o espírito empreendedor dos estudantes de Ensino Superior de Coimbra e o impacto das escolas no fomento do empreendedorismo e da inovação.

Os estudantes com perfil empreendedor estão ligados a órgãos de gestão associativos ou a atividades culturais e apresentam também uma maior apetência para trabalhar nas férias de verão. Mostram ainda uma maior tolerância ao risco e ao falhanço do que os estudantes comuns, revela o estudo que envolveu 1.764 estudantes de Ensino Superior da região de Coimbra - Universidade de Coimbra, institutos politécnicos de Coimbra e de Leiria.

47% dos estudantes inquiridos querem trabalhar por conta própria, tendo como principal motivação a realização pessoal, ainda que tenham receio da incerteza dos rendimentos (62%) e da atual conjuntura económica (61%). Os trabalhadores-estudantes são os que mostram menos receio em criar o próprio emprego do que a média dos estudantes. 
 
Se a opção for trabalhar por conta de outrem, a Sonae reúne a preferência de 20,5% dos inquiridos, seguida da EDP (7,4%). Por isso, quando se fala em empreendedores de referência o patrão da Sonae, Belmiro de Azevedo, surge no topo, a par de nomes como Rui Nabeiro e Soares dos Santos.
 
Os estudantes com potencial empreendedor são mais entusiastas pela inovação tecnológica e mais exigentes com as escolas no fomento de uma cultura empreendedora. 

O estudo, financiado pelo QREN no âmbito do Mais Centro - Programa Operacional Regional do Centro, foi realizado ao longo do último ano letivo pela Divisão de Inovação e Transferências do Saber da Universidade de Coimbra, no âmbito do Inov C, um programa estratégico com a duração de quatro anos que pretende consolidar o ecossistema de inovação na região Centro. 
       

Funcionário empreendedor é o perfil mais procurado pelas empresas

Concorrência acirrada e produtos similares no mercado fazem desse profissional o grande diferencial das organizações

 O conceito de empreendedorismo não é apenas relacionado a uma pessoa ou um grupo de pessoas capacitadas para montar o seu próprio negócio. A busca pelo crescimento profissional dentro da empresa e a vontade de ter seu trabalho valorizado desperta em muitos funcionários o lado empreendedor. E um estudo da escola de negócios IDCE (Instituto de Desenvolvimento de Conteúdo para Executivos) com 50 executivos de Recursos Humanos mostra que as organizações que buscam desenvolvimento e crescimento nos negócios procuram um novo perfil de funcionário e incentivam internamente os profissionais a empreender, com o intuito de adquirir diferenciais competitivos no mercado. 

Em um momento onde a concorrência é grande em todos os segmentos de negócios e, principalmente, pela similaridade entre produtos e serviços oferecidos, o empreendedorismo dentro da empresa ganha espaço como forma de inovação que vai desde a melhoria de processos internos até a implementação de grandes projetos. “Este é o diferencial que as empresas buscam hoje em dia, pessoas que façam a diferença”, afirma Fabricio Barbirato, diretor-executivo do IDCE.

O levantamento do IDCE ouviu dos responsáveis pela contratação e gerenciamento de recursos humanos das empresas o que as organizações valorizam hoje no profissional. “As características requeridas ajudam no crescimento da empresa como um todo”, comenta Barbirato.  Além do conhecimento e competência técnica desejável para a vaga, o candidato deve ter um conjunto de características que contemplem pró-atividade, comprometimento, visão para ir além de suas obrigações e criatividade. Sendo que esta última não é sinônimo apenas boas ideias: é preciso organizá-las e saber estruturá-las para colocar em prática. Para Barbirato, essa é uma das soluções para um cenário recorrente nas empresas: concorrência entre marcas.

Segundo ele, esse perfil, batizado de funcionário empreendedor, denota o profissional que trabalha para o crescimento da empresa como se fosse seu próprio patrimônio. “No âmbito geral, ele tem uma percepção holística da empresa, conhece sua visão e missão, sabe seus objetivos, seus portfólio de produtos, clientes e serviços, conhece sua atuação no mundo e quem são seus concorrentes. Na esfera específica da atividade dele, procura fazer tudo que a empresa determina e sempre tenta trazer algo novo, e o mais importante, procura entender onde o trabalho dele impacta no resultado comercial e financeiro da empresa. Tratam-se de duas esferas complementares, pois se o profissional conhece a empresa que trabalha e seu segmento, consegue criar soluções com mais facilidade para melhorar o seu desempenho e o da organização”, elucida.

