A partir dos dados Eurostat, divulgados em julho passado, iniciamos este artigo dando realce, ao facto de os números do desemprego terem vindo a bater recordes atrás de recordes, culminando em maio deste ano com a taxa de 10,9%, levando a que Portugal se tenha fixado no 4º lugar, entre os países europeus, com a taxa de desemprego mais elevada. Outro indicador de relevo é a taxa de 22,2% no que concerne ao desemprego entre os jovens. A agravar a situação, refira-se que a OCDE prevê que o desemprego poderá vir a alcançar os 11,4% em 2011.
A mudança de paradigma é um facto... o emprego para toda a vida deixou de existir; a carreira para toda a vida deixou de existir! A este propósito, um estudo norte-americano refere que, até aos 38 anos, a média de mudança de emprego será entre as 10e as 14!!!
Brad Sugars, fundador e CEO da Action Coach, comenta ainda que “Ter um emprego é estar nas mãos de um chefe que num dia pode decidir retirar-lhe 100% do seu rendimento.”.
Estes são certamente alguns dos fatores que levam jovens e menos jovens a encarar a criação de empresas e do seu próprio emprego como uma alternativa credível à procura ativa de emprego. Ainda bem que assim é, pois a promoção do Empreendedorismo e a criação de empresas é fundamental para o desenvolvimento socioeconómico em Portugal.
É crucial, no entanto, garantir uma cada vez maior taxa de sucesso nas empresas recém-criadas, e para isso, importa não só identificar oportunidades no mercado e reunir o financiamento necessário, mas também definir uma estratégia empresarial.
Com efeito, a definição clara de uma estratégia é fundamental. Deve existir um planeamento cuidado; ela constitui-se, então, numa ferramenta de apoio à gestão, visando o desenvolvimento futuro da organização da empresa, especificando as grandes orientações que lhe permitirão, de forma sustentada, construir, modificar, melhorar ou fortalecer a sua posição face à concorrência.
O processo estratégico é comummente dividido em três grandes fases – a análise, a formulação, a implementação. Da eficácia e eficiência com que esta última for elaborada, na passagem da teoria à prática, dependerá o sucesso.
Tendo em conta a instabilidade que se vive, cientes das suas consequências, em particular para as micro empresas e as PME’s, importa que os empreendedores optem por planeamentos estratégicos de curta e média duração. realizados apenas por si ou também pelo recurso a empresas especializadas.
Daí resultará o Plano de Negócios da empresa, o qual deverá ter como principais objetivos:
• Testar conceito de negócio;
• Orientar as operações;
• Atrair recursos financeiros;
• Transmitir credibilidade;
• Desenvolver a equipa de gestão.
A estratégia deve andar assim de mãos dadas com o Empreendedorismo e a criação de empresas permitindo maiores possibilidades de sucesso aos permitindo aos jovens e menos jovens, que encarem a criação do seu próprio emprego e de empresas como uma alternativa credível à procura ativa de emprego.
Artigo publicado na Revista Negócios e Franchising, edição de janeiro/fevereiro de 2011
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