Era uma vez um mito, um desses que se espalha por mentes e corpos, crescendo nas rodas de conversas e encontros sociais ou de negócios como um vírus que, no final, mata seus hospedeiros de inanição.
Ao dizer que basta uma ideia genial para que um empreendimento surja, cresça e dê certo, esse mito tem condenado pessoas criativas ao muro das lamentações dos futuros empreendedores fracassados. Todo o esforço deles foi gasto na geração daquela ideia que, na verdade, nem era tão genial ou que acabou executada por outra pessoa.
Thomas Edison, ao dizer que empreender era um ato de 1% de inspiração e 99% de transpiração, já dava o recado aos geradores de planos. Ele dizia que uma ideia só é boa se é posta em prática. É neste momento que o empreendedorismo sai do campo das boas intenções e entra no mundo dos negócios.
Por causa da internet, as desculpas para não empreender têm se reduzido consideravelmente. Os mercados, as tecnologias e o custo do capital e do desenvolvimento de software tornaram-se acessíveis a todos os bolsos. As mídias sociais, os mecanismos de busca e publicidade on-line e as ferramentas e iniciativas de crowdsourcing e crowdfunding são as armas do empreendedor moderno.
Que fique claro que a vantagem competitiva não desapareceu. Ela apenas mudou para a capacidade de fazer acontecer. Foram as pessoas que passaram fazer a diferença entre o sucesso e o fracasso das pequenas e médias empresas, e não o capital.
No berço do empreendedorismo digital, o Vale do Silício, nos Estados Unidos, os investidores buscam equipes com potencial, em vez de grandes ideias. No Brasil, a bola da vez da economia mundial, você pretende investir no quê?
Marina Miranda é diretora geral da Mutopo Brasil. Estudou Economia e Comunicação e atua com projetos de crowdsourcing, conectando grupos na realização de desafios para clientes de diversos portes.
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