Barbirato lembra que a preocupação das empresas atualmente em profissionais com versatilidade, personalidade, atitude e a capacidade de resolver e mostrar soluções para os problemas é tão desejada quanto as competências técnicas específicas. Apresentar essas virtudes já pode ser considerado um grande diferencial. “As empresas se adaptam às necessidades do mercado. Algumas exigências cobradas antigamente não valem para hoje. Constatamos no estudo que apenas 12% das empresas entrevistadas estão preocupadas somente com uma formação tradicional de seus funcionários. Todo o restante não quer apenas saber se o empregado cursou ou não uma universidade renomada, mas buscam também ver a personalidade e versatilidade dos profissionais e, principalmente, a capacidade de entrega. Eles são, normalmente, os responsáveis pelo crescimento da empresa”, comenta. 

Mas um profissional arrojado e empreendedor precisa ter sinal verde para iniciar projetos e propor soluções para os problemas. Um entrave frequentemente encontrado é o fato de que as empresas, principalmente as gigantes, possuem um modelo de processos tão enraizado que restringe os funcionários a simples cumpridores de tarefas, sem espaço para crescer e inovar. Normalmente, estas organizações podem perder espaço para a concorrência. Para evitar que isso aconteça, Fabrício Barbirato afirma que a direção da empresa deve trabalhar de forma a propiciar um ambiente favorável ao surgimento do funcionário empreendedor:

 - Mostrar os resultados da empresa de maneira transparente, manter informações táticas ao alcance de todos, ter clareza na descrição de cargo de cada profissional, dar liberdade para a inovação e orientar os gestores a serem flexíveis a este tipo de profissional são algumas das medidas que as empresas podem tomar e obter muitos resultados, uma vez que a criação de um cenário favorável para esse perfil de funcionário pode revelar novos talentos.

 Em empresas mais flexíveis, é importante, porém, que os gestores entendam o conceito do funcionário empreendedor para evitar insegurança e desentendimentos. Isso porque, na opinião de 56% dos executivos abordados no estudo, um funcionário que se destaca dos demais pela inovação e resultados, ainda é encarado como uma ameaça ao cargo gerencial. Barbirato esclarece que, antes de tudo, será o superior direto desse funcionário que vai colher os frutos dos resultados obtidos pelo profissional. “Os resultados positivos serão principalmente da equipe capitaneada pelo gestor”, pontua Barbirato, ressaltando que o funcionário que deseja empreender dentro da própria empresa e ser reconhecido precisa ser realista e criar ações concretas, pois ser confundindo com um sonhador vai encurtar a sua passagem em qualquer empresa moderna.

 Algumas dicas para empreender no ambiente de trabalho

 - Conhecer a empresa, seus resultados financeiros, seus produtos, mercado em que atua, clientes e concorrentes.
- Ter clareza na descrição de suas funções e entregar tudo que a empresa espera. Somente depois pensar em inovar.
- Saber onde o seu trabalho pode impactar positiva ou negativamente nos resultados comerciais e financeiros da empresa. E fazer tudo para melhorar.
- Empreender não significa necessariamente ter uma ideia mirabolante. Ajustes em processos, redução de custo e aumento de produtividade são fatores que, em conjunto, melhoram a performance da empresa.
- Se tem vontade de propor um projeto, teste-o antes e saiba a melhor hora de apresentá-lo. Sua credibilidade aumenta com projetos que são efetivamente implementados.

Empreendedorismo: ‘Quem se importa’ com o mundo é a proposta da Cativar’te

Transformar e melhorar o mundo através da troca de ideias é o objetivo das sessões de empreendedorismo social que o Grupo de Jovens da Comunidade do Monte Pedral do Porto vai realizar em setembro.
O Grupo de Jovens da Comunidade do Monte Pedra (Cativar’te), da paróquia do Carvalhido, no Porto, organiza nos dias 21 e 28 de setembro, com o apoio da Fundação EDP, duas sessões de empreendedorismo social no seu auditório.
A partir das 21h30, visualizam o filme ‘Quem se importa’ para “criar momentos de diálogo, inspiração e partilha de vidas, experiencias, ideias e projetos”, revela a organização no comunicado enviado à Agência ECCLESIA.
As sessões gratuitas são dirigidas a “pessoas com mais de 15 anos” e com estes debates pretendem potenciar projetos de empreendedorismo social para que cada um possa “transformar, para melhor, o mundo” de todos.
A Cativar’te informa, ainda, que os lugares no auditório são limitados e é necessária a inscrição, com os dados pessoais, até ao dia 15 de setembro (ajudarfazbem2013@gmail.com).

