O nome do MIT e a experiência em "coaching" de empreendedorismo do ISCTE são uma ajuda para as empresas que passam pelo concurso Portugal Venture Competition. O objectivo tem de ser a internacionalização e o milhão de euros que podem receber em prémios dá um empurrão no arranque.
O "Portugal Venture Competition", promovido pelo ISCTE e pelo MIT Portugal, vai na segunda edição e posiciona-se como o "concurso dos concursos", mas não por falta de modéstia. "Uma iniciativa como esta só é possível num ambiente que esteja num estágio maduro em termos de concursos. Se não houvesse trabalho já feito, não era possível", afirmaGonçalo Amorim, responsável pela coordenação do concurso.
Muitos dos projectos que se candidatam ao "Portugal Venture Competition" já foram finalistas noutros concursos de empreendedorismo e de ideias de negócio, um estágio de aprendizagem e amadurecimento dos projectos que se torna fundamental para que estejam prontos para acelerar a chegada ao mercado e à internacionalização, dois dos grandes pilares da iniciativa conjunta do ISCTE e do MIT Portugal.
Gonçalo Amorim afirma que o concurso começa onde o apoio a ideias empreendedoras e planos de negócio terminam e a diferenciação está numa visão centrada no mercado e num objectivo global. "Pensámos o concurso com uma estrutura diferente, que trouxesse muitos milhões de euros de investidores que quisessem ver propostas sérias", explica Gonçalo Amorim.
O apoio ao empreendedorismo era uma das áreas que não estava a ser explorada na parceria MIT Portugal e o ISCTE decidiu usar a sua experiência no ensino e com a iniciativa Audax para dar forma o modelo do concurso, que conta com parcerias de várias entidades nacionais e internacionais, justifica Luis Reto, reitor do Instituto Universitário de Lisboa (ISCTE-IUL).
"O nosso maior enfoque é na fase pós-prémio, incluindo as condições necessárias para a projecção global das empresas seleccionadas. Com isso, pretendemos abrir novas fronteiras aos projectos candidatos e potenciar a internacionalização dos premiados, contando com a contribuição do júri internacional e de uma rede voluntária de catalisadores", explica Luis Reto.
O montante dos prémios, que se eleva a um milhão de euros para distribuir entre os que chegam à recta final e dão provas de qualidade, é um elemento de atracção de ideias, mas este valor pode multiplicar-se pela exposição a uma carteira de investidores e capitais de risco que procuram projectos maduros e credíveis. "Este não é mais um concurso em que se ganha um valor em espécie e nada acontece", diz Gonçalo Amorim. "Aqui, trata-se de empresas e assumem-se riscos", refere.
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