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

SERTÃ - "MIssão Empreendedora"

Os alunos vencedores da Fase Municipal do Concurso de Ideias, realizada na Sertã a 14 de maio, participaram numa missão empreendedora em Lisboa nos dias 29 e 30 de julho. Esta experiência constituiu o prémio ganho na Fase Municipal por alunos do Agrupamento de Escolas da Sertã, da Escola Tecnológica e Profissional da Sertã e do Instituto Vaz Serra. Aqueles alunos tiveram a possibilidade de contactar com o que de melhor está a ser feito em Portugal no âmbito da promoção do empreendedorismo, além de poderem explorar a componente lúdica e cultural da cidade de Lisboa.
Assim, os alunos visitaram a Start Up Lisboa, uma incubadora de empresas que tem apoiado muitos empreendedores e projetos empresariais, onde tiveram oportunidade de contactar diretamente com alguns empreendedores.
Seguiu-se a visita ao Lx Factory, um antigo espaço industrial da cidade de Lisboa e que nos últimos anos se tem afirmado como pólo dinamizador de novos projetos culturais, artísticos e empresariais. Neste grande espaço, os alunos visitaram diferentes projetos, espaços e lojas, bem como uma visita guiada a um espaço de cowork.
No âmbito cultural, visitaram a exposição de Joana Vasconcelos, patente num dos espaços mais emblemáticos de Lisboa: o Palácio Nacional da Ajuda. À noite, foram conhecer o novo conceito de cinema em Portugal, que estreou há poucas semanas, o IMAX, no Centro Comercial Colombo. Além de uma tela de dimensões consideráveis, aquela tecnologia possui ainda imagem e som de alta definição.
A Missão Empreendedora pela cidade de Lisboa incluiu ainda uma visita ao Económico TV. Trata-se de um canal de televisão por cabo especializado nas questões económicas, onde os alunos contactaram com a equipa daquele canal, visitando a régie e os estúdios, tendo acompanhado em direto um dos telejornais diários.
Antes de regresso à Sertã passearam pelo Parque das Nações e foram ao Oceanário de Lisboa. Foram dois dias de grande atividade na capital, em que os alunos ficaram a par daquilo que poderão ser apoios reais para os seus projetos empreendedores futuros.

Câmara Municipal de Gondomar promoveu uma sessão de Empreendedorismo Social

Fernando Paulo, Vereador do Pelouro de Ação Social da Câmara Municipal de Gondomar, defendeu a importância do empreendedorismo como “solução complementar para garantir a sustentabilidade de algumas instituições, não ficando estas exclusivamente dependentes do Estado (quer central, quer local)”.
A Câmara Municipal de Gondomar foi a primeira autarquia a responder ao desafio da Área Metropolitana do Porto (para a promoção e debate do empreendedorismo). Fernando Paulo realçou, a tal propósito, que a Câmara, as instituições locais e, até, a nível individual “se deve ter esta capacidade de empreender, de ousar e ir mais longe, inovando modelos e abrindo novos horizontes”, disse o vereador.
No final da transmissão do filme houve um espaço de debate moderado por um empreendedor social português, Pedro Teiga, do Projeto RIOS, com a presença de Miguel Trigo, Professor da Universidade Fernando Pessoa e Fundador da StartUp D’Ouro (Incubadora de Empresas de Gondomar).
O Empreendedorismo Social é um conceito que tem vindo a mobilizar, cada vez, mais a sociedade civil para a construção de um mundo melhor. Globalmente, indivíduos e organizações criam novas soluções para os problemas da sociedade – gerando impacto significativamente superior ao das soluções tradicionais e transformando realidades. Um exemplo desta realidade é o Microcrédito, criado por Muhammad Yunus, Nobel da paz, que resolveu as questões de acesso ao crédito por parte dos mais pobres através da criação de um banco de microfinança – retirando, assim, milhões de pessoas da pobreza.